Perfil epidemiológico de pacientes com osteoporose atendidas em ambulatório especializado.

• Autor(a) principal: FRAGA, Elana Lara de Oliveira.
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: BARROS, Mariana Lima.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30563
• topic: Osteoporose; Perfil epidemiológico; Fraturas; Densidade óssea; Osteoporosis; Epidemiological profile; Fractures; Bone density; Osteoporosis; Fracturas; Densidad ósea; Medicina

A osteoporose é uma doença osteometabólica definida por baixa densidade mineral óssea (≤ -2,5 Desvio Padrão) e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Tal morbidade, de etiologia multifatorial, é comumente associada à sarcopenia e aumenta consideravelmente o risco de fraturas por fragilidade, o que resulta em impacto negativo na qualidade de vida das pessoas acometidas. Objetivou-se caracterizar as pacientes osteoporóticas atendidas nos ambulatórios de Endocrinologia e Reumatologia do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) no período compreendido entre Agosto/2019 a Outubro/2019 quanto ao perfil epidemiológico, risco de fraturas, nível de perda óssea e o sítio esquelético de predominância, bem como estimar a prevalência de osteoporose nessa população. Foi realizado estudo observacional descritivo transversal envolvendo pacientes acima de 18 anos do sexo feminino com diagnóstico densitométrico de osteoporose. Aplicou-se questionário estruturado e realizou-se medição de peso e altura, cálculo de Índice de Massa Corpórea (IMC), além de medição de circunferência da panturrilha (CP). A amostra válida foi de 42 pacientes, com média de idade de 66,88 anos (±7,57). A prevalência de osteoporose foi de 8,69%, considerando a população do estudo (483 mulheres). A prática de atividade física mais de 2x/semana associou-se à uma incidência de fraturas de 15%, enquanto a população sedentária teve uma incidência de 54%. Houve ainda, associação inversa entre a prática de atividade física e a perda de massa óssea. Incremento de 2,5 vezes no risco de fratura ocorreu diante de redução de 1DP na densidade mineral óssea. Menores medidas de circunferência da panturrilha (CP) estiveram relacionadas com perda óssea significativa, sendo o valor médio da CP de 31,5 cm no grupo com densidade mineral óssea entre -4,5 a -5,4 DP. Verificou-se correlação absoluta (r =1) entre os valores de corte de 31cm e 33cm para o rastreio de sarcopenia. É de suma importância o rastreio e acompanhamento da osteoporose de forma mais efetiva na população atendida no HUAC para que se possa identificar precocemente grupos de maior vulnerabilidade, bem como promover o reforço positivo com relação aos fatores de risco modificáveis, e, desta forma, prevenir a principal complicação associada à osteoporose, que é a fratura de fragilidade.