Perfil epidemiológico de pacientes submetidos à hemodiálise em Campina Grande.

• Autor(a) principal: CHALEGRE, Cibelly Mayza da Silva.
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: SIQUEIRA, Hítalo Glauco Fernandes., ALMEIDA, Thiago Danillo Rodrigues de., FEITOSA, Valkercyo Araújo.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29777
• topic: Doença Renal Crônica; Terapia renal substitutiva; Hemodiálise; Chronic Kidney Disease; kidney therapy substitute; Hemodialysis.; Enfermedad Renal Crónica; terapia renal sustituto; Hemodiálisis; Epidemiologia

O aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus, representam os principais fatores de risco contribuintes para o aumento da incidência da Doença Renal Crônica Terminal (DRCT). Tais doenças têm importância por se tratarem de problemas mundiais de saúde pública de alta prevalência e morbimortalidade. A Terapia Renal Substitutiva (TRS) é um tratamento essencial para tais pacientes, sendo a hemodiálise a principal forma de TRS utilizada em todo o mundo. No Brasil, observa-se uma escassez de dados de abrangência nacional que possam contribuir para o monitoramento da população em TRS. Neste sentido este trabalho buscou caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com doença renal crônica em tratamento de hemodiálise na cidade de Campina Grande-PB. Para isto foi realizado um estudo transversal nos quatro serviços de diálise da cidade de Campina Grande-PB com 410 participantes selecionados aleatoriamente. Foram coletados: registros sociodemográficos, clínicos e bioquímicos. Destes pacientes, 59% são homens e 41,7% tem entre 40 a 60 anos, 53,2% deles são casados ou estão em união estável. Dentre eles 99,5% dependem do Sistema Único de Saúde. A baixa escolaridade está presente em 24,6% dos pacientes. A fístula arteriovenosa é o método de acesso mais utilizado (94,1%). As etiologias presuntivas mais frequentes são nefroesclerose hipertensiva (45,1%), nefropatia diabética (16,5%), causas indeterminadas (17,8%), glomerulopatias (6,1%), doença policística (4,1%) e outros (10,4%). O Kt/V esteve adequando em 88% e os valores de albumina apresentam-se abaixo dos valores recomendados em 37,3% dos pacientes. O hiperparatireoidismo secundário está presente em 30,6% e, apesar do uso da eritropoietina, são observados baixos valores de hemoglobina em 48,7% dos pacientes. O estudo determinou o perfil dos pacientes em hemodiálise na cidade de Campina Grande PB, podendo subsidiar novos estudos para acompanhamento de transições epidemiológicas da população. Ressalta-se a necessidade de maior rigor para atingir as metas recomendadas pelo Disease Outcomes Quality Initiative (K/DOQI) em relação ao metabolismo ósseo e níveis de hemoglobina.