Estudo da etnobotânica de plantas medicinais no ensino fundamental com jovens em uma comunidade de Sumé-PB.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Cleomária Gonçalves da.
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: https://dx.doi.org/10.52446/espensciendanaturezaCDSA.2018.tccmon.silva
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4655
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo da etnobotânica de plantas medicinais, com estudantes de uma comunidade rural do Ensino Fundamental II. Para isso foram investigados: conhecimento popular, seus cultivos, aquisições, as partes das plantas utilizadas, a forma de preparo e o número indicado de plantas por alunos. Os dados foram coletados no mês de setembro de 2017, a partir de um questionário semiestruturado, com 33 alunos do 6º e 7º ano, na faixa etária entre 11 a 17 anos no momento das aulas de Ciências, na Unidade Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental José Bonifácio Barbosa de Andrade, localizada no distrito do Pio X, no município de Sumé - PB. Os resultados demonstraram: 31 alunos (94%) conseguiram identificar plantas medicinais e 02 alunos (6%) não sabem. Na aquisição das plantas medicinais 27 alunos (82%) adquirem nas matas, 22 alunos (67%) em quintais. Partes das plantas, 30 alunos (90%) utilizam as cascas, as folhas obtiveram 28 indicações (85%), as raízes 23 (70%); na forma de preparo: os chás, 32 alunos (99%), lambedor 25 (75%) e in natura 13 (39%). Foram citadas 38 espécies com 36 gêneros de plantas medicinais entre os entrevistados. Dentre as 25 famílias botânicas o maior número de espécies foram: Anacardiaceae e Fabaceae com quatro (04) respectivamente, Lamiaceae e Rutaceae com três (03) cada uma, Asteraceae com duas (02), onde existiram (18) nativas e (20) cultivadas. Verificou-se que mesmo os estudantes tendo acesso a medicamentos convencionais, boa parte deles conservam os ensinamentos repassados pelos seus familiares, onde ainda tem-se o hábito de buscar nas matas e cultivar em seus quintais as plantas medicinais. Portanto, as escolas sejam elas urbanas ou rurais, seria interessante ensinar os saberes populares, seus conhecimentos tradicionais, como forma de repassar o estudo da etnobotânica contextualizada.
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Os resultados demonstraram: 31 alunos (94%) conseguiram identificar plantas medicinais e 02 alunos (6%) não sabem. Na aquisição das plantas medicinais 27 alunos (82%) adquirem nas matas, 22 alunos (67%) em quintais. Partes das plantas, 30 alunos (90%) utilizam as cascas, as folhas obtiveram 28 indicações (85%), as raízes 23 (70%); na forma de preparo: os chás, 32 alunos (99%), lambedor 25 (75%) e in natura 13 (39%). Foram citadas 38 espécies com 36 gêneros de plantas medicinais entre os entrevistados. Dentre as 25 famílias botânicas o maior número de espécies foram: Anacardiaceae e Fabaceae com quatro (04) respectivamente, Lamiaceae e Rutaceae com três (03) cada uma, Asteraceae com duas (02), onde existiram (18) nativas e (20) cultivadas. Verificou-se que mesmo os estudantes tendo acesso a medicamentos convencionais, boa parte deles conservam os ensinamentos repassados pelos seus familiares, onde ainda tem-se o hábito de buscar nas matas e cultivar em seus quintais as plantas medicinais. Portanto, as escolas sejam elas urbanas ou rurais, seria interessante ensinar os saberes populares, seus conhecimentos tradicionais, como forma de repassar o estudo da etnobotânica contextualizada.This work aimed to carry out a study of ethnobotany from medicinal plants, with students from a rural community on level II Elementary School. For it, it was investigated: popular knowledge, their crops, acquisitions, parts of the plants used, way of preparation and the indicated number of plants per students. The data were collected in September 2017, based on semi-structured questionnaire, with 33 students from the 6th and 7th grades, aged between 11 and 17 years old during their science classes, in the Municipal Unit of Primary School and Secundary School José Bonifácio Barbosa de Andrade, located in Pio X district, Sumé – PB city. The results showed that 31 students (94%) could identify medicinal plants and 2 students (6%) did not know. In the acquisition of medicinal plants 27 students (82%) acquire in the forests, 22 students (67%) on backyards. Plant parts, 30 students (90%) use the peel, the leaves obtained 28 indications (85%), the roots 23 (70%); in the form of preparation: teas, 32 students (99%), syrup 25 (75%) and in natura 13 (39%). It was mentioned 38 species with 36 genera of medicinal plants among those interviewed. Among 25 botanical families, the largest number of species were: Anacardiaceae and Fabaceae with four (04) respectively, Lamiaceae and Rutaceae with three (03) each, Asteraceae with two (02), where there were (18) native and (20) cultivated. It was verified that even the students having access to conventional medicines, many of them keep the teachings passed on by their relatives, where still there is the tradition of searching on forests and cultivating medicinal plants in their backyards. Therefore, whether the schools are urban or rural, it would be interesting to teach popular knowledge, their traditional knowledge, as a way of pass along the study of contextualized ethnobotany.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido - CDSAUFCGDORNELAS, Carina Seixas Maia.DORNELAS, C. S. M.http://lattes.cnpq.br/2375662690150936BRASILEIRO, Ilza Maria do Nascimento.LISBOA, Ana Cristina Chacon.SILVA, Cleomária Gonçalves da.2018-03-232019-07-03T13:31:24Z2019-07-032019-07-03T13:31:24Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttps://dx.doi.org/10.52446/espensciendanaturezaCDSA.2018.tccmon.silvahttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4655SILVA, Cleomária Gonçalves da. Estudo da etnobotânica de plantas medicinais no ensino fundamental com jovens em uma comunidade de Sumé-PB. 2018. 29f. (Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo), Curso de Especialização em Ciências da Natureza e Matemática para a Convivência com o Semiárido, Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, Universidade Federal de Campina Grande, Sumé – Paraíba – Brasil, 2018. 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