Estratégias de irrigação com águas salinas, adubação nitrogenada e potássica no cultivo de mini-melancieira.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Saulo Soares da.
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20505
Resumo: A melancieira é uma cultura que tem grande importância no Brasil, devido ao seu retorno econômico e social, sendo cultivada principalmente na região Nordeste. Porém, nessa região comumente ocorrem problemas de salinidade da água e/ou do solo o que prejudica o rendimento das plantas. Com isso, o uso de estratégias de manejo da salinidade da água associadas a um manejo de adubação com nitrogênio e potássio destaca-se como uma alternativa para reduzir os efeitos do estresse salino sobre as plantas de melancieira. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o uso de estratégias de manejo da salinidade e adubação nitrogenada e potássica na cultura da mini-melancieira ‘Sugar Baby’. A pesquisa foi dividida em dois experimentos (I e II), conduzidos em ambiente protegido do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais pertencente a Universidade Federal de Campina Grande – Paraíba, analisados através do delineamento experimental em blocos casualisados. O experimento I, foram avaliadas seis estratégias de manejo da salinidade [aplicação de águas de baia (CEa = 0,8 dS m-1 ) e alta (CEa = 3,2 dS m-1) salinidade em diferentes estádios fenológicos da cultura] e duas doses nitrogênio (50 e 100% da recomendação de N), com cinco repetições. Já no experimento II, foram avaliadas oito estratégias de manejo da salinidade [aplicação de águas de baixa (CEa = 0,8 dS m-1) e alta (CEa = 4,0 dS m-1) salinidade em diferentes estádios fenológicos da cultura] e três doses de potássio (50, 100 e 150% da recomendação de K2O), com três repetições. No experimento I, as plantas de mini-melancia cultivadas sob estresse salino sucessivamente nas fases vegetativa e floração foram mais sensíveis, com reduções significativas, principalmente nas trocas gasosas, pigmentos fotossintéticos, produção e qualidade pós-colheita dos frutos, entre as doses de nitrogênio, a dose de 50% de N favoreceu a atividade fotossintética, resultando em maior crescimento do diâmetro do caule e número de folhas, e produção por planta, aumentando os diâmetros polar e equatorial dos frutos. Já o estresse salino nas fases vegetativa e floração, aumenta o teor de antocianinas nos frutos. Já para o experimento II, em geral, as trocas gasosas e as taxas de crescimento, foram mais sensíveis ao estresse salino nas fases de floração, frutificação e maturação dos frutos; a dose de 50% de K2O foi proporcionou maiores valores destes parâmetros, enquanto que para a fluorescência da clorofila a, o aumento das doses de K2O associado ao estresse salino reduziu essas variáveis principalmente nas fases vegetativa e floração, já para as fitomassas secas, o estresse salino nas fases vegetativa, vegetativa/floração, frutificação, floração/frutificação, ocasionou decréscimos no acumulo de fitomassas, já para a produção, a irrigação com água de condutividade elétrica de 4,0 dS m-1 nas fases de floração e maturação dos frutos pode ser uma alternativa promissora para o cultivo de mini-melancieira, pois não afetou esse parâmetro, e em relação a qualidade pós-colheita dos frutos de mini-melancieira, o estresse salino imposto nas fases vegetativa e floração/frutificação associado ao aumento da adubação reduziu a qualidade dos frutos em termos de sólidos solúveis e ácido ascórbico.
