Envelhecimento e qualidade de vida: representações sociais construídas por idosos.

• Autor(a) principal: COSTA, Bruna Wanessa de Araújo.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8728
• topic: Enfermagem de Saúde Pública; Envelhecimento; Qualidade de vida; Idosos; Aging; Quality of life; Elderly; Envejecimiento; Calidad de vida; Personas mayores

O envelhecimento populacional no Brasil vem ampliando-se nos últimos anos em ritmo acelerado, sem o devido acompanhamento de efetivas melhorias sociais. Esse cenário desperta para a necessidade de compreender com mais profundidade a relação entre o aumento da longevidade e a qualidade de vida de idosos, sobretudo para reconhecer os principais impactos das mudanças biopsicossociais do avançar da idade, e como esta população subjetivamente percebe, vivencia e enfrenta essas alterações. Desse modo, objetivou-se neste estudo conhecer as representações sociais sobre envelhecimento e qualidade de vida construídas por idosos, além de descrever a caracterização socioeconômica e demográfica dos participantes do estudo. Trata-se de um estudo descritivo sob a perspectiva da abordagem qualitativa, subsidiado pelo aporte da Teoria das Representações Sociais e executado na microrregião do Curimataú Ocidental Paraibano com amostra de 444 idosos. Os dados foram obtidos por meio de um questionário socioeconômico e demográfico e o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), com as palavras indutoras “envelhecimento” e “qualidade de vida” para apreender as representações sociais dos idosos participantes, sendo os resultados processados no software EVOC. Os resultados alcançados a partir do TALP apontam que experiência, felicidade, morte, saudade, velhice e vida consistem nas representações sociais consensuais dos idosos sobre o envelhecimento. Sobre a qualidade de vida, esta foi representada unicamente como saúde, compondo, portanto, os núcleos centrais. Os núcleos periféricos destacam representações como atenção, sofrimento, problemas, amor, lazer e independência, que clamam por intervenções por parte das famílias, sociedade e Estado que desconstruam essas percepções e que assegurem, na prática, um satisfatório curso de vida. Evidencia-se, assim, uma relevante necessidade de elaboração e implementação de ações multidisciplinares e intersetoriais direcionadas ao idoso, não apenas para o seu plausível funcionamento biopsicológico, mas para a sua valorização enquanto cidadão e manutenção da autonomia, independência e postura ativa na sociedade.