Concepções e modelos de leitura: um estudo das contribuições de pesquisadores da linguística aplicada do Brasil.

• Autor(a) principal: PEIXOTO, Mayara Carvalho.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28598
• topic: Modelos de leitura; Leitura; Linguística aplicada; Pesquisa em linguística aplicada - contribuições; Reading models; Reading; Applied Linguistics; Research in Applied Linguistics - Contributions; Linguística

A leitura é um processo que envolve o pensamento e a linguagem, pois, ao realizá-la, o leitor decodifica as palavras, interpreta e reflete sobre o que lê, ativando seus conhecimentos prévios e de mundo. Motivados por essas reflexões sobre os fatores que envolvem o processo da leitura, pesquisadores estrangeiros das áreas de psicologia, de educação e de linguística aplicada desenvolveram estudos sobre modelos de leitura. Nesse sentido, percebemos que estudos orientados por esses modelos teóricos de leitura são feitos por pesquisadores brasileiros como Kleiman (1982; 1989), Kato (1985), Leffa (1989) e Moita Lopes (1996), como busca de contribuições para os estudos de leitura. Assim, esta pesquisa objetiva de maneira geral, apresentar e discutir as contribuições teóricas de pesquisadores da Linguística Aplicada (LA) do Brasil feitas aos modelos teóricos de leitura formulados por pesquisadores estrangeiros, entre a década de 60 do século XX e as décadas iniciais do século XXI, para isso, buscamos identificar os modelos teóricos de leitura propostos por pesquisadores estrangeiros, verificar que modelos teóricos os pesquisadores brasileiros da LA, tanto da área de língua materna quanto da área de língua estrangeira, exploraram em suas pesquisas e apontar características particulares propostas por esses pesquisadores brasileiros aos modelos teóricos adotados. Para tal, nos fundamentamos em Goodman (1967, 1973, 1987), Smith (1970,1989, 1997, 1999), Gough (1972, 1990), LaBerge e Samuels (1973, 1974), Rumelhart (1981), Stanovich (1980), Just & Carpenter (1980), Kintsch & Van Dijk (1978) e Foucambert (1989), que são pesquisadores que trazem modelos teóricos de leitura, e Silveira (2005) e Terzi (1995), que trazem contribuições acerca dos modelos desses pesquisadores. O corpus dessa pesquisa compõe-se de doze obras dos pesquisadores brasileiros que abordam leitura. Nelas, buscamos constatar que contribuições foram feitas aos modelos de leitura já formulados. Através da análise realizada, concluímos que os pesquisadores da LA do Brasil, tanto da área de língua materna quanto da área de língua estrangeira, apresentam contribuições que remetem para a divulgação das teorias de leitura e a associação dessas teorias ao ensino e à formação de professor. Os pesquisadores em análise, Mary Kato, Ângela Kleiman, Luis Paulo da Moita Lopes e Vilson José Leffa, divulgam os modelos teóricos de leitura, reproduzindo, a partir de suas obras, as concepções cognitiva, estruturalista, interativa e sociodiscursiva, bem como fazendo apontamentos pessoais. Assim, ao apontar características particulares aos modelos teóricos apresentados e adotados e relacioná-los ao ensino, os pesquisadores brasileiros contribuem de forma positiva sobre essas teorias e não apenas reproduzem.