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Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o uso de estratégias de manejo da salinidade e adubação nitrogenada e potássica na cultura da mini-melancieira ‘Sugar Baby’. A pesquisa foi dividida em dois experimentos (I e II), conduzidos em ambiente protegido do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais pertencente a Universidade Federal de Campina Grande – Paraíba, analisados através do delineamento experimental em blocos casualisados. O experimento I, foram avaliadas seis estratégias de manejo da salinidade [aplicação de águas de baia (CEa = 0,8 dS m-1 ) e alta (CEa = 3,2 dS m-1) salinidade em diferentes estádios fenológicos da cultura] e duas doses nitrogênio (50 e 100% da recomendação de N), com cinco repetições. Já no experimento II, foram avaliadas oito estratégias de manejo da salinidade [aplicação de águas de baixa (CEa = 0,8 dS m-1) e alta (CEa = 4,0 dS m-1) salinidade em diferentes estádios fenológicos da cultura] e três doses de potássio (50, 100 e 150% da recomendação de K2O), com três repetições. No experimento I, as plantas de mini-melancia cultivadas sob estresse salino sucessivamente nas fases vegetativa e floração foram mais sensíveis, com reduções significativas, principalmente nas trocas gasosas, pigmentos fotossintéticos, produção e qualidade pós-colheita dos frutos, entre as doses de nitrogênio, a dose de 50% de N favoreceu a atividade fotossintética, resultando em maior crescimento do diâmetro do caule e número de folhas, e produção por planta, aumentando os diâmetros polar e equatorial dos frutos. Já o estresse salino nas fases vegetativa e floração, aumenta o teor de antocianinas nos frutos. Já para o experimento II, em geral, as trocas gasosas e as taxas de crescimento, foram mais sensíveis ao estresse salino nas fases de floração, frutificação e maturação dos frutos; a dose de 50% de K2O foi proporcionou maiores valores destes parâmetros, enquanto que para a fluorescência da clorofila a, o aumento das doses de K2O associado ao estresse salino reduziu essas variáveis principalmente nas fases vegetativa e floração, já para as fitomassas secas, o estresse salino nas fases vegetativa, vegetativa/floração, frutificação, floração/frutificação, ocasionou decréscimos no acumulo de fitomassas, já para a produção, a irrigação com água de condutividade elétrica de 4,0 dS m-1 nas fases de floração e maturação dos frutos pode ser uma alternativa promissora para o cultivo de mini-melancieira, pois não afetou esse parâmetro, e em relação a qualidade pós-colheita dos frutos de mini-melancieira, o estresse salino imposto nas fases vegetativa e floração/frutificação associado ao aumento da adubação reduziu a qualidade dos frutos em termos de sólidos solúveis e ácido ascórbico.The watermelon is a crop that has great importance in Brazil, due to its economic and social return, being cultivated mainly in the Northeast region. However, in this region, problems of water and/or soil salinity commonly occur, which affect the yield of plants. Thus, the use of water salinity management strategies associated with nitrogen and potassium fertilization management stands out as an alternative to reduce the effects of salt stress on watermelon plants. In this context, this research aimed to evaluate the use of salinity management strategies and nitrogen and potassium fertilization in the 'Sugar Baby' mini-watermelon crop. The research was divided into two experiments (I and II), conducted in a protected environment at the Center for Technology and Natural Resources belonging to the Federal University of Campina Grande – Paraíba, analyzed through the experimental design in randomized blocks. In experiment I, six salinity management strategies were evaluated [application of low (CEa = 0.8 dS m-1) and high (CEa = 3.2 dS m-1) waters at different phenological stages of the crop] and two nitrogen doses (50 and 100% of the N recommendation), with five repetitions. In experiment II, eight salinity management strategies were evaluated [application of low (CEa = 0.8 dS m-1) and high (CEa = 4.0 dS m-1) waters at different phenological stages of the crop ] and three doses of potassium (50, 100 and 150% of the K2O recommendation), with three repetitions. In experiment I, mini-watermelon plants cultivated under salt stress successively in the vegetative and flowering phases were more sensitive, with significant reductions, mainly in gas exchange, photosynthetic pigments, yield and postharvest fruit quality, between nitrogen doses , the dose of 50% of N favored the photosynthetic activity, resulting in greater growth of stem diameter and number of leaves, and production per plant, increasing the polar and equatorial diameters of the fruits. The salt stress in the vegetative and flowering phases increases the anthocyanin content in the fruits. For experiment II, in general, gas exchange and growth rates were more sensitive to salt stress in the flowering, fructification and fruit maturation phases; the dose of 50% of K2O provided higher values for these parameters, while for the fluorescence of chlorophyll a, the increase in the doses of K2O associated with salt stress reduced these variables mainly in the vegetative and flowering phases, as for the dry biomass, the salt stress in the vegetative, vegetative/flowering, fructification, flowering/fruiting phases, caused decreases in the accumulation of biomass, for production, irrigation with water with electrical conductivity of 4.0 dS m-1in the flowering and maturation phases of fruits can be a promising alternative for the cultivation of mini-watermelon, as it did not affect this parameter, and in relation to the postharvest quality of mini-watermelon fruits, the salt stress imposed in the vegetative and flowering/fruiting phases associated with increased fertilization reduced fruit quality in terms of soluble solids and ascorbic acid.