Repartição do lucro e representações: a economia de comunhão no âmbito das práticas dos focolares.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MAGALHÃES, Renan Vilas Boas de Melo.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: AGUIAR, Sylvana Maria Brandão de.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34400
Resumo: Este artigo tem por objetivo tentar compreender a Economia de Comunhão através das práticas e representações do Movimento dos Focolares, que consideramos um subcampo conservador dentro da Igreja Católica Apostólica Romana. Os Focolares tem sua gênese no decorrer da Segunda Guerra Mundial, no ano de 1943, em Trento, na Itália. A fundadora e idealizadora foi Chiara Lubich, que esteve na liderança do grupo até sua morte. No período pós-guerra, o Movimento teve uma grande expansão pelo mundo, inicialmente na Europa em 1956, e pelo outros continentes a partir de 1958. Em 1959, Ginetta Calliari se transferiu para o Brasil, no início do processo expansão extracontinental. O Movimento recebe a aprovação papal somente em 1962, obtendo o nome de ―Obras de Maria‖, devido a seus preceitos marianos. Recebem a aprovação durante o contexto do Concílio Vaticano II. Os Focolares são conhecidos por suas obras sociais em toda sua área de atuação. Um dos mecanismos d e ação é a criação de pequenas cidades, chamadas de Mariápolis. No Brasil a primeira fundada foi a Mariápolis Santa Maria, em 1965, em Igarassu, Região Metropolitana do Recife. Este ano os Focolares comemoram 50 anos de sua chegada ao Brasil, onde verifica-se ainda sua grande difusão. A partir de princípios do Movimento foi criada a Economia de Comunhão, sendo eles principalmente a cultura da partilha, a comunhão de bens e a unidade. A Economia de Comunhão foi idealizada por Chiara Lubich, sendo lançada em 1991 na sede brasileira do Movimento dos Focolares. A base da Economia de Comunhão é o lucro tripartido, existindo uma repartição do lucro em três partes, onde uma parte vai para o desenvolvimento da empresa, outra vai para a ajuda aos necessitados ligados ao Movimento e a última vai para a difusão da cultura da partilha. O diferencial da Economia de Comunhão é sua compatibilidade com a economia de mercado, sem a necessidade de uma reviravolta econômica. Nossa análise fez confluências de conceitos advindo! s da His tória Cultural, com Chartier e da Sociologia, em especial de Weber e Bourdieu. Da Etnografia tem sido fundamental as reflexões de Geertz, Steil e Brandão. Quanto a metodologia da História Oral são basilares as contribuições de Thompson, Le Goff, Montenegro e Meihy e Holanda, concomitantemente à utilização de autores temáticos, como Alexandre Santos. Nossa pesquisa é de natureza qualitativa, exploratória, documental e bibliográfica.
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