Violência obstétrica: um olhar holístico para uma realidade silenciada.

• Autor(a) principal: SILVA, Ronielle Duarte.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8479
• topic: Enfermagem.; Enfermagem em obstetrícia; Violência obstétrica; Saúde da mulher; Puérperas; Obstetrícia; Obstetric Nursing; Obstetric violence; Women's Health; Puerperas; Obstetrics

A violência contra a mulher se apresenta de diferentes formas e contextos, e uma delas tem sido bastante presente e não identificada: a violência obstétrica. A violência na assistência ao processo parturitivo se constitui em um grave problema para a saúde da mulher. Essa violência é resultado da própria precariedade do sistema de saúde, que também restringe consideravelmente o acesso aos serviços oferecidos. Desta forma, objetivou-se, analisar os atos no processo parturitivo consideradas como violência obstétrica em puérperas. Trata-se de um estudo de pesquisa de campo de caráter exploratório, com abordagem qualiquantitativa. A mesma foi desenvolvida na Maternidade Dr. Deodato Cartaxo, que fica localizada no município de Cajazeiras-PB, com o intuito de alcançar o objetivo esperado. A amostragem foi composta por 25 puérperas de parto vaginal que estavam sendo atendidas na maternidade e que aceitaram participar do estudo. Os dados foram analisados através de abordagem qualiquantitativa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande. Com relação aos dados relevantes ao estudo, foi possível constatar que a violência obstétrica está atrelada na assistência prestada pelos profissionais, algo que se tornou corriqueiro e na maioria das vezes imperceptível para as que sofrem, fazendo-se necessário que as mulheres conheçam cada vez mais sobre essa temática e se apropriem de seus direitos. Embora a violência obstétrica seja algo que predomina nas ações de saúde, a humanização, embora ainda seja algo idealizado, se faz essencial para mudar esse cenário, devendo estar presente nas ações e nas instituições de saúde. Desta forma, faz-se necessário um olhar mais critico e analítico para este assunto, fazendo com que o mesmo torne-se de amplo conhecimento e que as mulheres saibam identificar violência obstétrica com mais facilidade, buscando e reivindicando seus direitos de ter uma assistência livre de qualquer ato discriminatório, vexatório e/ou desumano.