Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
dARK ID: | ark:/64986/001300000qg45 |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17849 |
Resumo: | Esta pesquisa partiu da hipótese de que os agricultores camponeses do Alto Sertão Sergipano, que utilizam as sementes crioulas, contribuem para a construção da agroecologia, uma vez, que o uso destas variedades, remete a um conjunto de práticas agrícolas tradicionais e relações sociais que contradizem o modelo imposto pelo agronegócio. O debate sobre a construção de um modelo de desenvolvimento rural pautado na sustentabilidade e no respeito aos conhecimentos tradicionais, passa centralmente pela valorização das sementes crioulas, pois estas se constituem como um elemento essencial para uma agricultura resiliente, além de nos auxiliar na compreensão da racionalidade camponesa, uma vez que aglutina outros aspectos importantes dos sistemas camponeses de produção. Esta pesquisa foi desenvolvida no Território do Alto Sertão Sergipano, mais especificamente em comunidades camponesas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe. A orientação metodológica se deu a partir da perspectiva dialética, uma vez que esta permite à agroecologia transformar o objeto de pesquisa em sujeito da mesma, reconhecendo o saber popular como válido e base para a construção de um conhecimento novo e transformado. Para tanto, se fez necessário o uso de metodologias participativas, que permite uma diversidade de atores como participantes ativos de um processo interação criativa e proporciona o protagonismo de atores tradicionalmente excluídos do processo de pesquisa. Observou-se que os camponeses possuem um grande acervo genético, composto por 18 variedades de feijão de arranque, 16 de milho, 15 de fava, 8 de feijão de corda e andu cada um. Estas sementes são armazenadas, nos Bancos de Sementes Familiares, em toneis, silos de zinco, garrafas PET, entre outros recipientes. As médias de quantidade de variedades de sementes dos camponeses cujos sistemas de produção prevalecem o uso de práticas convencionais, foi significativamente inferior aqueles que mantem as práticas tradicionais. Isso corrobora a afirmação de que a modernização da agricultura no Alto Sertão e a conformação da bacia leiteira, interferiram negativamente da manutenção da diversidade genética deste território. A partir dos resultados e das discussões realizadas ao longo desta dissertação, observou-se que de fato, o uso das variedades crioulas, potencializaram a agricultura tradicional camponesa neste território, que por sua vez traz uma enorme contribuição para a construção do conhecimento agroecológico. Mas por outro lado, a manutenção destas práticas, por aqueles agricultores alheios a modernização, também está diretamente relacionada com a conservação da agrobiodiversidade no território estudado. Portanto, há uma relação dialética entre a agricultura camponesa e o uso das sementes crioulas. |
id |
UFPE_29b3daf1bd4ed50f9223c50742354cbb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17849 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
AMORIM, Lucas Oliveira doRODRIGUES, Gilberto GonçalvesPEREIRA, Mônica Cox de Britto2016-09-16T13:13:15Z2016-09-16T13:13:15Z2016-03-11https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17849ark:/64986/001300000qg45Esta pesquisa partiu da hipótese de que os agricultores camponeses do Alto Sertão Sergipano, que utilizam as sementes crioulas, contribuem para a construção da agroecologia, uma vez, que o uso destas variedades, remete a um conjunto de práticas agrícolas tradicionais e relações sociais que contradizem o modelo imposto pelo agronegócio. O debate sobre a construção de um modelo de desenvolvimento rural pautado na sustentabilidade e no respeito aos conhecimentos tradicionais, passa centralmente pela valorização das sementes crioulas, pois estas se constituem como um elemento essencial para uma agricultura resiliente, além de nos auxiliar na compreensão da racionalidade camponesa, uma vez que aglutina outros aspectos importantes dos sistemas camponeses de produção. Esta pesquisa foi desenvolvida no Território do Alto Sertão Sergipano, mais especificamente em comunidades camponesas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe. A orientação metodológica se deu a partir da perspectiva dialética, uma vez que esta permite à agroecologia transformar o objeto de pesquisa em sujeito da mesma, reconhecendo o saber popular como válido e base para a construção de um conhecimento novo e transformado. Para tanto, se fez necessário o uso de metodologias participativas, que permite uma diversidade de atores como participantes ativos de um processo interação criativa e proporciona o protagonismo de atores tradicionalmente excluídos do processo de pesquisa. Observou-se que os camponeses possuem um grande acervo genético, composto por 18 variedades de feijão de arranque, 16 de milho, 15 de fava, 8 de feijão de corda e andu cada um. Estas sementes são armazenadas, nos Bancos de Sementes Familiares, em