Estudo Retrospectivo das Campanhas de Câncer de pele em Campina Grande, PB.

• Autor(a) principal: NASCIMENTO, Galba Rafael Santiago do.
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: NOGUEIRA, Lorena Morais., MEDEIROS, Niedson José de Siqueira., MASON, Rafael Eugenio de Macedo.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29630
• topic: Câncer de pele; Neoplasia cutânea; Não melanoma; Campanhas em Campina Grande; Skin cancer; Skin neoplasm; Non-melanoma; Campaigns in Campina Grande; Cáncer de piel; Neoplasia de piel; Campañas en Campina Grande; Cancerologia

Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, há anualmente 2 a 3 milhões de cânceres de pele no mundo. O câncer de Pele (CP) é ainda a neoplasia mais incidente no Brasil. Sua distribuição é universal apresentando-se sob três principais formas: melanoma, carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma espinocelular (CEC). São fatores de risco associados frequentemente descritos na literatura: ausência de fotoproteção, foto tipo da pele, radiação solar excessiva, idade avançada, deficiências nutricionais e nevus. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove anualmente a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele (CNPCP), maior instrumento preventivo e diagnóstico de CP no mundo, segundo o Guiness (2009). Em Campina Grande (CG), a campanha é realizada há 5 anos, demonstrando grande importância no cenário local. Objetivos: Este estudo visa traçar o perfil sócio - demográfico e epidemiológico do público participante dos 5 anos de realização da Campanha no município de Campina Grande (2009-2013). Objetiva-se também fazer um comparativo com as principais estimativas nacionais e de alguns outros municípios, a exemplo de Porto Alegre - RS. Materiais e métodos: os instrumentos utilizados neste estudo foram os questionários padrão da campanha da SBD. Os dados analisados foram: incidência, sexo, cor da pele, exposição ao Sol, história pessoal e familiar, meio de divulgação e diagnóstico clínico. Os dados sociodemográficos avaliados foram computados e analisados pelos programas SPSS 22.0, Excel e Medcalc. A revisão do tema foi gerada a partir da consulta as bases de dados da BIREME, Pubmed, Scielo, MEDLINE e LILACS, além de fontes como o INCA, WHO, SBD e IBGE. O estudo é observacional, transversal, retrospectivo e descritivo, sendo o público alvo classificado pela triagem nas campanhas em CG, realizadas no Hospital Universitário Alcides Carneiro. Resultados: No Brasil, participaram da CNPCP, de 2009 a 2013, um total de 161.171pessoas, houve prevalência das mulheres (61,7%, n= 99.442). 26,95% (n=43.436) citou histórico familiar positivo de CP, 32,16% (n=61.729) relatou fotoproteção e 10,49% (n= 16.906) apresentou história pregressa positiva. Em CG, nesse mesmo período, houve a participação de 1.676 pacientes e prevaleceu o sexo feminino (61,3%, n= 1027). 20,22% (n=339) referiu história familiar, 31,68% (n= 530) relatou fotoproteção e 13,54% (n= 227) apresentou história pregressa. As incidências foram de 12% no Brasil, 18% em CG e 16% em Porto Alegre. O diagnóstico clínico mais comum em CG foi o de CBC, com 276 casos (17%); houve 12,35% (n= 207) de outras pré-neoplasias, 2,18% de CEC(n=37) e 1% de Melanoma Maligno (MM). A cor de pele predominante foi a pele clara (51,47%, n=863). Conclusões: Foram notáveis a fotoproteção inadequada, a alta incidência em CG em comparação à Porto Alegre e ao Brasil, estatisticamente comprovada. O sexo feminino foi o gênero que mais procurou a Campanha. A televisão foi o meio de maior importância para a divulgação da Campanha, sendo ferramenta fundamental de orientação preventiva. O estudo aponta ainda que o evento promovido há 05 anos em CG apresenta grande importância resolutiva pelos elevados dados demonstrados nesse trabalho.