Campesinato e agroecologia: trajetórias de luta e resistência.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LIMA, Paulo Romário de.
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: https://dx.doi.org/10.52446/cursoagroecologiaCDSA.2016.tccmon.lima2
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5151
Resumo: Esse trabalho objetiva entender o processo de luta e resistência dos camponeses brasileiros, a partir da segunda metade do século XX. Inicialmente, importante dizer que esse trabalho partiu da noção de Recampesinização. No entanto, se existe uma recampesinização é porque houve anteriormente um outro processo de Descampesinização. A história do Campesinato no Brasil é marcada, violentamente, por esse processo de Descampesinização, para romper, por sua vez, com a emergência do Campesinato brasileiro, enquanto ator político - um proceso de Campesinização no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960. Metodologicamente, esse é um trabalho de revisão da literatura sobre Campesinatos no Brasil, especificamente dos autores e textos a partir da segunda metade do século passado. Procedimento metodológico esse que segue uma trajetória linear, demarcando determinados momentos de rupturas nessa história do Campesinato do Brasil, representadas aqui pelas noções de Campesinização, Descampesinização e Recampesinização. Esse trabalho apresentou três resultados distintos. Averiguou-se sobre a Campesinização no Brasil, especificamente através das Ligas Camponesas. Como o processo de descampesinização, ocorrido após a instalação do regime militar, em 1964, teve por objetivo apontar como a ideia de modernização da agricultura extinguiu o Camponês do debate nacional. Por fim, está pautado na Recampesinização como fenômeno que ocorre simultaneamente com o curso de redemocratização do País. Sendo assim, no primeiro momento, surge como uma crítica à modernização, introduzindo a noção de agricultura alternativa e, posteriormente, a perspectiva da Agroecologia. Com isso no segundo momento, retrata a forma com que o Campesinato está atrelado a Agroecologia, bem como ele tem resistido e lutado, por uma agricultura inclusiva e diversa, na sua busca incesante por direitos. Para concluir afirmamos que o Campesinato ao contrário dos prognósticos que iria desaparecer enquanto classe social resistiu, e através da Recampesinização tem se consolidado ainda mais como um ator político social de suma importância em grande parte do mundo.
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Metodologicamente, esse é um trabalho de revisão da literatura sobre Campesinatos no Brasil, especificamente dos autores e textos a partir da segunda metade do século passado. Procedimento metodológico esse que segue uma trajetória linear, demarcando determinados momentos de rupturas nessa história do Campesinato do Brasil, representadas aqui pelas noções de Campesinização, Descampesinização e Recampesinização. Esse trabalho apresentou três resultados distintos. Averiguou-se sobre a Campesinização no Brasil, especificamente através das Ligas Camponesas. Como o processo de descampesinização, ocorrido após a instalação do regime militar, em 1964, teve por objetivo apontar como a ideia de modernização da agricultura extinguiu o Camponês do debate nacional. Por fim, está pautado na Recampesinização como fenômeno que ocorre simultaneamente com o curso de redemocratização do País. Sendo assim, no primeiro momento, surge como uma crítica à modernização, introduzindo a noção de agricultura alternativa e, posteriormente, a perspectiva da Agroecologia. Com isso no segundo momento, retrata a forma com que o Campesinato está atrelado a Agroecologia, bem como ele tem resistido e lutado, por uma agricultura inclusiva e diversa, na sua busca incesante por direitos. Para concluir afirmamos que o Campesinato ao contrário dos prognósticos que iria desaparecer enquanto classe social resistiu, e através da Recampesinização tem se consolidado ainda mais como um ator político social de suma importância em grande parte do mundo.This study aims to understand the struggle and resistance process of Brazilian peasants from the second half of the twentieth century. Initially, it is important to say that this work came from the Repeasantry notion.However, if there is a Repeasantry it is because there was previously another process of Dispeasantry. The history of the Peasantry in Brazil is violently marked by this Dispeasantry process to break, in turn, with the emergence of the Brazilian Peasantry as a political actor - a Peasantry process in Brazil between the 1950s and 1960s. Methodologically, this is a literature review about Peasantries in Brazil, specifically the authors and texts from the second half of the last century. Such methodological procedure which follows a linear trajectory, marking out certain break times in the story of Peasantry in Brazil, represented here by the notions of Peasantry, Dispeasantry and Repeasantry. This study presented three different results. It was ascertained about Peasantry in Brazil, specifically through the Peasant Leagues. As the Dispeasantry process occurred after the installation of the military regime in 1964, it aimed to show how the idea of agriculture modernization extinguished Peasants from national debate. Finally, it is lined up in the Repeasantry as a phenomenon that occurs simultaneously with the course of redemocratization of the country. So, at first, it appears as criticism to modernization, introducing the notion of alternative agriculture and later the Agroecology prospective. With this in a second time, it depicts the way Peasantry is linked to Agroecology, as well as, it has been resisting and struggling for an inclusive and diverse agriculture in its incessant search for rights. In sum, we can affirm that Peasantry unlike predictions, that would disappear as a social class, resisted, and by Repeasantry has been consolidating further as a social political actor of great importance in much of the world.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - CDSAUFCGDINIZ, Paulo César Oliveira.DINIZ, P. C. O.http://lattes.cnpq.br/7819000664910614VITAL, Adriana de Fátima Meira.SILVA, Isaac Alexandre da.LIMA, Paulo Romário de.2016-06-032019-07-30T10:35:49Z2019-07-302019-07-30T10:35:49Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttps://dx.doi.org/10.52446/cursoagroecologiaCDSA.2016.tccmon.lima2http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/5151LIMA, Paulo Romário de. Campesinato e agroecologia: trajetórias de luta e resistência. 2016. 47f. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande, Sumé – Paraíba – Brasil, 2016. 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