toneis, silos de zinco, garrafas PET, entre outros recipientes. As médias de quantidade de variedades de sementes dos camponeses cujos sistemas de produção prevalecem o uso de práticas convencionais, foi significativamente inferior aqueles que mantem as práticas tradicionais. Isso corrobora a afirmação de que a modernização da agricultura no Alto Sertão e a conformação da bacia leiteira, interferiram negativamente da manutenção da diversidade genética deste território. A partir dos resultados e das discussões realizadas ao longo desta dissertação, observou-se que de fato, o uso das variedades crioulas, potencializaram a agricultura tradicional camponesa neste território, que por sua vez traz uma enorme contribuição para a construção do conhecimento agroecológico. Mas por outro lado, a manutenção destas práticas, por aqueles agricultores alheios a modernização, também está diretamente relacionada com a conservação da agrobiodiversidade no território estudado. Portanto, há uma relação dialética entre a agricultura camponesa e o uso das sementes crioulas.CNPqThe hypothesis of this study is that the peasants from Alto Sertão Sergipano who cultivate landrace seeds contribute to the construction of Agroecology since the use of these varieties involves a set of traditional agricultural practices and social relations that opposes the hegemonic agribusiness model. The debate over the construction of a sustainable rural development model based on respect for the traditional knowledge centrally involves the recovery of landrace seeds since that constitute an essential element for a resilient agriculture, and support us to understand the peasant rationality because brings together others important aspects of peasant production systems. This research was conducted on the Territory of Alto Sertão Sergipano, specifically in rural communities in the municipalities of Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha and Monte Alegre from estate of Sergipe. The method was based on the dialectical perspective and this allows the agroecology transform the research object in the research subject recognizing the popular knowledge as a valid basis for building a new and transformed knowledge. Therefore, it was necessary use participatory methodologies, allowing a diversity of actors as active participants of a creative interaction process and provides the role of actors traditionally excluded from the scientific research process. We observed that the peasants of the research has a large genetic reserve composed of 18 varieties of common bean, 15 varieties of broad bean, 16 varieties of corn and 8 varietes of cowpea and of pigeon pea. These seeds are stored in the "Family Seed Banks", in vats, zinc silos, PET bottles, and other containers. The average amount of seed varieties of peasants who mostly adopted conventional practices in the production system was significantly lower than those peasants who maintained their traditional practices. This fact corroborate the affirmation that agricultural modernization and the implementation of the dairy production on the Alto Sertão Sergipano interfered negatively on the maintenance of genetic diversity of this territory. From the results and discussions held throughout this dissertation we observed that the use of landrace varieties leveraged the traditional peasant agriculture in the territory which brings a huge contribution to the construction of agroecological knowledge. In addition, the maintenance of these traditional practices by those peasants that are on the margins of Modernization is also directly related to the conservation of agrobiodiversity in the studied area. Therefore there is a dialectical relation between peasant agriculture and the use of landrace seeds.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio AmbienteUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAgrobiodiversidadeCampesinatoAgroecologiaMovimentos SociaisAgrobiodiversityPeasantryAgroecologySocial MovementsPlantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdfDissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdfapplication/pdf15565181https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Amorim_2016_PRODEMA.pdf379869bce0807cb4732ec2e2839e6b31MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.txtDissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.txtExtracted texttext/plain277174https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.txt75c8783f7e191b2759eea3cdad2723fdMD54THUMBNAILDissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.jpgDissertação_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1325https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.jpg3a100e2944a22f1753d359ed6be36dfcMD55123456789/178492019-10-25 02:11:11.986oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17849TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T05:11:11Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
title |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
