Ecotoxicidade de lixiviado de aterro sanitário utilizando minhocas e sementes como organismos-teste.

• Autor(a) principal: NASCIMENTO, Samanda Costa do.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20759
• topic: Efluente; Contaminação do solo; Bioindicadores; Fitotoxicidade; Effluent; Ground contamination; Bioindicators; Phytotoxicity; Engenharia Civil.

A contaminação do ecossistema terrestre ocasionada pelo lixiviado de aterro sanitário pode provocar danos irreparáveis aos organismos do solo, bem como, à saúde humana. Assim, objetivo desse estudo foi determinar a ecotoxicidade de lixiviado in natura de aterro sanitário utilizando minhocas da espécie Eisenia andrei e sementes de Solanum lycopersicum, Lactuca sativa e Brassica oleracea como organismos-teste. As amostras de lixiviado foram coletadas no Aterro sanitário de Campina Grande, Paraíba, Brasil. A ecotoxicidade do efluente em minhocas Eisenia andrei foi determinada por meio dos ensaios de letalidade (preliminar, definitivo e recontaminação) e comportamental de fuga; e em sementes mediante a determinação do crescimento da raiz, crescimento relativo da raiz, germinação relativa da semente, índice de germinação e CE50. Os resultados demostraram que o lixiviado causou efeito letal as minhocas a partir das concentrações de 25% (26 mL.kg-1 ), apresentando a CL50 de 53% (55,06 mL.kg-1 ) para o ensaio preliminar e de 56% (58,5 mL.kg-1) para o definitivo. Além disso, observou-se que, as concentrações mais elevadas provocaram deformações no corpo dos organismos e mudança comportamental. Já o ensaio de recontaminação não apresentou elevado efeito letal, no entanto, causou graves danos nas minhocas da espécie Eisenia andrei, como o estímulo a automutilagem. O ensaio de fuga mostrou que todas as concentrações de lixiviado no solo, inclusive as menores (10 e 14%), causaram efeito de fuga aos organismos, havendo a perda de habitat na concentração de poluente em 53,8% (55,8 mL.kg-1 ). A fitotoxicidade do efluente apresentou variações entre as amostras analisadas e entre e as espécies, cuja escala de sensibilidade das espécies foi repolho (CE50= 7,55%) < alface (CE50 = 8,52%) < tomate (CE50= 12,20%). Ainda foi constatado que o lixiviado fresco é mais fitotóxico que o lixiviado preservado, em que a amostra preservada teve um valor superestimado da CE50. Em relação aos organismos teste utilizados nesse estudo, as três espécies de sementes foram mais sensíveis que as minhocas, pois apresentaram menores valores da CE50, o que mostra que as minhocas foram mais resistentes a contaminação. Concluiu-se que o lixiviado foi tóxico para as espécies estudadas, de modo que o uso dos organismos-teste se mostraram excelentes bioindicadores de contaminação ambiental.