Estratégia nacional para prevenção e atenção à obesidade infantil PROTEJA: avaliação antropométrica e marcadores de consumo de crianças e adolescentes em Cuité, Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CORREIA, Yasmin Andrade Rufino.
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30390
Resumo: A Estratégia Nacional para Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil PROTEJA foi instituída em agosto de 2021 pelo Ministério da Saúde, objetivando o desenvolvimento de ações que contribuíssem com o cuidado à obesidade infantil no Brasil. Este trabalho objetiva-se a analisar dados antropométricos e os marcadores de consumo alimentar de crianças e adolescentes em idade escolar de Cuité, Paraíba. Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa que utilizou os dados de uma pesquisa maior aprovada em comitê de ética. Os dados foram coletados de janeiro a julho de 2022 o banco de dados foi fornecido para análise dos dados de peso, altura e dados dos marcadores de consumo alimentar. Os dados foram tabulados em pacote Office Microsoft for Windows®, os dados quantitativos passaram por estatística descritiva simples no software livre Statistical Analysis Software (PSPP) os indicadores antropométricos de acordo com a idade (<5 anos, 5 a 10 anos, > 10 a 19 anos). Os indicadores antropométricos foram analisados o peso/idade, peso/estatura, estatura/idade e o índice de massa corporal/idade pelo aplicativo de análise antropométrica WHO Antroplus® e WHO Anthro®. Adotou-se os pontos de corte adotados foram da Organização Mundial de Saúde. A amostra foi intencional pois a instituição executora tentou garantir o máximo de crianças e adolescentes sendo avaliados via entrada escolas localizadas no munícipio para garantir a vigilância alimentar e nutricional no PROTEJA. Foram incluídos 1240 crianças e adolescentes e 1300 responderam os marcadores de consumo. Destas, 7,97% (N=99) tinham menos de cinco anos de idade e 92,03% (N=1141) possuíam mais de cinco anos, sendo elas de 5,01 a 7 anos (N=288); de 7,01 a 10 anos (N=380); de 10,01 a 15 anos (N= 438) e de 15,01 a 19 anos (N=37). Com relação às crianças menores de cinco anos, verificou-se que a maioria era do sexo masculino (60,6%), parda (72,7%), com peso adequado para a idade (87,9%), estatura adequada para a idade (97,0%) e eutróficas (72,7%). As crianças maiores de cinco anos avaliadas apresentaram superioridade para o sexo masculino (50,74%), para a raça parda (79,40%), peso adequado para a idade (50,83%), estatura adequada para a idade (96,49%) e eutrofia (69,33%). Além disso, foram analisados os marcadores de consumo alimentar de acordo com a avaliação do questionário de consumo alimentar, em que a amostra contou com 1300 estudantes que participaram da coleta de dados. Verificou-se que há um consumo satisfatório de alimentos considerados saudáveis, como o feijão (86%) e frutas (70%). Por outro lado, percebeu-se a baixa ingestão do grupo de verduras e legumes, corroborado pelo fato de o consumo de alimentos ultraprocessados, como bebidas adoçadas (60%) e biscoitos recheados, doces ou guloseimas (57%) estar equivalente ao consumo de verduras e legumes (57%), seguidos por 55% da amostra total que revelou o consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e 48% que relatou o consumo de hambúrguer e/ou embutidos. Na pesquisa os escolares não apresentaram percentuais elevados exibindo peso adequado em sua maioria, no entanto, considera-se importante o número de escolares com excesso de peso. Outrossim, os resultados permitem identificar que de modo geral, o consumo alimentar atual é caracterizado por uma crescente substituição de alimentos in natura pelos ultraprocessados, gerando consequências como o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis. Dessa maneira, é importante que as ações de diagnóstico e transformação do PROTEJA possam ser realizadas, bem como que haja o fortalecimento da Atenção Primária e a interlocução com atores, programas e instituições como o PNAE, universidades e outros que foquem na obesidade e em todas as questões ligadas a alimentação e nutrição da população, além de auxiliar políticas públicas eficientes. Os dados foram apresentados aos gestores municipais, e os dados servem para identificação, busca e para organização de ações de atendimento e acompanhamento dos casos com desvios nutricionais dos indicadores.