spellingShingle |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano AMORIM, Lucas Oliveira do Agrobiodiversidade Campesinato Agroecologia Movimentos Sociais Agrobiodiversity Peasantry Agroecology Social Movements |
title_short |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
title_full |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
title_fullStr |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
title_full_unstemmed |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
title_sort |
Plantando semente crioula, colhendo agroecologia : agrobiodiversidade e campesinato no Alto Sertão sergipano |
author |
AMORIM, Lucas Oliveira do |
author_facet |
AMORIM, Lucas Oliveira do |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
AMORIM, Lucas Oliveira do |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
RODRIGUES, Gilberto Gonçalves |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
PEREIRA, Mônica Cox de Britto |
contributor_str_mv |
RODRIGUES, Gilberto Gonçalves PEREIRA, Mônica Cox de Britto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Agrobiodiversidade Campesinato Agroecologia Movimentos Sociais Agrobiodiversity Peasantry Agroecology Social Movements |
topic |
Agrobiodiversidade Campesinato Agroecologia Movimentos Sociais Agrobiodiversity Peasantry Agroecology Social Movements |
description |
Esta pesquisa partiu da hipótese de que os agricultores camponeses do Alto Sertão Sergipano, que utilizam as sementes crioulas, contribuem para a construção da agroecologia, uma vez, que o uso destas variedades, remete a um conjunto de práticas agrícolas tradicionais e relações sociais que contradizem o modelo imposto pelo agronegócio. O debate sobre a construção de um modelo de desenvolvimento rural pautado na sustentabilidade e no respeito aos conhecimentos tradicionais, passa centralmente pela valorização das sementes crioulas, pois estas se constituem como um elemento essencial para uma agricultura resiliente, além de nos auxiliar na compreensão da racionalidade camponesa, uma vez que aglutina outros aspectos importantes dos sistemas camponeses de produção. Esta pesquisa foi desenvolvida no Território do Alto Sertão Sergipano, mais especificamente em comunidades camponesas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe. A orientação metodológica se deu a partir da perspectiva dialética, uma vez que esta permite à agroecologia transformar o objeto de pesquisa em sujeito da mesma, reconhecendo o saber popular como válido e base para a construção de um conhecimento novo e transformado. Para tanto, se fez necessário o uso de metodologias participativas, que permite uma diversidade de atores como participantes ativos de um processo interação criativa e proporciona o protagonismo de atores tradicionalmente excluídos do processo de pesquisa. Observou-se que os camponeses possuem um grande acervo genético, composto por 18 variedades de feijão de arranque, 16 de milho, 15 de fava, 8 de feijão de corda e andu cada um. Estas sementes são armazenadas, nos Bancos de Sementes Familiares, em toneis, silos de zinco, garrafas PET, entre outros recipientes. As médias de quantidade de variedades de sementes dos camponeses cujos sistemas de produção prevalecem o uso de práticas convencionais, foi significativamente inferior aqueles que mantem as práticas tradicionais. Isso corrobora a afirmação de que a modernização da agricultura no Alto Sertão e a conformação da bacia leiteira, interferiram negativamente da manutenção da diversidade genética deste território. A partir dos resultados e das discussões realizadas ao longo desta dissertação, observou-se que de fato, o uso das variedades crioulas, potencializaram a agricultura tradicional camponesa neste território, que por sua vez traz uma enorme contribuição para a construção do conhecimento agroecológico. Mas por outro lado, a manutenção destas práticas, por aqueles agricultores alheios a modernização, também está diretamente relacionada com a conservação da agrobiodiversidade no território estudado. Portanto, há uma relação dialética entre a agricultura camponesa e o uso das sementes crioulas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-09-16T13:13:15Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-09-16T13:13:15Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-03-11 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17849 |
dc.identifier.dark.fl_str_mv |
ark:/64986/001300000qg45 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17849 |
identifier_str_mv |
ark:/64986/001300000qg45 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Amorim_2016_PRODEMA.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17849/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Amorim_2016_PRODEMA.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
379869bce0807cb4732ec2e2839e6b31 66e71c371cc565284e70f40736c94386 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 75c8783f7e191b2759eea3cdad2723fd 3a100e2944a22f1753d359ed6be36dfc |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1815172885839347712 |