Perfil lipídico plasmático, níveis séricos e hepáticos de retinol e a-tocoferol de ratos suplementados com azeite de dendê.

• Autor(a) principal: SILVA, Thaíla de Miranda.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9061
• topic: Óleo de Palma; Vitaminas lipossolúveis; Dislipidemias; Palm oil; Soluble vitamins; Dyslipidemias; Vitaminas liposolubles; Nutrição

A carência nutricional de vitamina A é um problema de caráter mundial, e esta relacionada ao aumento de morbi-mortalidade associada a processos infecciosos e comumente à cegueira noturna. O azeite de dendê, derivado do fruto da palmeira (Elaeis Guineensis Jacquin), utilizado na culinária da região nordeste é considerado uma das principais fontes de β-caroteno. Além disso, possui tocotrienois que pode ser um substituto economicamente viável ao alfa-tocoferol, comumente utilizado no combate de doenças coronárias, e ambos terem importante atividade antioxidante. Objetivou-se com a presente pesquisa avaliar o efeito da suplementação com óleo de dendê em ratos Wistar sobre o perfil lipídico plasmático e os níveis séricos e hepáticos de retinol e α-tocoferol, além do percentual de gordura hepática. Os animais receberam a dieta comercial (Presence – Purinas ®) e água ad libitum. O azeite de dendê de marca comercial foi ofertado para ratos machos com idade de 45 dias através da gavagem (1ml/100g) de peso do animal para o Grupo Dendê (GD). O Grupo Controle (GC) recebeu água destilada na mesma proporção. Após 4 semanas os animais foram anestesiados e o sangue coletado para determinação de parâmetros bioquímicos (glicemia (GL), triglicerídeos (TG), colesterol total (CT) e HDL e VLDL), além da determinação de retinol e alfa-tocoferol sérico e hepático. O fígado foi retirado e pesado, extraída 1g para quantificação de retinol e alfa-tocoferol, parte do tecido (2g) foi utilizada para a extração de lipídeos totais. O teste estatístico utilizado foi o teste t seguido de Tukey com nível de significância de 5%. O grupo suplementado com azeite de dendê apresentou um aumento significativo na glicemia, CT, TG e VLDL-c e redução do HDL-c quando comparado ao grupo controle (p>0,05), indicando dislipidemia. No Grupo dendê ocorreu aumento da deposição de gordura hepática e de retinol hepático, com redução do α-tocoferol comparado ao GC (p≤0,05). Sendo assim, não é apenas a quantidade de β-caroteno dos óleos que devem ser analisados, os efeitos dos seus lipídeos também podem interferir diretamente no perfil lipídico, como observado no presente estudo. Baseados dos resultados, conclui-se que o consumo do azeite de dendê induz aumento das reservas de retinol hepático e dislipidemias em ratos, sendo a presença de antioxidantes e ácidos graxos do mesmo incapazes de prevenir tais danos.