Estudo comparativo de casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e ave no Nordeste do Brasil.
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25671 |
Resumo: | Descrevem-se nesta tese quatro artigos científicos que abordam a pitiose em animais domésticos no Nordeste do Brasil. O primeiro capítulo reúne e comparativamente descreve os casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e aves acometidos na região Nordeste do Brasil durante um período de 35 anos de diagnóstico no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande. Durante o período de estudo foram recebidas 13.542 amostras teciduais provenientes de necropsias e biópsias. Das quais, 306 foram diagnosticados como pitiose: 195 casos em equinos, 75 em ovinos, 19 em cães, 6 em muares, 4 em bovinos, 3 em gatos, 2 em caprinos, 1 em asinino e 1 em avestruz. Os equídeos foram as espécies mais afetadas, com lesões na pele, glândula mamária e fossas nasais. Dentre os ruminantes, os ovinos foram os mais afetados, com lesões cutâneas, nasais e digestivas, enquanto os bovinos e caprinos apresentaram lesões cutâneas. Os carnívoros desenvolveram lesões principalmente no trato alimentar, suficientemente graves para determinar a morte ou eutanásia dos animais. O único caso em ave afetou o trato alimentar e a excisão cirúrgica determinou a remissão. Para a maioria dos animais, a doença teve um curso clínico crônico e potencialmente grave, exceto para os bovinos que apresentaram cura espontânea das lesões. Os sinais clínicos estavam diretamente relacionados à localização das lesões, que sempre apresentavam evidência histológica de inflamação crônica associada a hifas intralesionais. O segundo capítulo caracteriza os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e os principais métodos de diagnóstico da pitiose em equinos, muares e asininos. Foram recebidas 1.331 amostras teciduais de equídeos, das quais 202 (15,17%) foram diagnosticadas como pitiose. Equídeos de ambos os sexos e com idades variando de 4 meses a 25 anos foram afetados. A maioria dos animais era mestiço (79,7%) e criado em sistema extensivo (73,26%). A doença ocorreu durante todo o ano, mas a maior incidência (70,29%) foi observada após o período das chuvas. O curso clínico foi sempre crônico. As lesões localizavam-se preferencialmente nos membros e parede toracoabdominal ventral e caracterizavam-se por nódulos ou massas com ulcerações e secreção serossanguinolenta. A superfície de corte demonstrou tratos fistulosos contendo kunkers. A histopatologia revelou acentuado infiltrado inflamatório de eosinófilos com áreas multifocais bem definidas de necrose de eosinófilos e colagenólise e imagens negativas de hifas intralesionais. No asinino, observou-se infiltrado inflamatório piogranulomatoso circundando essas áreas. A imunohistoquímica para Pythium insidiosum revelou forte imunomarcação das hifas. O terceiro capítulo descreve três casos de pitiose em gatos, caracterizando os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos. Foram recebidas 1.928 amostras teciduais de gatos, das quais três foram diagnosticadas como pitiose. Macroscopicamente, os gatos apresentavam uma massa multinodular na cavidade oral associada a deformidade facial (caso 1), uma grande massa multinodular espessando a parede do jejuno (caso 2) e um nódulo cutâneo ulcerado na base da cauda (caso 3). Histologicamente, observou-se inflamação piogranulomatosa e necrose, com hifas intralesionais, predominantemente não coradas. A imuno-histoquímica para Pythium insidiosum revelou forte imunomarcação das hifas. O quarto capítulo relata um caso de pitiose esofágica em um avestruz, caracterizando os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e imuno-histoquímicos. Uma avestruz-do-pescoço-vermelho, com dois anos de idade, apresentava um nódulo no terço médio do esôfago. Na histologia observou-se uma área focalmente extensa de necrose estendendo-se da túnica mucosa à adventícia. Circundando a área de necrose, observou-se uma reação inflamatória composta principalmente por granulócitos e macrófagos, associada à fibroplasia e neovascularização. Em meio às áreas de necrose e inflamação, verificavam-se numerosas imagens negativas de hifas em seções longitudinais e transversais, melhor apreciadas pela coloração de metenamina nitrato de prata de Grocott. O diagnóstico definitivo de infecção por Pythium insidiosum foi confirmado por imuno-histoquímica. A pitiose é uma doença endêmica no Nordeste do Brasil. Equinos, ovinos e cães parecem ser os mais comumente afetados, mas é importante estar ciente de que a doença pode afetar outras espécies animais. Os médicos veterinários, clínicos e patologistas, devem estar familiarizados com as características clinicopatológicas da doença e com a ampla variedade de espécies animais suscetíveis. |
