Toxicidade do extrato etanólico de Sophora flavescens sobre a abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, João Vitor Linhares dos.
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32735
Resumo: A existência da abelha Apis mellifera é fundamental para muitas culturas, sendo um dos polinizadores economicamente significativos para agricultura em todo planeta, isso por assegurar a polinização cruzada e ampliar a produtividade de frutos. Os inseticidas botânicos são considerados produtos de baixa toxicidade para homens, animais, entretanto pouco se sabe sobre seus afeitos sobre agentes polinizadores. Diante disso, objetivou-se avaliar a toxidade do extrato etanólico de Sophora flavescens sobre A. mellifera, por meio da ingestão de alimento contaminado e pulverização direta com o referido bioinseticida sobre as abelhas. O trabalho foi realizado no Laboratório de Entomologia pertencente ao CCTA/UFCG, Campus Pombal/PB. O estudo consistiu em dois bioensaios: exposição a dieta contaminada e pulverização direta, realizados em delineamento inteiramente casualizado, onde cada um foi composto por cinco tratamentos [Testemunha absoluta – água destilada; Testemunha positiva – Tiametoxam: 600g/ha (0,30 g i. a./L-1) e três doses do bioinseticida extrato etanólico de S. flavescens: 0,6 L/ha (0,228 g i.a./L-1), 1 L/ha (0,381 g i. a./ L-1) e 1,2 L/ha (0,457 g i. a./L-1)] e 10 repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Após a aplicação dos tratamentos foram avaliadas a mortalidade e o comportamento (prostração, paralisia, tremores e redução da alimentação) das abelhas a 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 24 horas após o início da exposição ao produto. Em relação a dieta contaminada, o extrato etanólico de S. flavescens ocasionou a morte de 52%, 51% e 66% das abelhas, nas doses 0,228 g i.a./L, 0,381 g i.a./L e 0,457 g i.a./L, respectivamente e, proporcionando Tempo Letal Mediano (TL50) de 35,0 horas para as doses 0,228 g i.a./L e 0,381 g i.a./L e, TL50 de 25,6 horas para a dose 0,457 g i.a./L. Quanto a pulverização direta, o extrato etanólico de S. flavescens ocasionou uma mortalidade de 100% das abelhas em todas as doses avaliadas, sendo tão letal quanto a testemunha positiva, o inseticida Tiametoxam, que também ocasionou 100% de mortalidade, além disso o extrato etanólico de S. flavescens proporcionou um Tempo Letal Mediano (TL50) de 1,1 horas para todas as doses avaliadas. No que se refere ao comportamento, as abelhas expostas ao extrato etanólico de S. flavescens apresentaram tremores, déficit de mobilidade seguido de paralisia e prostração antes da morte. Independentemente da dose, o extrato etanólico de S. flavescens foi moderadamente nocivo via ingestão de dieta contaminada e altamente nocivo via pulverização direta sobre adultos de A. mellifera.
