Minha Malvinas querida: formação de um bairro marginal.

• Autor(a) principal: SILVA, Surama Rocha.
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35267
• topic: História.; História do Bairro das Malvinas - Campina Grande - PB; Bairro das Malvinas - Campina Grande - PB; Malvinas - Campina Grande - PB; Bairro marginal - Malvinas - Campina Grande - PB; Conjunto Habitacional Álvaro Gaudêncio de Queiroz - Campina Grande - PB; Ocupação de terrenos - Malvinas - Campina Grande - PB; Produção do espaço urbano - Malvinas - Campina Grande - PB; História de Campina Grande - PB - Malvinas; History of the Malvinas Neighborhood - Campina Grande - PB; Malvinas Neighborhood - Campina Grande - PB; Marginal neighborhood - Malvinas - Campina Grande - PB; Álvaro Gaudêncio de Queiroz Housing Complex - Campina Grande - PB; Land occupation - Malvinas - Campina Grande - PB; Production of urban space - Malvinas - Campina Grande - PB; History of Campina Grande - PB - Malvinas

O presente trabalho tem como objetivo analisar a produção do espaço intra-urbano do conjunto Álvaro Gaudêncio de Queiroz, que recebeu o nome de Malvinas, em atribuição a um evento contemporâneo, a Guerra das Malvinas, que estava em evidência da mídia no momento. O bairro está situado na cidade de Campina Grande. Construído na década de 1980, esse conjunto inscreve-se no contexto das políticas públicas de habitação social, bem como no processo de periferização planejada, o qual expandiu o tecido urbano nas direções marginais do centro urbano, nesse caso o conjunto foi planejado para a Zona Oeste do município. No processo de expansão da cidade, cada vez mais, os trabalhadores assalariados de baixa renda são impelidos para as áreas mais periféricas, notadamente para os conjuntos habitacionais populares. Muitos deles, impossibilitados de adquirir a sua casa própria de modo formal, passaram a ocupar terrenos públicos e/ou privados. Nas Malvinas, essa ocupação deu-se devido as péssimas condições de vida dos habitantes de renda mais baixa da cidade que não recebiam qualquer ajuda de ordem pública, o que reflete a omissão do poder público diante dessa questão social. Assim no dia 23 de Março de 1983, deu-se início o movimento de ocupação do Conjunto Habitacional Álvaro Gaudêncio e a partir de então surgiu todo um movimento de repressão aos ocupantes do lugar, que passou a ser chamado de Malvinas, e também, no mesmo momento, foi o começo da resistência daquelas pessoas. Ademais, essa problemática urbana reafirma a existência de um ambiente urbano sócio-espacialmente desigual e fragmentado, produzido sob a égide de um sistema político opressor.