Hipertensão arterial sistêmica no climatério: prevalência e intensidade dos sintomas.

• Autor(a) principal: SOUZA, Jéssika Lacerda de.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8601
• topic: Climatério; Hipertensão Arterial; Epidemiologia; Climacteric; Arterial Hypertension; Epidemiology; Enfermagem.

O climatério é uma fase de evolução da vida da mulher, em que ocorre a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Este processo de transição é fisiológico, caracterizado pela falência ovariana, e tem como marco a menopausa. Algumas mulheres vivenciam esse período de maneira saudável e outras apresentam sintomas que variam na sua diversidade e intensidade. Uma das patologias evidenciadas no climatério é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), principalmente na fase pós-menopausal, caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos, os quais podem desencadear agravos. O objetivo dessa pesquisa é averiguar a prevalência da HAS e a intensidade dos sintomas climatéricos em mulheres no município de Cajazeiras, Paraíba. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, a amostra foi composta por 396 mulheres na faixa etária de 35 a 65 anos, realizada em todas as Unidades de Saúde da Família do município de Cajazeiras – PB, nos meses de Janeiro 2013 a Março de 2014. Os dados foram coletados através de entrevista com roteiro estruturado, e analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os resultados revelaram que as mulheres entrevistadas tinham tinham em média: 50 (±5,801) anos de idade, 7 (±4,733) anos de estudos e renda per capita 0,5 (±0,6958) salário mínimo; 69,9% (n=277) tinham companheiro fixo, 51,8% (n=205) se referiram de cor branca. Houve prevalência de HAS em 35,1% das entrevistadas. A HAS esteve associada: à idade (p<0,001), ocupação (p=0,01), ao IMC (p <0,001), à menopausa (p<0,001) a sintomatologia climatérica acentuada (p=0,001). Os sintomas climatéricos mais prevalentes nas hipertensas foram artralgia (84,9%), nervosismo (84,2%) e cansaço (81,3%). Conclui-se que as mulheres no climatério merecem atenção especial dos profissionais de saúde, principalmente se essa fase for associada a alguma patologia, a exemplo da hipertensão. Constata-se a importância dos profissionais de saúde desenvolverem estratégias de diagnóstico precoce, prevenção da HAS e promoção de saúde às mulheres na fase do climatério.