Pitiose em cães no Semiárido Nordestino.

• Autor(a) principal: DINIZ, Paula Valeska Nóbrega.
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24290
• topic: Medicina Veterinária; Pitiose canina; Cães - Pitiose; Semiárido Nordestino - Pitiose canina; Granulomas; Imunohistoquímica; Pythiuminsidiosum; Canine pythiosis; Dogs - Pythiosis; Northeastern semiarid - Canine pythiosis; Immunohistochemistry

Objetivou-se com este estudo descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos de quatro casos de pitiose diagnosticados em cães no Laboratório de Patologia Animal do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande. Os animais eram das raças poodle, pastor alemão, SRD e pitbull, sendo dois machos e duas fêmeas com idade variando de um a três anos. Dois casos ocorreram em 2011, um em 2013 e um em 2014. Dois eram provenientes de municípios da Paraíba e dois do Rio Grande do Norte. Os quatros animais eram criados na zona urbana, três tiveram acesso a áreas alagadas da zona rural e o que não teve contato com área alagada, ingeria água de poço. Os sinais clínicos foram variados, observando-se vômito, diarreia e tenesmo. Em dois cães havia suspeita de obstrução intestinal e um tinha primariamente envolvimento cutâneo. Macroscopicamente, em dois casos havia uma massa amarelada irregular e firme envolvendo a porção inicial do intestino delgado, afetando duodeno, pâncreas, linfonodos mesentérico e pancreático e no quarto caso também havia lesão no fígado. O segundo caso tinha lesões ulcerativas com secreção serossanguinolenta na pele que estendia da região dorso-caudal a sacral, para a porção de ânus e final do reto. O terceiro caso apresentava espessamento da parede do reto e ânus com nódulos irregulares que se estendiam a região perianal, havendo também comprometimento transmural da vagina. Histologicamente as lesões eram semelhantes, caracterizadas por múltiplos granulomas contendo imagens negativas de hifas em tecidos corados pela hematoxilina eosina (HE). Para melhor visualização das hifas foi usadas colorações especiais de metenamina nitrato de prata de Grocott (GSM) e ácido periódico de Schiff (PAS). O diagnóstico foi realizado com base nos achados epidemiológicos, clínicos e patológicos e histológicos, com confirmação pela imuno-histoquímica. A pitiose ocorre esporadicamente em cães da região semiárida nordestina e deve ser incluída principalmente no diagnóstico diferencial das doenças que causam obstruções do trato gastrintestinal.