A mulher na obra de Helena Parente Cunha: a emancipação e seus limites.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36747 |
Resumo: | Neste contexto, seria de se esperar que as escritoras, quando representassem personagens mulheres na literatura, construíssem uma imagem diferente daquela validada pelos homens ou que procurassem fugir da representação do sistema familiar burguês que, conforme apontou Silva (2004b), foi duramente criticado pelas feministas. É com base neste pressuposto que nos propomos a analisar as personagens mulheres pela escritora Helena Parente Cunha, tomando como hipóteses básicas as idéias de que: a) a literatura parenteana mantêm as mesmas estruturas representadas pelos homens, ou seja, mantêm a representação de uma mulher apassivada, submissa, em concordância com a Ordem Falocêntrica e b) as personagens de Helena Parente Cunha, quando não se mantêm dentro desta ordem, lançam mão da violência lingüística, constituindo uma poética da agressão (que consiste no uso de recursos formais da linguagem para a construção de uma prática inssurreissiva, que tem como principal arma a violência verbal) para tentar uma reinserção desta mulher na Ordem, de uma forma mais liberada. Pretendemos com isso descrever as representações de mulheres na literatura da escritora citada, especificamente em quatro obras: Cem mentiras de verdade (1990), As doze cores do vermelho (1998), Claras manhãs de Barra Clara (2002) e Mulher no espelho (2003), para percebermos se a construção de utopias de saída é suficiente para a solidificação de uma prática emancipatória ou para colocar estas personagens-mulheres numa situação igualitária nas relações de gênero. Para chegarmos ao que pretendemos, utilizamos como base os estudos culturais, mais especificamente os estudos voltados para as questões de gênero e sexualidade, bem como a psicanálise de orientação lacaniana. |
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A mulher na obra de Helena Parente Cunha: a emancipação e seus limites.Women in the work of Helena Parente Cunha: emancipation and its limits.Helena Parente Cunha - crítica e interpretaçãoMulheres escritorasLiteratura e mulheres - representaçãoRepresentação de mulheres - literaturaEstudos culturaisGênero e sexualidadeHelena Parente Cunha - criticism and interpretationWomen writersLiterature and women - representationRepresentation of women - literatureCultural studiesGender and sexualityLiteratura.História.Neste contexto, seria de se esperar que as escritoras, quando representassem personagens mulheres na literatura, construíssem uma imagem diferente daquela validada pelos homens ou que procurassem fugir da representação do sistema familiar burguês que, conforme apontou Silva (2004b), foi duramente criticado pelas feministas. É com base neste pressuposto que nos propomos a analisar as personagens mulheres pela escritora Helena Parente Cunha, tomando como hipóteses básicas as idéias de que: a) a literatura parenteana mantêm as mesmas estruturas representadas pelos homens, ou seja, mantêm a representação de uma mulher apassivada, submissa, em concordância com a Ordem Falocêntrica e b) as personagens de Helena Parente Cunha, quando não se mantêm dentro desta ordem, lançam mão da violência lingüística, constituindo uma poética da agressão (que consiste no uso de recursos formais da linguagem para a construção de uma prática inssurreissiva, que tem como principal arma a violência verbal) para tentar uma reinserção desta mulher na Ordem, de uma forma mais liberada. Pretendemos com isso descrever as representações de mulheres na literatura da escritora citada, especificamente em quatro obras: Cem mentiras de verdade (1990), As doze cores do vermelho (1998), Claras manhãs de Barra Clara (2002) e Mulher no espelho (2003), para percebermos se a construção de utopias de saída é suficiente para a solidificação de uma prática emancipatória ou para colocar estas personagens-mulheres numa situação igualitária nas relações de gênero. Para chegarmos ao que pretendemos, utilizamos como base os estudos culturais, mais especificamente os estudos voltados para as questões de gênero e sexualidade, bem como a psicanálise de orientação lacaniana.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20082024-07-19T21:14:42Z2024-07-192024-07-19T21:14:42Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36747LEÃO, Rodrigo Emmanuel Araújo. A mulher na obra de Helena Parente Cunha: a emancipação e seus limites. In: I COLÓQUIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA. GT12: Gênero, Sociabilidades e Sensibilidades. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1º, 2008. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2008. ISBN: 978-85-89674-48-5. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36747porLEÃO, Rodrigo Emmanuel Araújo.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2024-07-19T21:15:05Zoai:localhost:riufcg/36747Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-07-19T21:15:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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Neste contexto, seria de se esperar que as escritoras, quando representassem personagens mulheres na literatura, construíssem uma imagem diferente daquela validada pelos homens ou que procurassem fugir da representação do sistema familiar burguês que, conforme apontou Silva (2004b), foi duramente criticado pelas feministas. É com base neste pressuposto que nos propomos a analisar as personagens mulheres pela escritora Helena Parente Cunha, tomando como hipóteses básicas as idéias de que: a) a literatura parenteana mantêm as mesmas estruturas representadas pelos homens, ou seja, mantêm a representação de uma mulher apassivada, submissa, em concordância com a Ordem Falocêntrica e b) as personagens de Helena Parente Cunha, quando não se mantêm dentro desta ordem, lançam mão da violência lingüística, constituindo uma poética da agressão (que consiste no uso de recursos formais da linguagem para a construção de uma prática inssurreissiva, que tem como principal arma a violência verbal) para tentar uma reinserção desta mulher na Ordem, de uma forma mais liberada. Pretendemos com isso descrever as representações de mulheres na literatura da escritora citada, especificamente em quatro obras: Cem mentiras de verdade (1990), As doze cores do vermelho (1998), Claras manhãs de Barra Clara (2002) e Mulher no espelho (2003), para percebermos se a construção de utopias de saída é suficiente para a solidificação de uma prática emancipatória ou para colocar estas personagens-mulheres numa situação igualitária nas relações de gênero. Para chegarmos ao que pretendemos, utilizamos como base os estudos culturais, mais especificamente os estudos voltados para as questões de gênero e sexualidade, bem como a psicanálise de orientação lacaniana. |
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