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Estudo comparativo de casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e ave no Nordeste do Brasil.Comparative study of pythiosis cases in horses, ruminants, carnivores and birds in Northeast Brazil.Doenças infecciosasOomicetoPythium insidiosumPitiose em equídeosPitiose em ruminantesPitiose em carnívorosPitiose em avesLaboratório de Patologia Animal - CSTR UFCGEstudo retrospectivoInfectious diseasesPythiosis in equidsPythiosis in ruminantsPythiosis in carnivoresPythiosis in birdsLaboratory of Animal Pathology - CSTR UFCGRetrospective studyMedicina VeterináriaDescrevem-se nesta tese quatro artigos científicos que abordam a pitiose em animais domésticos no Nordeste do Brasil. O primeiro capítulo reúne e comparativamente descreve os casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e aves acometidos na região Nordeste do Brasil durante um período de 35 anos de diagnóstico no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande. Durante o período de estudo foram recebidas 13.542 amostras teciduais provenientes de necropsias e biópsias. Das quais, 306 foram diagnosticados como pitiose: 195 casos em equinos, 75 em ovinos, 19 em cães, 6 em muares, 4 em bovinos, 3 em gatos, 2 em caprinos, 1 em asinino e 1 em avestruz. Os equídeos foram as espécies mais afetadas, com lesões na pele, glândula mamária e fossas nasais. Dentre os ruminantes, os ovinos foram os mais afetados, com lesões cutâneas, nasais e digestivas, enquanto os bovinos e caprinos apresentaram lesões cutâneas. Os carnívoros desenvolveram lesões principalmente no trato alimentar, suficientemente graves para determinar a morte ou eutanásia dos animais. O único caso em ave afetou o trato alimentar e a excisão cirúrgica determinou a remissão. Para a maioria dos animais, a doença teve um curso clínico crônico e potencialmente grave, exceto para os bovinos que apresentaram cura espontânea das lesões. Os sinais clínicos estavam diretamente relacionados à localização das lesões, que sempre apresentavam evidência histológica de inflamação crônica associada a hifas intralesionais. O segundo capítulo caracteriza os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e os principais métodos de diagnóstico da pitiose em equinos, muares e asininos. Foram recebidas 1.331 amostras teciduais de equídeos, das quais 202 (15,17%) foram diagnosticadas como pitiose. Equídeos de ambos os sexos e com idades variando de 4 meses a 25 anos foram afetados. A maioria dos animais era mestiço (79,7%) e criado em sistema extensivo (73,26%). A doença ocorreu durante todo o ano, mas a maior incidência (70,29%) foi observada após o período das chuvas. O curso clínico foi sempre crônico. As lesões localizavam-se preferencialmente nos membros e parede toracoabdominal ventral e caracterizavam-se por nódulos ou massas com ulcerações e secreção serossanguinolenta. A superfície de corte demonstrou tratos fistulosos contendo kunkers. A histopatologia revelou acentuado infiltrado inflamatório de eosinófilos com áreas multifocais bem definidas de necrose de eosinófilos e colagenólise e imagens negativas de hifas intralesionais. No asinino, observou-se infiltrado inflamatório piogranulomatoso circundando essas áreas. A imunohistoquímica para Pythium insidiosum revelou forte imunomarcação das hifas. O terceiro capítulo descreve três casos de pitiose em gatos, caracterizando os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos. Foram recebidas 1.928 amostras teciduais de gatos, das quais três foram diagnosticadas como pitiose. Macroscopicamente, os gatos apresentavam uma massa multinodular na cavidade oral associada