Civilização, tronco de escravos.

• Autor(a) principal: MOURA, Maria Lacerda de.
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: NASCIMENTO, Rogério Humberto Zeferino
• Tipo de documento: Livro
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34055
• topic: Sociologia.; Vegetarianismo; Vivissecção animal; Objeção de consciência; Resistência não violenta; Ciência; Prêmio nobel da paz; Feministas; Feminismo acadêmico; Maria Lacerda de Moura - escritora; Pnsamento anarquista brasileiro; Anarquista; Mulheres anarquistas; Gênero; Vegetarianism; Animal vivisection; Conscientious objection; Nonviolent resistance; Science; Nobel Prize of Peace; Feminists; Academic feminism; Maria Lacerda de Moura - writer; Brazilian anarchist thought; Anarchist; Anarchist women; Gender

Em tempos tão sombrios, neste país… tempos de anarquistas inócuos… Tempos de feministas rendidas ao poder e capital, acadêmicas, ainda vendo o sufragismo como grande coisa, comemorando e aceitando mulheres em cargos de poder político ou militar, sem questionar esses lugares, sem desejar a destruição dos mesmos… Tempos em que os sociopatas do poder sequer se dão ao trabalho de disfarçar suas más intenções e quase não há vozes corajosas e combativas… É um grande serviço de Rogério Nascimento e da EDUFCG republicar (tornar público novamente, portanto, sem custos) um livro de Maria Lacerda de Moura. Quem foi Maria Lacerda de Moura? Escritora, professora, feminista incômoda e anarquista não menos tormentosa, pessoa sem encaixe, vivente de fins do século 19 a meados do século 20 (1887-1945). A memória do feminismo acadêmico, feminismo domesticado, a deixou escanteada, fora da memória oficial, por não compactuar com a farsa do sufragismo e outras armadilhas – ela e outras mais –, memória a qual chamam de primeira onda, ai ai… Elas, as esquecidas do conto acadêmico, queriam mais, muito mais, sem alianças possíveis com as opressões e seus artífices. Sim, Maria Lacerda anarcofeminista, que, possivelmente, nem sequer aceitaria esse rótulo… Rótulos, identidades, outra coisa que essa mulher extraordinária recusou.