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Este trabalho objetiva-se a analisar dados antropométricos e os marcadores de consumo alimentar de crianças e adolescentes em idade escolar de Cuité, Paraíba. Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa que utilizou os dados de uma pesquisa maior aprovada em comitê de ética. Os dados foram coletados de janeiro a julho de 2022 o banco de dados foi fornecido para análise dos dados de peso, altura e dados dos marcadores de consumo alimentar. Os dados foram tabulados em pacote Office Microsoft for Windows®, os dados quantitativos passaram por estatística descritiva simples no software livre Statistical Analysis Software (PSPP) os indicadores antropométricos de acordo com a idade (<5 anos, 5 a 10 anos, > 10 a 19 anos). Os indicadores antropométricos foram analisados o peso/idade, peso/estatura, estatura/idade e o índice de massa corporal/idade pelo aplicativo de análise antropométrica WHO Antroplus® e WHO Anthro®. Adotou-se os pontos de corte adotados foram da Organização Mundial de Saúde. A amostra foi intencional pois a instituição executora tentou garantir o máximo de crianças e adolescentes sendo avaliados via entrada escolas localizadas no munícipio para garantir a vigilância alimentar e nutricional no PROTEJA. Foram incluídos 1240 crianças e adolescentes e 1300 responderam os marcadores de consumo. Destas, 7,97% (N=99) tinham menos de cinco anos de idade e 92,03% (N=1141) possuíam mais de cinco anos, sendo elas de 5,01 a 7 anos (N=288); de 7,01 a 10 anos (N=380); de 10,01 a 15 anos (N= 438) e de 15,01 a 19 anos (N=37). Com relação às crianças menores de cinco anos, verificou-se que a maioria era do sexo masculino (60,6%), parda (72,7%), com peso adequado para a idade (87,9%), estatura adequada para a idade (97,0%) e eutróficas (72,7%). As crianças maiores de cinco anos avaliadas apresentaram superioridade para o sexo masculino (50,74%), para a raça parda (79,40%), peso adequado para a idade (50,83%), estatura adequada para a idade (96,49%) e eutrofia (69,33%). Além disso, foram analisados os marcadores de consumo alimentar de acordo com a avaliação do questionário de consumo alimentar, em que a amostra contou com 1300 estudantes que participaram da coleta de dados. Verificou-se que há um consumo satisfatório de alimentos considerados saudáveis, como o feijão (86%) e frutas (70%). Por outro lado, percebeu-se a baixa ingestão do grupo de verduras e legumes, corroborado pelo fato de o consumo de alimentos ultraprocessados, como bebidas adoçadas (60%) e biscoitos recheados, doces ou guloseimas (57%) estar equivalente ao consumo de verduras e legumes (57%), seguidos por 55% da amostra total que revelou o consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e 48% que relatou o consumo de hambúrguer e/ou embutidos. Na pesquisa os escolares não apresentaram percentuais elevados exibindo peso adequado em sua maioria, no entanto, considera-se importante o número de escolares com excesso de peso. Outrossim, os resultados permitem identificar que de modo geral, o consumo alimentar atual é caracterizado por uma crescente substituição de alimentos in natura pelos ultraprocessados, gerando consequências como o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis. Dessa maneira, é importante que as ações de diagnóstico e transformação do PROTEJA possam ser realizadas, bem como que haja o fortalecimento da Atenção Primária e a interlocução com atores, programas e instituições como o PNAE, universidades e outros que foquem na obesidade e em todas as questões ligadas a alimentação e nutrição da população, além de auxiliar políticas públicas eficientes. Os dados foram apresentados aos gestores municipais, e os dados servem para identificação, busca e para organização de ações de atendimento e acompanhamento dos casos com desvios nutricionais dos indicadores.The National Strategy for the Prevention and Care of Childhood Obesity PROTEJA was instituted in August 2021 by the Ministry of Health, aiming to develop actions that contribute to the care of childhood obesity in Brazil. This work aims to analyze anthropometric data and food consumption markers of school-aged children and adolescents in Cuité, Paraíba. This is a survey with a quantitative approach that used data from a larger