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O trabalho foi realizado no Laboratório de Entomologia pertencente ao CCTA/UFCG, Campus Pombal/PB. O estudo consistiu em dois bioensaios: exposição a dieta contaminada e pulverização direta, realizados em delineamento inteiramente casualizado, onde cada um foi composto por cinco tratamentos [Testemunha absoluta – água destilada; Testemunha positiva – Tiametoxam: 600g/ha (0,30 g i. a./L-1) e três doses do bioinseticida extrato etanólico de S. flavescens: 0,6 L/ha (0,228 g i.a./L-1), 1 L/ha (0,381 g i. a./ L-1) e 1,2 L/ha (0,457 g i. a./L-1)] e 10 repetições, sendo cada unidade experimental formada por 10 abelhas adultas. Após a aplicação dos tratamentos foram avaliadas a mortalidade e o comportamento (prostração, paralisia, tremores e redução da alimentação) das abelhas a 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 24 horas após o início da exposição ao produto. Em relação a dieta contaminada, o extrato etanólico de S. flavescens ocasionou a morte de 52%, 51% e 66% das abelhas, nas doses 0,228 g i.a./L, 0,381 g i.a./L e 0,457 g i.a./L, respectivamente e, proporcionando Tempo Letal Mediano (TL50) de 35,0 horas para as doses 0,228 g i.a./L e 0,381 g i.a./L e, TL50 de 25,6 horas para a dose 0,457 g i.a./L. Quanto a pulverização direta, o extrato etanólico de S. flavescens ocasionou uma mortalidade de 100% das abelhas em todas as doses avaliadas, sendo tão letal quanto a testemunha positiva, o inseticida Tiametoxam, que também ocasionou 100% de mortalidade, além disso o extrato etanólico de S. flavescens proporcionou um Tempo Letal Mediano (TL50) de 1,1 horas para todas as doses avaliadas. No que se refere ao comportamento, as abelhas expostas ao extrato etanólico de S. flavescens apresentaram tremores, déficit de mobilidade seguido de paralisia e prostração antes da morte. Independentemente da dose, o extrato etanólico de S. flavescens foi moderadamente nocivo via ingestão de dieta contaminada e altamente nocivo via pulverização direta sobre adultos de A. mellifera.The existence of the honey bee Apis mellifera is fundamental for many cultures, being one of the economically significant pollinators for agriculture all over the planet, as it ensures cross-pollination and increases fruit productivity. Botanical insecticides are considered low toxicity products for men, animals, however, little is known about its effects on pollinating agents. In view of this, the objective was to evaluate the toxicity of the ethanolic extract of Sophora flavescens on A. mellifera, through the ingestion of contaminated food and direct spraying with the referred bioinsecticide on the bees. The work was carried out at the Entomology Laboratory belonging to the CCTA/UFCG, Campus Pombal/PB. The study consisted of two bioassays: exposure to contaminated diet and direct spraying, carried out in a completely randomized design, where each one was composed of five treatments [Absolute control – distilled water; Positive control – Thiamethoxam: 600g/ha (0.30 g i.a./L-1) and three doses of the bioinsecticide ethanolic extract of S. flavescens: 0.6 L/ha (0.228 g i.a./L-1), 1 L/ha (0.381 g i.a./L-1) and 1.2 L/ha (0.457 g i.a./L-1)] and 10 repetitions, each experimental unit consisting of 10 adult bees. After the application of treatments, mortality and behavior (prostration, paralysis, tremors and reduced feeding) of the bees were evaluated at 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 and 24 hours after the beginning of exposure to the product. Regarding the contaminated diet, the ethanolic extract of S. flavescens caused the death of 52%, 51% and 66% of the bees, at doses 0.228 g i.a./L, 0.381 g i.a./L and 0.457 g i.a./L, respectively and, providing Median Lethal Time (TL50) of 35.0 hours for doses 0.228 g i.a./L and 0.381 g i.a./L and, TL50 of 25.6 hours for dose 0.457 g i.a./L. As for direct spraying, the ethanolic extract of S. flavescens caused a mortality of 100% of the bees in all evaluated doses, respectively, being as lethal as the positive control, the insecticide thiamethoxam, which also caused 100% of mortality. the ethanolic extract of S. flavescens provided a Median Lethal Time (TL50) of 1.1 hours for all evaluated doses. With regard to behavior, bees exposed to the ethanolic extract of S. flavescens showed tremors, mobility deficit followed by paralysis and prostration before death. Regardless of the dose, the ethanolic extract of S. flavescens was moderately harmful via ingestion of contaminated diet and highly harmful via direct spraying on A. mellifera adults.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTAUFCGCOSTA, Ewerton Marinho da.COSTA, E. M.http://lattes.cnpq.br/1510724295028318GONDIM, Ancélio Ricardo de Oliveira.COSTA, Jacqueline Alves de Medeiros Araújo.SANTOS, João Vitor Linhares dos.2023-06-232023-11-09T12:12:41Z2023-11-092023-11-09T12:12:41Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32735SANTOS, João Vitor Linhares dos. Toxicidade do extrato etanólico de Sophora flavescens sobre a abelha Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae). 2023. 40 f. 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