Visão dos portadores de Hanseníase sobre a doença e o preconceito.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CÂNDIDO, Caroline Torres da Silva.
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13202
Resumo: A hanseníase e uma doença infecto-contagiosa cronica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, manifestando-se através de lesões de pele, perda da sensibilidade e acometimento dos nervos periféricos. Constitui-se um grave problema de saúde publica, dada sua prevalência e alto poder incapacitante. Atualmente sua cura e possível, mas a falta de informação, o estigma e o preconceito, são fortemente presentes na sociedade, apesar dos significativos avanços no que concerne a seu diagnostico, controle e tratamento, persistindo a historia e cultura passada da doença contagiosa e sem cura. Esta pesquisa teve como objetivo descrever a visão dos portadores de hanseníase sobre a doença e o preconceito, apos a confirmação do diagnostico; identificar atitudes preconceituosas nas relações familiares e sociais contra os portadores de hanseníase e verificar os sinais de auto preconceito vivenciados pelo portador a partir do diagnostico. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, através de entrevista semi-estruturada e gravada no domicilio de cada participante e análise temática analisada através do Discurso do Sujeito Coletivo. Foram entrevistados quinze portadores de hanseníase selecionados em três Unidades de Saúde da Família no município de Cajazeiras, Paraíba. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, sob parecer de n° 0163.0.133.000-11. Os dados demonstram que a maioria dos participantes eram homens, estavam na faixa etária acima de 58 anos, tinham pouco ou nenhuma instrução escolar, a renda familiar era de ate um salario minimo mensal, as ocupações podem ser consequência do grau de escolaridade. A maior parte eram casados, católicos e apresentavam a forma clinica dimorfa. Quanto as narrativas dos colaboradores,detectou-se que a maioria ficou revoltada e angustiada ao saber do diagnostico da hanseníase, ressaltando que estes só tinham conhecimento do senso popular ou nenhum informação sobre a doença. Em relação ao auto preconceito, a maioria dos colaboradores demonstraram senti-lo, percebido também através das atitudes no momento da entrevista. Sobre a visão da doença apos a confirmação do diagnostico, observou-se que eles não a conheciam antes de serem portadores e depois de orientados superaram o sentimento de tristeza dando continuidade ao tratamento. Em relação ao preconceito familiar, o estudo mostrou que a maioria das famílias dos participantes deram o apoio necessário para que o portador continuasse o tratamento. O mesmo aconteceu em relação aos colegas de trabalho, onde a maioria dos participantes não sofreu preconceito, mas os que sofreram, a minoria, podemos associar a forma clinica mais estigmatizante. A maioria dos participantes preferiu não contar para a sociedade que estavam com a doença, pois tinham medo de sofrer exclusão social. Percebe-se que a falta de conhecimento sobre a doença entre os portadores, familiares e sociedade repercute em sofrimento, estigma e preconceito de si mesmo ou pelas relações sociais. Com isso, aponta-se a necessidade de esclarecer, de forma mais clara, os portadores da doençaa, seus parentes e a comunidade do que e realmente a doença.