a deformidade facial (caso 1), uma grande massa multinodular espessando a parede do jejuno (caso 2) e um nódulo cutâneo ulcerado na base da cauda (caso 3). Histologicamente, observou-se inflamação piogranulomatosa e necrose, com hifas intralesionais, predominantemente não coradas. A imuno-histoquímica para Pythium insidiosum revelou forte imunomarcação das hifas. O quarto capítulo relata um caso de pitiose esofágica em um avestruz, caracterizando os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e imuno-histoquímicos. Uma avestruz-do-pescoço-vermelho, com dois anos de idade, apresentava um nódulo no terço médio do esôfago. Na histologia observou-se uma área focalmente extensa de necrose estendendo-se da túnica mucosa à adventícia. Circundando a área de necrose, observou-se uma reação inflamatória composta principalmente por granulócitos e macrófagos, associada à fibroplasia e neovascularização. Em meio às áreas de necrose e inflamação, verificavam-se numerosas imagens negativas de hifas em seções longitudinais e transversais, melhor apreciadas pela coloração de metenamina nitrato de prata de Grocott. O diagnóstico definitivo de infecção por Pythium insidiosum foi confirmado por imuno-histoquímica. A pitiose é uma doença endêmica no Nordeste do Brasil. Equinos, ovinos e cães parecem ser os mais comumente afetados, mas é importante estar ciente de que a doença pode afetar outras espécies animais. Os médicos veterinários, clínicos e patologistas, devem estar familiarizados com as características clinicopatológicas da doença e com a ampla variedade de espécies animais suscetíveis.We describe in this thesis four scientific papers that address pythiosis in domestic animals in northeastern Brazil. The first chapter gathers and comparatively describes pythiosis cases in equidae, ruminants, carnivores and birds affected in the northeastern region of Brazil over a 35-year period of diagnosis at the Animal Pathology Laboratory of the Federal University of Campina Grande. During the study period, 13,542 tissue samples from necropsies and biopsies were received. Among these samples, 306 were diagnosed as pythiosis: 195 cases in horses, 75 in sheep, 19 in dogs, 6 in mules, 4 in cattle, 3 in cats, 2 in goats, 1 in a donkey, and 1 in an ostrich. The equidae were the most affected species, with lesions in the skin, mammary glands and nasal cavities. Among ruminants, sheep were the most affected, with cutaneous, nasal and digestive lesions, while cattle and goats had cutaneous lesions. Carnivores developed lesions mainly in the alimentary tract, severe enough to determine the animals' death or euthanasia. The single case in a bird affected the alimentary tract and surgical excision determined remission. For most animals, the disease had a long-term and life-threatening clinical course, except for cattle that had spontaneous healing. The clinical signs were directly related to the location of the lesions, which always presented histological evidence of chronic inflammation associated with intralesional hyphae. The second chapter characterizes the epidemiological, clinical and pathological aspects and the main diagnostic techniques for pythiosis in horses, mules and donkeys. Were received 1,331 tissue samples of equidae, 202 (15.17%) of which were diagnosed as pythiosis. Equidae of both sexes with ages varying from 4 months to 25 years were affected. Most animals were mixed breed (79.7%) and reared in an extensive system (73.26%). The disease occurred throughout the year but the highest incidence (70.29%) was noted after the rainy season. The clinical course was always chronic. The lesions were preferentially located on the limbs and ventral thoracoabdominal wall and characterized by nodules or tumor-like masses with ulcerations and serosanguineous discharge. The cut surface showed fistulous tracts containing kunkers. Histopathology revealed a marked inflammatory infiltrate of eosinophils with multifocal well-defined areas of eosinophil necrosis and collagenolysis and intralesional negativelystained hyphal profiles; in the donkey, a pyogranulomatous inflammatory infiltrate was noted surrounding these areas. Immunohistochemistry for Pythium insidiosum revealed strong immunolabelling