Pelas rotas de Margarida(s): uma caminhada sociológica-política com defensores e defensoras de Direitos Humanos na Paraíba.

• Autor(a) principal: SILVA NETO, Pedro Manoel de Souza.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27443
• topic: Direitos humanos - Paraíba; Defensores dos direitos humanos - Paraíba; Lutas políticas - Paraíba; Conselho Estadual de Direitos Humanos - CEDH-PB; Anticolonialismo; Igreja Católica da Paraíba - direitos humanos; Teologia da libertação; História dos direitos humanos no Brasil; Políticas de direitos humanos; Programa de Proteção de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos - PPDDH; Criminalização de defensores de direitos humanos; Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba - CEDH-PB; Margarida Maria Alves - direitos humanos; Camponeses e direitos humanos; Human rights - Paraíba; Human rights defenders - Paraíba; Political struggles - Paraíba; State Council for Human Rights - CEDH-PB; Anticolonialism; Catholic Church of Paraíba - human rights; Liberation theology; History of human rights in Brazil; Human rights policies; Program for the Protection of Human Rights Defenders - PPDDH; Criminalization of human rights defenders; State Council for Human Rights of Paraíba - CEDH-PB; Margarida Maria Alves - human rights; Peasants and human rights; História

Este trabalho apresenta como tema de pesquisa as lutas e resistências tecidas pelas mãos de defensores e defensoras de direitos humanos no estado da Paraíba, tendo como ponto de partida a atuação que desempenham nas dependências do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH-PB), um dos primeiros mecanismos institucionais dessa natureza criados no país ainda na primeira década pós redemocratização. Percebendo a diversidade de articulações, organizações e iniciativas, o nosso objetivo consiste em esboçar uma cartografia das lutas em defesa dos direitos humanos na Paraíba a partir das trajetórias dos defensores e defensoras. Para tanto, fizemos uso de entrevistas semiestruturadas para a construção dos dados (BEAUD; WEBER, 2014), que contou com a participação direta de três defensores e de uma defensora. O referencial teórico que adotamos está fundamentado nas contribuições críticas, anticoloniais e contra-hegemônicas formuladas por Boaventura de Sousa Santos (2019), Nelson Maldonado-Torres (2019) e Joaquín Herrera Flores (2009). Apontamos que a construção de defensores e defensoras enquanto sujeitos políticos têm a ver sobretudo com a simbiose entre a agência que os indivíduos portam e as oportunidades de acesso a grupos, coletivos, entidades e movimentos de direitos humanos que surgem em determinado momento da vida. No caso da Paraíba, identificamos que a Igreja Católica, conduzida por bispos adeptos da Teologia da Libertação, é a responsável pela formação dos primeiros equipamentos de defesa dos direitos humanos e, consequentemente, da primeira geração de defensores e defensoras. Nossa investigação concebe, nos termos de uma sociologia das ausências e das emergências (SANTOS, 2004), os defensores e defensoras de direitos humanos como sujeitos políticos radicalmente comprometidos com a denúncia de injustiças e com a transformação radical do mundo.