Mortalidade materna no estado da Paraíba no período de 2007 a 2016.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AZEVEDO, Lívia Maria Costa.
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7585
Resumo: A mortalidade materna é definida como a morte de uma mulher durante ou até 42 dias após o término da gravidez, independentemente da duração e local da gravidez, por qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou a sua gestão, mas não devido a causas acidentais ou incidentais. É uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser evitável em 92,0% dos casos. O presente estudo buscou avaliar a mortalidade materna no estado da Paraíba no período de 2007 a 2016. Trata-se de uma pesquisa do tipo documental descritiva, com abordagem quantitativa, realizada com dados secundários obtidos a partir do banco de dados online e de acesso livre do Sistema de Informações sobre Mortalidade, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. A população foi composta por mulheres em idade fértil residentes no estado da Paraíba, que foram a óbito por morte materna no período entre 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2016. Os dados foram analisados por estatística descritiva e confrontados com a literatura pertinente ao tema estudado. Os resultados obtidos evidenciaram um total de 324 óbitos no período pesquisado, havendo um maior predomínio de mortes durante a gravidez, o parto ou o aborto até 42 dias de puerpério (74,3%), com realização de investigação (92%), em mulheres na faixa etária entre 30 e 39 anos (41%), de cor/raça parda (74,4%), com escolaridade ignorada (48,8%) e de estado civil solteira (36,4%). Em relação ao tipo de causas obstétricas, observou-se maior número de óbitos por causas diretas (78,7%). Notou-se um predomínio de mortes por síndromes hipertensivas específicas da gravidez (27,5%), infecções na gravidez e no puerpério (17,3%), e por outras doenças da mãe que complicam a gravidez, o parto e o puerpério (13,0%). As microrregiões paraibanas que apresentaram os maiores índices de mortalidade materna foram João Pessoa (24.4%) e Campina Grande (14,8%). Conclui-se que o perfil de mortalidade materna vem merecendo atenção especial no Estado da Paraíba, devido a presença dos altos valores de Razão da Mortalidade Materna (RMM), acompanhados de causas evitáveis na maioria dos casos. Desta forma, faz-se necessário que os profissionais de saúde adotem medidas que identifiquem precocemente riscos à saúde materna e permitam a conduta adequada, intervindo assim, de maneira mais eficiente.
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Trata-se de uma pesquisa do tipo documental descritiva, com abordagem quantitativa, realizada com dados secundários obtidos a partir do banco de dados online e de acesso livre do Sistema de Informações sobre Mortalidade, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. A população foi composta por mulheres em idade fértil residentes no estado da Paraíba, que foram a óbito por morte materna no período entre 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2016. Os dados foram analisados por estatística descritiva e confrontados com a literatura pertinente ao tema estudado. Os resultados obtidos evidenciaram um total de 324 óbitos no período pesquisado, havendo um maior predomínio de mortes durante a gravidez, o parto ou o aborto até 42 dias de puerpério (74,3%), com realização de investigação (92%), em mulheres na faixa etária entre 30 e 39 anos (41%), de cor/raça parda (74,4%), com escolaridade ignorada (48,8%) e de estado civil solteira (36,4%). Em relação ao tipo de causas obstétricas, observou-se maior número de óbitos por causas diretas (78,7%). Notou-se um predomínio de mortes por síndromes hipertensivas específicas da gravidez (27,5%), infecções na gravidez e no puerpério (17,3%), e por outras doenças da mãe que complicam a gravidez, o parto e o puerpério (13,0%). As microrregiões paraibanas que apresentaram os maiores índices de mortalidade materna foram João Pessoa (24.4%) e Campina Grande (14,8%). Conclui-se que o perfil de mortalidade materna vem merecendo atenção especial no Estado da Paraíba, devido a presença dos altos valores de Razão da Mortalidade Materna (RMM), acompanhados de causas evitáveis na maioria dos casos. Desta forma, faz-se necessário que os profissionais de saúde adotem medidas que identifiquem precocemente riscos à saúde materna e permitam a conduta adequada, intervindo assim, de maneira mais eficiente.Maternal mortality is defined as the death of a woman during or up to 42 days after termination of pregnancy, irrespective of the duration and place of the pregancy, for any cause related or aggravated by the pregnancy or its management, but not due to accidental causes or incidental. It is one of the most serious violations of women's human rights, as it is avoidable in 92,0 % of cases. The present study sought to evaluate maternal mortality in the state of Paraíba from 2007 to 2016. This is a descriptive, documentary, quantitative based survey conducted with secondary data obtained from the online database and from free access of the Mortality Information System, provided by the Department of Informatics of the Unified Health System and the Information System on Live Births. The population was composed of women of childbearing age living in the state of Paraíba, who died of maternal death in the period between January 1, 2007 and December 31, 2016. The data were analysed by descriptive statistics and compared to the relevant literature of the studied subject. The results obtained evidenced a total of 324 deaths in the period studied, with a higher prevalence of deaths during pregnancy, childbirth or abortion up to 42 days postpartum (74,3%), with research (92%), in women in the age group between 30 and 39 years old (41%), of color/race brown (74,4%), with schooling ingored (48,8%), and single marital status (36,4%). Regarding the type of obstetric causes, a higher number of deaths from direct causes (78,7%) were observed. There was a predominance of deaths due to pregnancy specif hypertensive syndromes (27,5%), infections in pregnancy and puerperium (17,3%), and other maternal diseases that complicate pregnancy, chuldbirth and the puerperium (13,0%). The microregions of Paraíba that presented the highest rates of maternal mortality were João Pessoa (24,4%) and Campina Grande (14,8%). At the end of this study it is concluded that the maternal mortality profile has been deserving special attention in the state of Paraíba, due to the presence of high values of the Maternal Mortality Ratio (MMR), acompanied by avoidable causes in most cases. Thus, it is necessary that health professionals adopt measures that early identify risks to maternal health and allow appropriate behavior, thus intervening more efficiently.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Formação de Professores - CFPUFCGBEZERRA, Kévia Katiúcia Santos.BEZERRA, K. K. S.http://lattes.cnpq.br/8363820103704030SOUZA, Eduardo Sérgio.LEITE, Eliane de Sousa.DANTAS, Rosimery Cruz de Oliveira.AZEVEDO, Lívia Maria Costa.2018-12-052019-10-01T15:31:00Z2019-10-012019-10-01T15:31:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7585AZEVEDO, Lívia Maria Costa. Mortalidade materna no estado da Paraíba no período de 2007 a 2016. 2018. 41f. 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