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Esta pesquisa teve como objetivo descrever a visão dos portadores de hanseníase sobre a doença e o preconceito, apos a confirmação do diagnostico; identificar atitudes preconceituosas nas relações familiares e sociais contra os portadores de hanseníase e verificar os sinais de auto preconceito vivenciados pelo portador a partir do diagnostico. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, através de entrevista semi-estruturada e gravada no domicilio de cada participante e análise temática analisada através do Discurso do Sujeito Coletivo. Foram entrevistados quinze portadores de hanseníase selecionados em três Unidades de Saúde da Família no município de Cajazeiras, Paraíba. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, sob parecer de n° 0163.0.133.000-11. Os dados demonstram que a maioria dos participantes eram homens, estavam na faixa etária acima de 58 anos, tinham pouco ou nenhuma instrução escolar, a renda familiar era de ate um salario minimo mensal, as ocupações podem ser consequência do grau de escolaridade. A maior parte eram casados, católicos e apresentavam a forma clinica dimorfa. Quanto as narrativas dos colaboradores,detectou-se que a maioria ficou revoltada e angustiada ao saber do diagnostico da hanseníase, ressaltando que estes só tinham conhecimento do senso popular ou nenhum informação sobre a doença. Em relação ao auto preconceito, a maioria dos colaboradores demonstraram senti-lo, percebido também através das atitudes no momento da entrevista. Sobre a visão da doença apos a confirmação do diagnostico, observou-se que eles não a conheciam antes de serem portadores e depois de orientados superaram o sentimento de tristeza dando continuidade ao tratamento. Em relação ao preconceito familiar, o estudo mostrou que a maioria das famílias dos participantes deram o apoio necessário para que o portador continuasse o tratamento. O mesmo aconteceu em relação aos colegas de trabalho, onde a maioria dos participantes não sofreu preconceito, mas os que sofreram, a minoria, podemos associar a forma clinica mais estigmatizante. A maioria dos participantes preferiu não contar para a sociedade que estavam com a doença, pois tinham medo de sofrer exclusão social. Percebe-se que a falta de conhecimento sobre a doença entre os portadores, familiares e sociedade repercute em sofrimento, estigma e preconceito de si mesmo ou pelas relações sociais. Com isso, aponta-se a necessidade de esclarecer, de forma mais clara, os portadores da doençaa, seus parentes e a comunidade do que e realmente a doença.Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae, manifesting itself through skin lesions, loss of sensation and affection of peripheral nerves. It constitutes a serious public health problem, given its prevalence and high power disabling. Currently its cure is possible, but the lack of information, stigma and prejudice are strongly present in society, despite significant advances with regard to its diagnosis, control and treatment, persisting history and past culture of contagious and incurable . This study aimed to describe the vision of leprosy patients on the disease and prejudice, after confirmation of the diagnosis, identify biased attitudes in family and social relations against leprosy patients and check the signs of self prejudice experienced by patients from diagnosis. This is an exploratorydescriptive, qualitative, through semi-structured and written to the home of each participant and analyzed using thematic analysis of the Collective Subject Discourse. Fiften uprozy patients from three family health units in the of Cajazeiras Collection were interviewed. The study was approved by the Ethics Committee of the State University of Paraiba, in the opinion paragraph 0163.0.133.000-11. The data show that most participants were men, were aged above 58 years, had little or no schooling, family income was up a monthly minimum wage, occupations may be a consequence of education. Most were married, Catholic and had a borderline clinical form. As for the narratives of the employees, it was found that the majority was disgusted and distressed to learn of the diagnosis of leprosy, noting that they only knew the popular sense or no information about the disease. As to self bias, most employees feel it showed, also through the perceived attitudes during the interview. On the view of the disease after confirmation of diagnosis, we found that they didn't know her before and after patients exceeded the targeted sadness continuing the treatment. Regarding family bias, the study showed that most of the families involved have the necessary support to enable the holder to continue treatment. The same happened in relation to coworkers, where the majority of participants didn't suffer prejudice, but those who suffered in the minority, we can associate with the clinical form most stigmatizing. Most participants chose not to tell the company that had the infection because they were afraid to suffer social exclusion. It is observed that lack of knowledge about the disease among patients, families and society reflected in suffering, stigma and prejudice of itself or by social relations. Thus, it points to the need to clarify, more clearly, the carriers of the disease, their relatives and the community than is actually the disease.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGNASCIMENTO, Maria Mônica Paulino do.NASCIMENTO, M. M. P.http://lattes.cnpq.br/3604406102335643NASCIMENTO, Aissa Romina Silva do.FRANCO, Maria Soraya Pereira.CÂNDIDO, Caroline Torres da Silva.20112020-07-08T20:07:50Z2020-07-082020-07-08T20:07:50Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13202CÂNDIDO, Caroline Torres da Silva. Visão dos portadores de hanseníase sobre a doença e o preconceito. 2011. 64f. 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