survey approved by an ethics committee. Data were collected from January to July 2022, the database was provided for analysis of weight, height and data from food consumption markers. Data were tabulated in Microsoft Office for Windows® package, quantitative data underwent simple descriptive statistics in the free software Statistical Analysis Software (PSPP) anthropometric indicators according to age (<5 years, 5 to 10 years, > 10 to 19 years old). Anthropometric indicators were analyzed: weight/age, weight/height, height/age and body mass index/age using the anthropometric analysis application WHO Antroplus® and WHO Anthro®. The cut-off points adopted were from the World Health Organization. The sample was intentional because the executing institution tried to guarantee the maximum number of children and adolescents being evaluated via the entrance of schools located in the municipality to guarantee food and nutritional surveillance in PROTEJA. 1240 children and adolescents were included and 1300 answered the consumption markers. Of these, 7.97% (N=99) were less than five years old and 92.03% (N=1141) were more than five years old, ranging from 5.01 to 7 years old (N=288); from 7.01 to 10 years (N=380); from 10.01 to 15 years old (N=438) and from 15.01 to 19 years old (N=37). With regard to children under five years old, it was found that the majority were male (60.6%), brown (72.7%), with adequate weight for age (87.9%), adequate height for age (97.0%) and eutrophic (72.7%). Children older than five years evaluated showed superiority for males (50.74%), for brown race (79.40%), adequate weight for age (50.83%), adequate height for age (96 .49%) and eutrophy (69.33%). In addition, food consumption markers were analyzed according to the evaluation of the food consumption questionnaire, in which the sample had 1300 students who participated in the data collection. It was found that there is a satisfactory consumption of foods considered healthy, such as beans (86%) and fruits (70%). On the other hand, the low intake of the greens and vegetables group was noticed, corroborated by the fact that the consumption of ultra-processed foods, such as sweetened drinks (60%) and stuffed cookies, sweets or sweets (57%) is equivalent to the consumption of greens and vegetables (57%), followed by 55% of the total sample who reported consumption of instant noodles, packaged snacks or crackers and 48% who reported consumption of hamburgers and/or sausages. In the research, the students did not present high percentages showing adequate weight in most cases, however, the number of overweight students is considered important. Furthermore, the results allow us to identify that, in general, current food consumption is characterized by a growing substitution of in natura foods for ultra-processed ones, generating consequences such as the growth of non-communicable chronic diseases. In this way, it is important that PROTEJA's diagnosis and transformation actions can be carried out, as well as that Primary Care is strengthened and dialogue with actors, programs and institutions such as the PNAE, universities and others that focus on obesity and all issues related to food and nutrition of the population, in addition to helping efficient public policies. The data were presented to the municipal managers, and the data serve to identify, search and organize care actions and follow-up of cases with nutritional deviations from the indicators.Instituyó la Estrategia Nacional para la Prevención y Atención de la Obesidad Infantil PROTEJA en agosto de 2021 por el Ministerio de Salud, con el objetivo de desarrollar acciones que contribuir a la atención de la obesidad infantil en Brasil. Este trabajo tiene como objetivo analizar datos antropométricos y marcadores de consumo alimentario de niños y adolescentes en edad escolar en Cuité, Paraíba. Esta es una investigación con un enfoque cuantitativo que utilizó datos de una investigación más amplia aprobada por un comité de ética. los datos fueron recopilados de enero a julio de 2022, se proporcionó la base de datos para el análisis de datos de peso, altura y datos de marcadores de consumo de alimentos. Los datos fueron tabulados en Paquete de Microsoft Office para Windows®, los datos cuantitativos pasaron por