of the hyphae. The third chapter describes three cases of pythiosis in cats, characterizing the epidemiological, clinical, and pathological findings. Were received 1,928 tissue samples of cats, three of which were diagnosed as pythiosis. Grossly, the cats showed a multinodular mass in the oral cavity associated with facial deformity (case 1), a large multinodular mass thickening the jejunum wall (case 2), and an ulcerated nodule in the skin at the base of the tail (case 3). Histologically, pyogranulomatous inflammation and necrosis, with intralesional predominantly negatively stained hyphae, were observed in all cases. Immunohistochemistry for Pythium insidiosum revealed strong immunolabelling of the hyphae. The diagnosis of pythiosis was based on the epidemiological, clinical and anatomopathological findings, and was confirmed by immunohistochemistry. The fourth chapter reports a case of esophageal pythiosis in an ostrich, characterizing the epidemiological, clinical, pathological, and immunohistochemical aspects. A 2-yearold female red-necked ostrich presented with a nodular mass in the middle third of the esophagus. Histologically, there was a focally extensive area of necrosis extending from the tunica mucosa to the adventitia. Surrounding the necrotic area were a dense inflammatory reaction composed mainly of granulocytes and macrophages and associated with fibroplasia and neovascularization. In some inflammatory and necrotic areas, there were numerous longitudinal and cross sections of negatively stained hyphae, which were best visualized using Grocott methenamine silver stain. Definitive diagnosis of infection by Pythium insidiosum was confirmed by immunohistochemistry. Pythiosis is an endemic disease in northeastern Brazil. Horses, sheep, and dogs seem to be most commonly affected, but it is important to be aware that the disease can affect other animal species. Veterinary clinicians and pathologists should be familiar with the clinicopathological features of the disease and the wide range of susceptible animal species.CapesUniversidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMALUFCGDANTAS, Antonio Flávio Medeiros.DANTAS, A. F. M.http://lattes.cnpq.br/2882351954633616GALIZA, Glauco José Nogueira de.GALIZA, G. J. N.http://lattes.cnpq.br/2524691952838910LUCENA, Ricardo Barbosa de.LUCENA, R. B.MAIA, Lisanka Ângelo.MAIA, L. A.FRADE, Maria Talita Soares.FRADE, M. T. S.MIRANDA NETO, Eldinê Gomes de.MIRANDA NETO, E. G.SOUTO, Erick Platiní Ferreira de.2021-07-302022-06-13T16:51:36Z2022-06-132022-06-13T16:51:36Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25671SOUTO, Erick Platiní Ferreira de. Estudo comparativo de casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e ave no Nordeste do Brasil. 2021. 82f. (Tese de Doutorado), Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande - Patos - Paraíba - Brasil, 2021. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25671porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-06-13T16:52:02Zoai:localhost:riufcg/25671Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-06-13T16:52:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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Estudo comparativo de casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e ave no Nordeste do Brasil. SOUTO, Erick Platiní Ferreira de. Doenças infecciosas Oomiceto Pythium insidiosum Pitiose em equídeos Pitiose em ruminantes Pitiose em carnívoros Pitiose em aves Laboratório de Patologia Animal - CSTR UFCG Estudo retrospectivo Infectious diseases Pythiosis in equids Pythiosis in ruminants Pythiosis in carnivores Pythiosis in birds Laboratory of Animal Pathology - CSTR UFCG Retrospective study Medicina Veterinária |