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRNPÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLAUFCGLIMA, Vera Lúcia Antunes de.LIMA, V. L. Ahttp://lattes.cnpq.br/5379077061489077LIMA, Geovani Soares de.LIMA, G. S.http://lattes.cnpq.br/0683441338403298GHEYI, Hans Raj.FARIAS, Maria Sallydelândia Sobral de.SOARES, Lauriane Almeida dos Anjos.PEREIRA, Mariana de Oliveira.SILVA, Saulo Soares da.2021-04-302021-08-11T09:30:09Z2021-08-112021-08-11T09:30:09Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20505SILVA, S. S. da. Estratégias de irrigação com águas salinas, adubação nitrogenada e potássica no cultivo de mini-melancieira. 2021. 198 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola ) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Centro de Tecnologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2021.porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2021-08-11T09:30:09Zoai:localhost:riufcg/20505Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512021-08-11T09:30:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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description A melancieira é uma cultura que tem grande importância no Brasil, devido ao seu retorno econômico e social, sendo cultivada principalmente na região Nordeste. Porém, nessa região comumente ocorrem problemas de salinidade da água e/ou do solo o que prejudica o rendimento das plantas. Com isso, o uso de estratégias de manejo da salinidade da água associadas a um manejo de adubação com nitrogênio e potássio destaca-se como uma alternativa para reduzir os efeitos do estresse salino sobre as plantas de melancieira. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o uso de estratégias de manejo da salinidade e adubação nitrogenada e potássica na cultura da mini-melancieira ‘Sugar Baby’. A pesquisa foi dividida em dois experimentos (I e II), conduzidos em ambiente protegido do Centro de Tecnologia e Recursos Naturais pertencente a Universidade Federal de Campina Grande – Paraíba, analisados através do delineamento experimental em blocos casualisados. O experimento I, foram avaliadas seis estratégias de manejo da salinidade [aplicação de águas de baia (CEa = 0,8 dS m-1 ) e alta (CEa = 3,2 dS m-1) salinidade em diferentes estádios fenológicos da cultura] e duas doses nitrogênio (50 e 100% da recomendação de N), com cinco repetições. Já no experimento II, foram avaliadas oito estratégias de manejo da salinidade [aplicação de águas de baixa (CEa = 0,8 dS m-1) e alta (CEa = 4,0 dS m-1) salinidade em diferentes estádios fenológicos da cultura] e três doses de potássio (50, 100 e 150% da recomendação de K2O), com três repetições. No experimento I, as plantas de mini-melancia cultivadas sob estresse salino sucessivamente nas fases vegetativa e floração foram mais sensíveis, com reduções significativas, principalmente nas trocas gasosas, pigmentos fotossintéticos, produção e qualidade pós-colheita dos frutos, entre as doses de nitrogênio, a dose de 50% de N favoreceu a atividade fotossintética, resultando em maior crescimento do diâmetro do caule e número de folhas, e produção por planta, aumentando os diâmetros polar e equatorial dos frutos. Já o estresse salino nas fases vegetativa e floração, aumenta o teor de antocianinas nos frutos. Já para o experimento II, em geral, as trocas gasosas e as taxas de crescimento, foram mais sensíveis ao estresse salino nas fases de floração, frutificação e maturação dos frutos; a dose de 50% de K2O foi proporcionou maiores valores destes parâmetros, enquanto que para a fluorescência da clorofila a, o aumento das doses de K2O associado ao estresse salino reduziu essas variáveis principalmente nas fases vegetativa e floração, já para as fitomassas secas, o estresse salino nas fases vegetativa, vegetativa/floração, frutificação, floração/frutificação, ocasionou decréscimos no acumulo de fitomassas, já para a produção, a irrigação com água de condutividade elétrica de 4,0 dS m-1 nas fases de floração e maturação dos frutos pode ser uma alternativa promissora para o cultivo de mini-melancieira, pois não afetou esse parâmetro, e em relação a qualidade pós-colheita dos frutos de mini-melancieira, o estresse salino imposto nas fases vegetativa e floração/frutificação associado ao aumento da adubação reduziu a qualidade dos frutos em termos de sólidos solúveis e ácido ascórbico.
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