A prática da automedicação na terceira idade: um estudo com idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12996 |
Resumo: | A automedicação é uma forma comum de auto atenção à saúde, consistindo no consumo de um produto com o objetivo de tratar e aliviar sintomas ou doenças, ou mesmo de promover a saúde, independentemente da prescrição médica. A prática inadequada da automedicação traz consequências e efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, representando, portanto, um problema importante de saúde pública que deve ser reconhecido e prevenido. Nesse contexto, com o aumento da população idosa no Brasil, os idosos tornam-se grandes consumidores de medicamentos, tornando-se o grupo mais medicalizado na sociedade. Destarte, o estudo objetivou conhecer a prática da automedicação na terceira idade a partir de relates de idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido no Centro de Saúde do município de São João do Rio de Peixe (PB). A população foi composta por todos os idosos cadastrados no referido centro, perfazendo um universo total de 420 usuários. A amostra por sua vez, foi constituída por 40 idosos escolhidos através de uma amostragem não-probabilística por bola de neve. Os dados coletados no mês de novembro de 2010 através de um roteiro de entrevista semi-estruturado foram analisados através da técnica de estatística descritiva. Vale ressaltar que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob parecer de número 0532.0.133.000-10, atendendo para os pressupostos contidos na Resolução 196/96 do Ministério da Saúde na qual dispõe sobre a realização de pesquisas com seres humanos. Quanto os resultados, em relação ao perfil sócio demográfico dos participantes, verificou-se que 72,5% destes são do gênero feminino e casados, 67,5% são analfabetos, 75% são aposentados, 92,5% são praticantes da doutrina católica e 57,5% possuem uma renda familiar de um a dois salários mínimos nacionais vigentes. Ademais, observou-se que a automedicação e uma pratica intensamente referida por 90% dos idosos, nos quais fazem uso, sobretudo de analgésicos e antitérmicos. Percebeu-se ainda que, 30,4% dos idosos se automedicam por conhecer as indicações e efeitos das drogas; 27% indicaram a dificuldade de acesso ao serviço de saúde como fator determinantes desta pratica e, 23,8% consideram desnecessário o auxilio medico quando do aparecimento de sintomas simples. Nesse sentido, faz-se necessário um investimento publico no âmbito da saúde preventiva, principalmente no que se refere a educação comunitária e a capacitação técnica dos profissionais de saúde para lidar com a problemática da automedicação em um grupo vulnerável a agravos a saúde. |
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A prática da automedicação na terceira idade: um estudo com idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família.The practice of self-medication in old age: a study with elderly people assisted in the Family Health Strategy.Automedicação - idosoGeriatriaAutomedicação - terceira idadeSaúde da famíliaSelf-medication - elderlyGeriatricsSelf-medication - old ageFamily HealthEnfermagem.A automedicação é uma forma comum de auto atenção à saúde, consistindo no consumo de um produto com o objetivo de tratar e aliviar sintomas ou doenças, ou mesmo de promover a saúde, independentemente da prescrição médica. A prática inadequada da automedicação traz consequências e efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas, representando, portanto, um problema importante de saúde pública que deve ser reconhecido e prevenido. Nesse contexto, com o aumento da população idosa no Brasil, os idosos tornam-se grandes consumidores de medicamentos, tornando-se o grupo mais medicalizado na sociedade. Destarte, o estudo objetivou conhecer a prática da automedicação na terceira idade a partir de relates de idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido no Centro de Saúde do município de São João do Rio de Peixe (PB). A população foi composta por todos os idosos cadastrados no referido centro, perfazendo um universo total de 420 usuários. A amostra por sua vez, foi constituída por 40 idosos escolhidos através de uma amostragem não-probabilística por bola de neve. Os dados coletados no mês de novembro de 2010 através de um roteiro de entrevista semi-estruturado foram analisados através da técnica de estatística descritiva. Vale ressaltar que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob parecer de número 0532.0.133.000-10, atendendo para os pressupostos contidos na Resolução 196/96 do Ministério da Saúde na qual dispõe sobre a realização de pesquisas com seres humanos. Quanto os resultados, em relação ao perfil sócio demográfico dos participantes, verificou-se que 72,5% destes são do gênero feminino e casados, 67,5% são analfabetos, 75% são aposentados, 92,5% são praticantes da doutrina católica e 57,5% possuem uma renda familiar de um a dois salários mínimos nacionais vigentes. Ademais, observou-se que a automedicação e uma pratica intensamente referida por 90% dos idosos, nos quais fazem uso, sobretudo de analgésicos e antitérmicos. Percebeu-se ainda que, 30,4% dos idosos se automedicam por conhecer as indicações e efeitos das drogas; 27% indicaram a dificuldade de acesso ao serviço de saúde como fator determinantes desta pratica e, 23,8% consideram desnecessário o auxilio medico quando do aparecimento de sintomas simples. Nesse sentido, faz-se necessário um investimento publico no âmbito da saúde preventiva, principalmente no que se refere a educação comunitária e a capacitação técnica dos profissionais de saúde para lidar com a problemática da automedicação em um grupo vulnerável a agravos a saúde.Self-medication is a common form of self-health care, consisting of the consumption of a product with the objective of treating and relieving symptoms or diseases, or even promoting health, regardless of medical prescription. The inadequate practice of self-medication brings undesirable consequences and effects, iatrogenic illnesses and masking of evolutionary diseases, representing, therefore, an important public health problem that must be recognized and prevented. In this context, with the increase in the elderly population in Brazil, the elderly become major consumers of medicines, becoming the most medicalized group in society. Thus, the study aimed to learn about the practice of self-medication in the elderly from reports of elderly people attended in the Family Health Strategy. This is an exploratory and descriptive study, with a quantitative approach, developed at the Health Center of the municipality of São João do Rio de Peixe (PB). The population was composed of all the elderly registered at the referred center, making a total universe of 420 users. The sample, in turn, consisted of 40 elderly people chosen through a non-probabilistic sampling by snowball. The data collected in November 2010 through a semi-structured interview script were analyzed using the technique of descriptive statistics. It is worth mentioning that the study was approved by the Research Ethics Committee of the State University of Paraíba under opinion number 0532.0.133.000-10, meeting the assumptions contained in Resolution 196/96 of the Ministry of Health in which it provides for the conduct of research with human beings. Regarding the results, in relation to the socio-demographic profile of the participants, it was found that 72.5% of them are female and married, 67.5% are illiterate, 75% are retired, 92.5% are practicing Catholic doctrine and 57.5% have a family income of one to two national minimum wages in force. In addition, it was observed that self-medication is a practice intensively referred to by 90% of the elderly, in which they use it, especially painkillers and antipyretics. It was also noticed that 30.4% of the elderly self-medicate for knowing the indications and effects of drugs; 27% indicated the difficulty of accessing the health service as a determining factor of this practice and, 23.8% considered medical assistance unnecessary when the appearance of simple symptoms. In this sense, it is necessary to make a public investment in the field of preventive health, especially with regard to community education and the technical training of health professionals to deal with the problem of self-medication in a group vulnerable to health problems.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGVIDERES, Arieli Rodrigues Nóbrega.Arieli Rodrigues Nóbrega Videres.http://lattes.cnpq.br/0871415096151749VASCONCELOS, Tatiana Cristina.FREIRE, Roberta de Miranda Henriques.MENDES, Cícero Vieira.20102020-06-25T19:57:06Z2020-06-252020-06-25T19:57:06Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12996MENDES, Cícero Vieira. A prática da automedicação na terceira idade: um estudo com idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família. 2010. 55f. 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