Campanha pelo Uso Racional de Medicamentos - 2016: caracterização da população atendida.

• Autor(a) principal: MEDEIROS, Amanda Kelly Nóbrega.
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7058
• topic: Farmacoepidemiologia; Uso racional de medicamentos; Automedicação; Pharmacoepidemiology; Rational use of medicines; Self-medication; Automedicación; Medicamentos

O uso irracional dos medicamentos traz inúmeras consequências e de diversas ordens, seja diretamente ao usuário e/ou aos serviços de saúde. A mais efetiva forma de melhorar o uso de medicamentos na atenção primária é através de ações educativas e proporcionar o adequado acesso aos medicamentos apropriados. Informar e conscientizar a sociedade sobre os riscos da automedicação e suas implicações é primordial para promover o uso racional de medicamentos. Este estudo foi do tipo descritivo e transversal desenvolvido durante a campanha de Uso Racional de Medicamentos e teve como objetivo descrever as características da população atendida durante a ação de extensão realizada no município de Cuité – PB. Foram entrevistadas 173 pessoas durante os dias 03 a 05 de maio de 2016. A média de idade foi de 52 anos com predominância da faixa etária ≥ 60 anos e a maioria dos entrevistados pertenciam ao sexo feminino (63,01%). A pressão arterial mais prevalente foi caracterizada como ótima (43,35%) e a glicemia normal (36,42%). Dentre os entrevistados, 52,6% informaram praticar atividade física, 83,24% que não consomem bebidas alcoólicas e 90,75% não fazem uso de tabagismo. 17 tipos de plantas medicinais eram utilizados por 50,29% dos entrevistados, sendo as mais prevalentes o boldo e a erva-cidreira (19,29%). Dos entrevistados, 54,34% relataram ser portador de doenças, com predominância da hipertensão arterial sistêmica (39,34%). A classe terapêutica mais utilizada foi os anti-inflamatórios e antirreumáticos (8,76%) e o captopril foi o medicamento mais utilizado (5,64%). A grande maioria (48,70%) relatou receber orientação profissional sobre o uso de medicamentos, sendo o médico o principal orientador (71,19%). A automedicação foi relatada por 19 entrevistados. O uso de medicamentos e plantas medicinais é bastante frequente na população estudada, principalmente através da automedicação. Ações educativas são sempre necessárias a fim de buscar a sensibilização da população quanto aos riscos à saúde expostos pela automedicação, contribuindo para a minimização desse hábito.