Automedicação em idosos de uma cidade do sertão paraibano.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARQUES, Ane Iara Nonato de Souza.
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7958
Resumo: O envelhecimento da população mundial configura-se como um marco importante na expectativa de vida das pessoas, em todos os níveis de desenvolvimento dos países, e a população vem evoluindo para a terceira idade em decorrência da diminuição da fecundidade e da mortalidade infantil, além do aumento da expectativa de vida. Estima-se que, em uma década, o Brasil seja o sexto país do mundo em número de idosos, que necessitarão de atenção e cuidados à saúde. A progressão para doenças crônicas, oriundas do envelhecimento, e promovidas pela redução das funções fisiológicas, faz surgir a necessidade de utilização de multifármacos (polifarmácia), que, somadas à utilização de medicamentos sem orientação médica, podem conduzir os idosos ao desenvolvimento de reações decorrentes de interações farmacológicas. Neste ínterim, o presente trabalho investigou a utilização de medicamentos com e sem prescrição de um profissional competente da área de saúde (automedicação) por idosos de um condomínio residencial da cidade de Cajazeiras – PB. Foi elaborado um estudo de cunho epidemiológico com uma abordagem quantitativa e descritiva, com idosos residentes no condomínio residencial Cidade Madura, no município de Cajazeiras – PB, através da utilização de um questionário estruturado, que foi aplicado mediante entrevistas com a população em estudo. O presente estudo respeitou os aspectos éticos preconizados pela Res. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (parecer no. 41377314.5.0000.5575) com a utilização de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, utilizado como critério para inclusão dos indivíduos na pesquisa. O perfil demográfico da população foi composto de idosos na faixa etária de 60 a 95 anos de idade, com baixa escolaridade e que realizam o uso de medicamento sem prescrição médica, em um total de 37 idosos. Os meios de informação que incentivaram os entrevistados a utilizarem as diversas classes medicamentosas através da automedicação, foram: a) amigos e vizinhos (53%); farmácia (30%), familiares (12%), propaganda (5%). As classes medicamentosas mais frequentemente utilizadas foram: analgésicos e antipiréticos (50%), relaxantes musculares (24%), anti-inflamatórios (12%), repositor de cálcio (5%), antiespasmódicos (4%), inibidor de bomba de prótons (3%) e laxativos (2%). Os idosos entrevistados utilizaram os medicamentos por terem facilidade de comprá-los (46%); por possuírem em suas próprias residências (39%) e por que tomaram uma vez e resolveu (12%). Devemos enfatizar que a automedicação é uma prática que configura o auto-cuidado, mas deve ser feita de forma responsável para que não surjam danos à saúde. Nesse contexto, as orientações dos profissionais assumem um papel importantíssimo na promoção da saúde, para que a automedicação seja uma prática cada vez mais ausente, visando a minimização das interações medicamentosas e a exposição do indivíduo a riscos desnecessários de saúde.
