Aleitamento materno: um enfoque nas práticas populares de cuidado.

• Autor(a) principal: LIRA, Clarice França.
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10879
• topic: Aleitamento Materno; Lactente; Medicina Tradicional; Breastfeeding; Infant; Traditional Medicine; Lactancia materna; Saúde Materno-Infantil

O presente estudo é de abordagem qualitativa, de tipologia descritiva, realizado na área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família na cidade de Cuité-PB, no período de março a abril de 2012, com objetivo de conhecer as práticas populares que estão relacionadas ao aleitamento materno. Participaram do estudo 10 mães que estavam amamentando, com crianças na faixa etária de 0 a 6 meses de vida. A coleta do material foi realizada através de entrevista semi-estruturada, com roteiro de perguntas abertas relacionadas à gestação, ao aleitamento materno e às práticas populares e hábitos realizados durante a amamentação. Para a identificação das mesmas foram usados pseudônimos de nomes de flores. Para análise do conteúdo, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados revelaram que as práticas populares ainda estão fortemente presentes no nosso dia-a-dia e que essas práticas foram repassadas em maioria pelas pessoas mais velhas e próximas, principalmente pelas mulheres, confirmando assim a tradição, dessa foram criadas as seguintes categorias: Cuidando do corpo; O leite materno, as medicações, a água e os chás e As dificuldades em amamentar: verdades e práticas populares de cuidado. As principais práticas populares relacionadas ao aleitamento materno obtidas na pesquisa foram: aplicações com óleo de amêndoas, cremes, banho de sol, massagem com as mãos nos seio para moldar o mamilo e facilitar na amamentação; dar a criança antes dos seis meses de vida, chá de camomila, outro tipo de leite e água. As mães relataram dificuldades em amamentar devido a problemas como: fissuras, leite empedrado, mastite, diminuição na produção do leite e que o leite seria fraco para o bebê. Das mães pesquisadas todas relataram ter amamentado seus filhos nos primeiros dias de vida, porém apenas 10% (1) delas amamentou seu bebê exclusivamente por seis meses, como preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS). Outra mãe 10% (1) relatou AME, mas seu bebê se encontrava com apenas 25 dias de vida, entretanto todas as outras mães 80% (8) deram água, chá e outro tipo de leite levando a uma amamentação mista. Assim, viu-se a necessidade do aleitamento materno ser mais incentivado e orientado por parte de gestores e profissionais de saúde para trabalhar junto à população, não somente prestando assistência, mas também na promoção e educação em relação ao aleitamento materno e seus benefícios para a mãe e para a criança, sendo importante ainda o apoio da família e sociedade nesta prática.