Narrativas autobiográficas e educação patrimonial.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Márcio Daniel Ramos da.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34607
Resumo: Este trabalho discorre acerca de experiências de pesquisa histórica com utilização de fontes orais em narrativas autobiográficas nas “Oficinas de Memória”, realizadas no âmbito do projeto PROLICEN “Educação Histórica e Patrimonial no Ensino Fundamental: uma travessia intergeracional”, coordenado pela professora de Keila Queiroz e Silva. Nestas atividades, reunia-se um grupo de pessoas com a proposta de que cada uma delas relatasse a história de certo brinquedo que julgava como uma espécie de “símbolo” de sua infância. A partir desta deixa, os indivíduos relatavam todas as suas lembranças da juventude. Diante disto, enfoca-se a importância da educação patrimonial como instrumento da memória Social. Analisando-se estas narrativas sobre o ponto de vista de ensaístas como Eclea Bosi e Maria Célia Paoli, vêse a estrema importância das histórias de vida, do quotidiano, das mentalidades, das emoções, das sensibilidades. Este tipo de história é considerado algo mais relevante para a sociedade que a história tradicional e elitizada, ensinada nas escolas de educação básica. Isto se evidencia pelo desinteresse da grande massa pela educação patrimonial. Observa-se hoje na sociedade o conceito de patrimônio histórico como algo sem significado, que passa despercebido, quando não é (neo)folclorizado. Reflete-se um conceito de história fechada, morta, sem muita importância. Patrimônio é visto como algo sem utilidade em uma sociedade que vê o passado como objeto de simples nostalgia. A história conhecida popularmente é a chamada história dos vencedores, das elites, dos monumentos, dos feriados. Excluíram-se, no ensino tecnicista, outras narrativas. Deste modo, a sociedade despreza a história quando não se identifica que ela. A história, enquanto instrumento da memória social, constrói identidades, e porque não dizer, constrói a sociedade. Mária Célia Paoli afirma que uma sociedade que despreza sua memória é destituída de cidadania pela falta de conhecimento. Neste âmbito, as fontes orais são de extrema importância para a construção da memória social, visto que abrangem pontos de vista onde as fontes documentais não são eficientes
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