Pomba gira que é mulher de verdade: como a figura feminina é trabalhada na umbanda?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LINS, Liliane Aparecida Freitas.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: SILVA, Thaís de Oliveira e.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35131
Resumo: Com o atual cenário político brasileiro e os constantes debates acerca dos grupos ditos minoritários, se faz necessária essa discussão de modo que o presente artigo se fez por objetivo trabalhar com a figura feminina nas religiões de matriz africana, mais precisamente a umbanda, religião brasileira que atua com elementos ameríndios, do catolicismo, do espiritismo e do candomblé. Com a implantação da lei 11.645/2008, que destina o ensino de temas afroindígenas nas escolas de ensino básico, da rede pública e particular, se fez pertinente o estudo que ocorreu em uma turma de oitavo ano da rede estadual, na cidade de Alagoa Nova- PB, durante as aulas de história, sendo realizadas como resultado do programa federal Residência Pedagógica, vinculado a CAPES. Para fundamentar o texto, foram utilizados autores como Mircea Eliade (1972) explanando a construção do mito para a sociedade, Peter Burke (2008) que investiga a história cultural e Ofélia Maria de Barros (2017), que trabalha conceitos sobre as práticas religiosas em terreiros de matriz afro-ameríndias. Mesmo passados mais de dez anos da implementação da lei 11.645/08, ainda há uma grande resistência por parte de alguns setores da sociedade a respeito da cultura vigente nas comunidades afro-brasileiras e principalmente com relação as religiosidades não cristãs. Dessa maneira se fez necessária a discussão sobre as mulheres no meio sagrado, e como são vistas pelos discente, a partir de suas experiências pessoais e principalmente no ambiente escolar, sendo este um lugar em que os saberes se somam e posteriormente atravessam espaços além dos muros escolares. Por fim, as aulas foram ministradas através de roda de conversa dialogada, onde eram levantados pontos sobre a temática e a turma ia explanado dúvidas e impressões sobre o que eles entendiam e como os mesmo percebiam a maneira como a figura feminina é trabalhada na umbanda, sendo possível identificar pelas reações dos estudantes que certos conceitos foram postos em xeque, de maneira a seus ideais passarem por reflexões pontuais.
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