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A progressão para doenças crônicas, oriundas do envelhecimento, e promovidas pela redução das funções fisiológicas, faz surgir a necessidade de utilização de multifármacos (polifarmácia), que, somadas à utilização de medicamentos sem orientação médica, podem conduzir os idosos ao desenvolvimento de reações decorrentes de interações farmacológicas. Neste ínterim, o presente trabalho investigou a utilização de medicamentos com e sem prescrição de um profissional competente da área de saúde (automedicação) por idosos de um condomínio residencial da cidade de Cajazeiras – PB. Foi elaborado um estudo de cunho epidemiológico com uma abordagem quantitativa e descritiva, com idosos residentes no condomínio residencial Cidade Madura, no município de Cajazeiras – PB, através da utilização de um questionário estruturado, que foi aplicado mediante entrevistas com a população em estudo. O presente estudo respeitou os aspectos éticos preconizados pela Res. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (parecer no. 41377314.5.0000.5575) com a utilização de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, utilizado como critério para inclusão dos indivíduos na pesquisa. O perfil demográfico da população foi composto de idosos na faixa etária de 60 a 95 anos de idade, com baixa escolaridade e que realizam o uso de medicamento sem prescrição médica, em um total de 37 idosos. Os meios de informação que incentivaram os entrevistados a utilizarem as diversas classes medicamentosas através da automedicação, foram: a) amigos e vizinhos (53%); farmácia (30%), familiares (12%), propaganda (5%). As classes medicamentosas mais frequentemente utilizadas foram: analgésicos e antipiréticos (50%), relaxantes musculares (24%), anti-inflamatórios (12%), repositor de cálcio (5%), antiespasmódicos (4%), inibidor de bomba de prótons (3%) e laxativos (2%). Os idosos entrevistados utilizaram os medicamentos por terem facilidade de comprá-los (46%); por possuírem em suas próprias residências (39%) e por que tomaram uma vez e resolveu (12%). Devemos enfatizar que a automedicação é uma prática que configura o auto-cuidado, mas deve ser feita de forma responsável para que não surjam danos à saúde. Nesse contexto, as orientações dos profissionais assumem um papel importantíssimo na promoção da saúde, para que a automedicação seja uma prática cada vez mais ausente, visando a minimização das interações medicamentosas e a exposição do indivíduo a riscos desnecessários de saúde.The aging of the world population is an important milestone in the life expectancy of people at all levels of development in the countries, and the population has been evolving into the third age due to the reduction of fertility and infant mortality, as well as the increase in life expectancy. It is estimated that, in a decade, Brazil will be the sixth country in the world in terms of the number of elderly people, who will need attention and health care. Progression to chronic diseases due to aging and promoted by the reduction of physiological functions leads to the need for the use of multipharmaceuticals (polypharmacy), which, together with the use of medicines without medical guidance, can lead the elderly to develop reactions of pharmacological interactions. In the meantime, the present study investigated the use of prescription and nonprescription medications by a competent health professional (self-medication) by the elderly of a residential condominium in the city of Cajazeiras - PB. An epidemiological study with a quantitative and descriptive approach was carried out with elderly residents in the residential condominium Cidade Madura, in the municipality of Cajazeiras - PB, using a structured questionnaire, which was applied through interviews with the study population. The present study respected the ethical aspects advocated by Res. 466/12 of the National Health Council (opinion No. 41377314.5.0000.5575) with the use of an Informed Consent Term (ICT), used as a criterion for the inclusion of individuals in the research. The demographic profile of the population was composed of elderly in the age group of 60 to 95 years of age, with low level of education and who use medication without a prescription in a total of 37 elderly people. The media that encouraged interviewees to use the various drug classes through self-medication were: a) friends and neighbors (53%); pharmacy (30%), family (12%), advertising (5%). The most frequently used drug classes were analgesics and antipyretics (50%), muscle relaxants (24%), anti-inflammatories (12%), calcium repository (5%), antispasmodics (4%), (3%) and laxatives (2%). The elderly interviewed used the drugs because they were easy to buy (46%); (39%) and why they took it once and decided (12%). We should emphasize that self-medication is a self-care practice, but it must be done in a responsible way so that there is no harm to health. In this context, nurses' orientation assumes a very important role in health promotion, so that self-medication is an increasingly absent practice, aiming at minimizing drug interactions and exposing the individual to unnecessary health risks.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGSILVA, Francisco Fábio Marques da.SILVA, FFM.http://lattes.cnpq.br/5313960881849449COSTA, Iluska Pinto da.FREITAS, Fabiana Ferraz Queiroga.MARQUES, Ane Iara Nonato de Souza.2018-03-092019-10-10T12:11:05Z2019-10-102019-10-10T12:11:05Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7958MARQUES, Ane Iara Nonato de Souza. Automedicação em idosos de uma cidade do sertão paraibano. 2018. 47f. 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