Prevalência de desordens orais com potencial de transformação maligna na Clínica-Escola de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande.

• Autor(a) principal: RODRIGUES, Katianne Soares.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25933
• topic: Clínica Escola de Odontologia - CSTR UFCG; Desordens orais; Leucoplasia; Líquen plano bucal; Queilite; Eritroplasia; Alterações teciduais benignas; Dental School Clinic - CSTR UFCG; Oral disorders; Leukoplakia; Oral lichen planus; Cheilitis; Erythroplakia; Benign tissue changes; Odontologia

As desordens orais com potencial de transformação maligna consistem em alterações teciduais benignas, morfologicamente modificadas, que apresentam um risco maior que o normal de se desenvolver uma neoplasia maligna. OBJETIVO: Realizar um estudo de prevalência das desordens orais com potencial de transformação maligna diagnosticadas nos pacientes atendidos pela Clínica-Escola de Odontologia da Universidade Federal de Campina Grande, na cidade de Patos-PB. METODOLOGIA: Em um primeiro momento da pesquisa foi realizada uma análise nos prontuários arquivados dos pacientes atendidos na clínica-escola onde foram coletados dados epidemiológicos e clinicopatológicos. No segundo momento, estes pacientes encontrados foram chamados a comparecerem novamente a clínica-escola para a realização do controle clínico das desordens encontradas. RESULTADOS: De um total de 2.706 prontuários, foram encontrados 131 pacientes com desordens orais com potencial de transformação maligna, revelando uma prevalência de 4,84%. Das desordens, a queilite actínica foi a mais frequente com 68 (50,4%) casos, seguido da leucoplasia com 61 (45,2%). O sexo masculino foi o mais acometido com 85 (64,9%) casos, o tipo de pele mais comum foi o feoderma com 64 (48,8%) ocorrências, e a média de idade dos pacientes foi 45,11 anos. Dentre os 131 pacientes da amostra, 52 (39,7%) relataram serem fumantes, 45 (34,3%) ingeriam bebidas alcóolicas e 58 (44,3%) trabalhavam expostos ao sol. Foi observado também que 89 (68%) pacientes não realizaram o tratamento preconizado para a lesão, e que o resultado histopatológico mais comum foi a hiperceratose seguido da displasia epitelial leve. Com relação ao controle clínico, 33 (25,2%) retornaram, onde foi observado ausência de doença em 22 pacientes. CONCLUSÃO: A prevalência das desordens encontradas foi semelhante à prevalência mundial, mas com algumas diferenças com relação ao perfil epidemiológico das mesmas, foi constatada uma alta prevalência de fumantes nas leucoplasias e eritroplasias, e uma alta prevalência de exposição solar nos pacientes com queilite actínica. Além disso, também foi observada uma grande evasão por parte dos pacientes ao tratamento e no controle clínico, que pode estar relacionado com falha dos profissionais no atendimento e tratamento desses pacientes, bem como, nas dificuldades sociais peculiares de cada região.