Filosofia da vila: a representação do cotidiano popular carioca na música de Noel Rosa.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: EGYPTO, Diogo José Freitas do.
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36959
Resumo: Certa vez, em entrevista concedida ao Diário Carioca, Noel Rosa, considerado hoje um dos mais importantes nomes da música popular brasileira, afirmou que “ninguém foge ao seu destino: quiseram que eu fosse médico e eu acabei sambista...”. Palavras sábias do saudoso Poeta da Vila. Afinal, tivesse Noel realmente abraçado a Medicina, o país perderia talvez o seu mais genial compositor popular, dono de uma lírica fascinante, de qualidades indiscutíveis: inventiva, inusitada, cômica, trágica, antiromântica, simples, atual. Sua capacidade de retratar, através de suas letras, aspectos da vida cotidiana do Rio de Janeiro de sua época é simplesmente fantástica, justificando o merecido rótulo de “cronista das coisas nossas”. É partindo deste pressuposto que se torna possível tomar os sambas compostos por Noel Rosa como um interessante instrumento para compreender melhor determinados aspectos relacionados ao cotidiano das camadas populares cariocas das primeiras décadas do século XX – particularmente os anos 1920 e 1930 –, em especial aqueles que não podem ser acessados através de uma documentação oficial. Para tanto, são utilizados aqui dois conceitos-chave: o de representação, presente em Chartier (1990) e o de vida cotidiana, presente em Heller (s/d).
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