Intoxicação experimental por Senna occidentalis e Senna obtusifolia em ovinos.

• Autor(a) principal: CAMPOS, Édipo Moreira.
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24278
• topic: Plantas tóxicas; Toxic plants; Intoxicação por plantas - ovinos; Plant poisoning - sheep; Miocardiopatia - ovinos; Cardiomyopathy - sheep; Intoxicação experimental por Senna obtusifolia; Experimental poisoning by Senna obtusifolia; Intoxicação experimental por Senna occidentalis; Experimental poisoning by Senna occidentalis; Senna occidentalis; Senna obtusifolia; Ovinos - intoxicação por plantas; Sheep - plant poisoning; Ovinos Santa Inês - intoxicação experimental; Santa Inês sheep - experimental poisoning; Toxicologia Veterinária; Veterinary Toxicology; Medicina Veterinária

As plantas do gênero Senna sp. são descritas como tóxicas para ruminantes, principalmente por causar uma doença caracterizada por miopatia e cardiomiopatia degenerativa. O presente trabalho tem como objetivo reproduzir experimentalmente a intoxicação por Senna occidentalis e Senna obtusifolia em ovinos e descrever os sinais clínicos e lesões patológicas. Para reprodução experimental, folhas verdes e sementes de Senna occidentalis e folhas verdes da Senna obtusifolia foram coletadas e administradas aos animais. Foram utilizados 7 ovinos, machos, mestiços de Santa Inês, com 3-4 meses de idade e aproximadamente 20 Kg/PV/Cab. Quatro animais receberam ração comercial adicionada de sementes moídas da S. occidentalis contendo, 1%, 5%, 10% e 20% do concentrado, dois animais (A3, A4) receberam 5% do PV de folhas verdes de S. occidentalis e S. obtusifolia, e um animal (AT) foi utilizado como testemunha. Apenas o animal que consumiu as folhas da S. occidentalis apresentou diarreia, por vezes acompanhada de dor abdominal e tenesmo. Os animais que receberam 10% e 20% das sementes de S. occidentalis demonstraram sinais clínicos a partir do 24° e 5° dias respectivamente. Os sinais clínicos observados foram apatia, depressão, perda de peso, urina escura (mioglobinuria) respiração torácica dificultosa, decúbito esternal com distensão do tórax. Na necropsia dos animais as lesões mais evidentes foram no fígado que estava com acentuação do padrão lobular (necrose hepática) seguida de áreas avermelhadas intercaladas com áreas pálidas, e distensão da vesícula biliar. Histologicamente, as principais lesões foram degeneração centro lobular, o coração de ambos os animais apresentavam áreas focal e extensa de miócitos apresentando eosinofilia citoplasmática e condensação nuclear (picnose). Nos rins as lesões encontradas foram proliferação do epitélio tubular cortical e presença de macro e micro vacuolização intracitoplasmática (degeneração). Vacúolos, característicos da encefalopatia hepática foram observadas na matéria branca e cinzenta do sistema nervoso central de ambos os animais.