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Descrevem-se nesta tese quatro artigos científicos que abordam a pitiose em animais domésticos no Nordeste do Brasil. O primeiro capítulo reúne e comparativamente descreve os casos de pitiose em equídeos, ruminantes, carnívoros e aves acometidos na região Nordeste do Brasil durante um período de 35 anos de diagnóstico no Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande. Durante o período de estudo foram recebidas 13.542 amostras teciduais provenientes de necropsias e biópsias. Das quais, 306 foram diagnosticados como pitiose: 195 casos em equinos, 75 em ovinos, 19 em cães, 6 em muares, 4 em bovinos, 3 em gatos, 2 em caprinos, 1 em asinino e 1 em avestruz. Os equídeos foram as espécies mais afetadas, com lesões na pele, glândula mamária e fossas nasais. Dentre os ruminantes, os ovinos foram os mais afetados, com lesões cutâneas, nasais e digestivas, enquanto os bovinos e caprinos apresentaram lesões cutâneas. Os carnívoros desenvolveram lesões principalmente no trato alimentar, suficientemente graves para determinar a morte ou eutanásia dos animais. O único caso em ave afetou o trato alimentar e a excisão cirúrgica determinou a remissão. Para a maioria dos animais, a doença teve um curso clínico crônico e potencialmente grave, exceto para os bovinos que apresentaram cura espontânea das lesões. Os sinais clínicos estavam diretamente relacionados à localização das lesões, que sempre apresentavam evidência histológica de inflamação crônica associada a hifas intralesionais. O segundo capítulo caracteriza os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e os principais métodos de diagnóstico da pitiose em equinos, muares e asininos. Foram recebidas 1.331 amostras teciduais de equídeos, das quais 202 (15,17%) foram diagnosticadas como pitiose. Equídeos de ambos os sexos e com idades variando de 4 meses a 25 anos foram afetados. A maioria dos animais era mestiço (79,7%) e criado em sistema extensivo (73,26%). A doença ocorreu durante todo o ano, mas a maior incidência (70,29%) foi observada após o período das chuvas. O curso clínico foi sempre crônico. As lesões localizavam-se preferencialmente nos membros e parede toracoabdominal ventral e caracterizavam-se por nódulos ou massas com ulcerações e secreção serossanguinolenta. A superfície de corte demonstrou tratos fistulosos contendo kunkers. A histopatologia revelou acentuado infiltrado inflamatório de eosinófilos com áreas multifocais bem definidas de necrose de eosinófilos e colagenólise e imagens negativas de hifas intralesionais. No asinino, observou-se infiltrado inflamatório piogranulomatoso circundando essas áreas. A imunohistoquímica para Pythium insidiosum revelou forte imunomarcação das hifas. O terceiro capítulo descreve três casos de pitiose em gatos, caracterizando os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos. Foram recebidas 1.928 amostras teciduais de gatos, das quais três foram diagnosticadas como pitiose. Macroscopicamente, os gatos apresentavam uma massa multinodular na cavidade oral associada a deformidade facial (caso 1), uma grande massa multinodular espessando a parede do jejuno (caso 2) e um nódulo cutâneo ulcerado na base da cauda (caso 3). Histologicamente, observou-se inflamação piogranulomatosa e necrose, com hifas intralesionais, predominantemente não coradas. A imuno-histoquímica para Pythium insidiosum revelou forte imunomarcação das hifas. O quarto capítulo relata um caso de pitiose esofágica em um avestruz, caracterizando os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e imuno-histoquímicos. Uma avestruz-do-pescoço-vermelho, com dois anos de idade, apresentava um nódulo no terço médio do esôfago. Na histologia observou-se uma área focalmente extensa de necrose estendendo-se da túnica mucosa à adventícia. Circundando a área de necrose, observou-se uma reação inflamatória composta principalmente por granulócitos e macrófagos, associada à fibroplasia e neovascularização. Em meio às áreas de necrose e inflamação, verificavam-se numerosas imagens negativas de hifas em seções longitudinais e transversais, melhor apreciadas pela coloração de metenamina nitrato de prata de Grocott. O diagnóstico definitivo de infecção por Pythium insidiosum foi confirmado por imuno-histoquímica. A pitiose é uma doença endêmica no Nordeste do Brasil. Equinos, ovinos e cães parecem ser os mais comumente afetados, mas é importante estar ciente de que a doença pode afetar outras espécies animais. Os médicos veterinários, clínicos e patologistas, devem estar familiarizados com as características clinicopatológicas da doença e com a ampla variedade de espécies animais suscetíveis. |
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