Cartografias de gênero no universo religioso da umbanda cruzada com jurema em Campina Grande.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LEAL, Cibelle Jovem.
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: SILVA, Heliandro Henrique da., SANTIAGO, Idalina Maria Freitas Lima.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36310
Resumo: Para iniciarmos essa viagem em torno dos códigos de gênero que circunda os corpos dos/as participantes da prática religiosa da Jurema, temos que antes fazer uma breve contextualização do surgimento e da permanência dessa forma de religiosidade no Estado paraibano. O catimbó como popularmente é conhecida a jurema, se caracteriza como um sincretismo religioso entre as tradições indígenas dos antigos aborígines brasileiros, o catolicismo popular trazido da Europa, os rituais de negros bantos africanos e o espiritismo kardecista, também de vertente européia, onde ocorre a sacralização da árvore da jurema, a utilização de ervas e a fumigação voltadas a cura de doenças. Por sua vez, na década de 1960 a jurema era tratada como caso de polícia, pois era considerada pejorativamente como uma prática ritual de “magia negra”, um ritual diabólico e, portanto, contrário aos preceitos católicos e protestantes, sendo alvo de preconceitos e perseguições tanto policiais quanto das instituições religiosas basilares da nossa cultura. Com o surgimento da Umbanda, na década de 1920 na região sudeste do Brasil, e sua posteriormente expansão pelo restante do país, os/as antigos catimbozeiros/as paraibanos/as viram nesta uma alternativa para burlar as normas que lhes impediam de praticar a jurema, haja vista que a Umbanda já era uma religião legalizada e liberada para ser cultuada, a qual contava com o aval da Federação dos Cultos Africanos do Estado da Paraíba, órgão criado no ano de 1966 para regularizar as casas afro-religiosas no Estado paraibano e garantir-lhes liberdade de culto.
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