estadísticas descriptivo simple en el software libre Statistical Analysis Software (PSPP) los indicadores medidas antropométricas según la edad (<5 años, 5 a 10 años, >10 a 19 años). Los indicadores datos antropométricos, peso/edad, peso/talla, talla/edad y la masa corporal/edad por aplicación de análisis antropométrico OMS Antroplus® y OMS Antro®. Los puntos de corte adoptados fueron de la Organización Mundial de la Salud. A muestra fue intencional ya que la institución ejecutora trató de garantizar el máximo número de niños y adolescentes siendo evaluados a través de las escuelas de ingreso ubicadas en el municipio para garantizar la vigilancia alimentaria y nutricional en PROTEJA. Se incluyeron 1240 niños y adolescentes y 1300 respondieron los marcadores de consumo. De estos, el 7,97% (N=99) tenían menos de cinco años y el 92,03% (N=1141) tenía más de cinco años, con un rango de 5,01 a 7 años. (N=288); de 7,01 a 10 años (N=380); de 10,01 a 15 años (N=438) y de 15,01 a 19 años (N=37). En cuanto a los niños menores de cinco años, se encontró que la mayoría eran varones masculino (60,6%), moreno (72,7%), con peso adecuado para la edad (87,9%), talla adecuada para la edad (97,0%) y eutrófico (72,7%). Niños mayores de cinco años evaluados mostró superioridad para machos (50.74%), para raza parda (79.40%), peso adecuada para la edad (50,83%), talla adecuada para la edad (96,49%) y normopeso (69,33%). Además, se analizaron marcadores de consumo de alimentos según la evaluación del cuestionario de consumo de alimentos, en el que la muestra fue de 1300 estudiantes que participó en la recolección de datos. Se comprobó que existe un consumo satisfactorio de alimentos considerados saludables, como los frijoles (86%) y las frutas (70%). Por otra parte, se notó bajo consumo del grupo de verduras y hortalizas, corroborado por el hecho de que el consumo de alimentos ultraprocesados, como bebidas azucaradas (60%) y galletas rellenas, dulces o dulces (57%) para ser equivalente al consumo de verduras y hortalizas (57%), seguido de 55% del total de la muestra que reveló consumo de fideos instantáneos, snacks envasados o galletas saladas y el 48% que reportó consumo de hamburguesas y/o salchichas. en la búsqueda los estudiantes no mostraron altos porcentajes mostrando peso adecuado en su mayoría, sin embargo, se considera importante el número de estudiantes con sobrepeso. Además, el Los resultados permiten identificar que, en general, el consumo actual de alimentos se caracteriza por una creciente sustitución de alimentos in natura por ultraprocesados, generando consecuencias como el crecimiento de enfermedades crónicas no transmisibles. De esta manera, es Es importante que las acciones de diagnóstico y transformación de PROTEJA se puedan llevar a cabo, así como fortalecer la Atención Primaria y la interlocución con los actores, programas e instituciones como el PNAE, universidades y otros que se enfocan en la obesidad y todos los temas relacionados con la alimentación y nutrición de la población, además de las políticas de asistencia público eficiente. Los datos fueron presentados a los administradores municipales, y los datos sirven para la identificación, búsqueda y organización de acciones de atención y seguimiento de casos con desviaciones nutricionales de los indicadores.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Educação e Saúde - CESUFCGSANTOS, Gracielle Malheiro dos.SANTOS, G. M.http://lattes.cnpq.br/1661169362398339SILVA, Ana Paula Melo da.SILVA, A. P. M.http://lattes.cnpq.br/6831244448256603MELO, Marília Ferreira Frazão Tavares de.MELO, M. F. F. T.http://lattes.cnpq.br/4826093283260726CORREIA, Yasmin Andrade Rufino.2023-04-242023-06-26T17:44:13Z2023-06-262023-06-26T17:44:13Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30390CORREIA, Yasmin Andrade Rufino. Estratégia nacional para prevenção e atenção à obesidade infantil PROTEJA: avaliação antropométrica e marcadores de consumo de crianças e adolescentes em Cuité, Paraíba. 2023. 45 fl. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso de Bacharelado em Nutrição, Centro de Educação e Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Cuité – Paraíba – Brasil, 2023.porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-06-26T17:44:13Zoai:localhost:riufcg/30390Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-06-26T17:44:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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description A Estratégia Nacional para Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil PROTEJA foi instituída em agosto de 2021 pelo Ministério da Saúde, objetivando o desenvolvimento de ações que contribuíssem com o cuidado à obesidade infantil no Brasil. Este trabalho objetiva-se a analisar dados antropométricos e os marcadores de consumo alimentar de crianças e adolescentes em idade escolar de Cuité, Paraíba. Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa que utilizou os dados de uma pesquisa maior aprovada em comitê de ética. Os dados foram coletados de janeiro a julho de 2022 o banco de dados foi fornecido para análise dos dados de peso, altura e dados dos marcadores de consumo alimentar. Os dados foram tabulados em pacote Office Microsoft for Windows®, os dados quantitativos passaram por estatística descritiva simples no software livre Statistical Analysis Software (PSPP) os indicadores antropométricos de acordo com a idade (<5 anos, 5 a 10 anos, > 10 a 19 anos). Os indicadores antropométricos foram analisados o peso/idade, peso/estatura, estatura/idade e o índice de massa corporal/idade pelo aplicativo de análise antropométrica WHO Antroplus® e WHO Anthro®. Adotou-se os pontos de corte adotados foram da Organização Mundial de Saúde. A amostra foi intencional pois a instituição executora tentou garantir o máximo de crianças e adolescentes sendo avaliados via entrada escolas localizadas no munícipio para garantir a vigilância alimentar e nutricional no PROTEJA. Foram incluídos 1240 crianças e adolescentes e 1300 responderam os marcadores de consumo. Destas, 7,97% (N=99) tinham menos de cinco anos de idade e 92,03% (N=1141) possuíam mais de cinco anos, sendo elas de 5,01 a 7 anos (N=288); de 7,01 a 10 anos (N=380); de 10,01 a 15 anos (N= 438) e de 15,01 a 19 anos (N=37). Com relação às crianças menores de cinco anos, verificou-se que a maioria era do sexo masculino (60,6%), parda (72,7%), com peso adequado para a idade (87,9%), estatura adequada para a idade (97,0%) e eutróficas (72,7%). As crianças maiores de cinco anos avaliadas apresentaram superioridade para o sexo masculino (50,74%), para a raça parda (79,40%), peso adequado para a idade (50,83%), estatura adequada para a idade (96,49%) e eutrofia (69,33%). Além disso, foram analisados os marcadores de consumo alimentar de acordo com a avaliação do questionário de consumo alimentar, em que a amostra contou com 1300 estudantes que participaram da coleta de dados. Verificou-se que há um consumo satisfatório de alimentos considerados saudáveis, como o feijão (86%) e frutas (70%). Por outro lado, percebeu-se a baixa ingestão do grupo de verduras e legumes, corroborado pelo fato de o consumo de alimentos ultraprocessados, como bebidas adoçadas (60%) e biscoitos recheados, doces ou guloseimas (57%) estar equivalente ao consumo de verduras e legumes (57%), seguidos por 55% da amostra total que revelou o consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e 48% que relatou o consumo de hambúrguer e/ou embutidos. Na pesquisa os escolares não apresentaram percentuais elevados exibindo peso adequado em sua maioria, no entanto, considera-se importante o número de escolares com excesso de peso. Outrossim, os resultados permitem identificar que de modo geral, o consumo alimentar atual é caracterizado por uma crescente substituição de alimentos in natura pelos ultraprocessados, gerando consequências como o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis. Dessa maneira, é importante que as ações de diagnóstico e transformação do PROTEJA possam ser realizadas, bem como que haja o fortalecimento da Atenção Primária e a interlocução com atores, programas e instituições como o PNAE, universidades e outros que foquem na obesidade e em todas as questões ligadas a alimentação e nutrição da população, além de auxiliar políticas públicas eficientes. Os dados foram apresentados aos gestores municipais, e os dados servem para identificação, busca e para organização de ações de atendimento e acompanhamento dos casos com desvios nutricionais dos indicadores.
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