Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Carlos Eduardo P. dos [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Santurio, Janio Morais, Marques, Luiz Carlos [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011001200008
http://hdl.handle.net/11449/27891
Resumo: Realizou-se, em quatro propriedades rurais no Pantanal Matogrossense, em 2009 e 2010, um estudo clínico e epidemiológico da pitiose em bovinos e equinos. A enfermidade ocorreu predominantemente entre os meses de novembro e março, correspondendo ao período chuvoso na região. A incidência média anual foi de 0,22% e 12,5% em bovinos e equinos, respectivamente. Nos bovinos, a distribuição dos casos ocorreu no ápice das cheias e restringiu-se a novilhas de 6 a 18 meses de idade, nas quais as lesões cutâneas estiveram associadas com edemas perilesionais discretos e claudicações, mas curaram espontaneamente, em um período máximo de 90 dias. Nos equinos, a pitiose acometeu animais de ambos os sexos, de três a oito anos de idade e registrou-se um caso de reinfecção. A doença evoluiu com agravos no sítio lesional, com desenvolvimento de extenso tecido de granulação, kunkersem permeio à lesão, acentuada caquexia e mortes, as quais ocorreram entre três e sete meses após o início dos sinais. A mortalidade média foi 5,88% e a letalidade 45,45%. A confirmação do diagnóstico incluiu ELISA-teste, PCR, histopatologia (HE e Grocott) e isolamento de P. insidiosum. Na área endêmica estudada, a enfermidade não causou impacto econômico em bovinos, a despeito da evolução insatisfatória registrada na maioria dos equinos. Nesse estudo, a incidência de pitiose em equinos foi 57,23 vezes a observada em bovinos, com significância estatística. Apesar das mesmas condições ambientais, tal diferença foi provavelmente associada com susceptibilidade, comportamento e manejo das espécies nos campos alagados.
id UNSP_8f2d8175b6ab1c126322ec33dc1cc23e
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/27891
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Pitiose em animais de produção no Pantanal MatogrossensePythiosis of livestock in the Pantanal, Mato Grosso, BrazilOomycetespythiosisHorseCattleepidemiologyPythium insidiosumOomicetosPitioseEquinoBovinoEpidemiologiaPythium insidiosumRealizou-se, em quatro propriedades rurais no Pantanal Matogrossense, em 2009 e 2010, um estudo clínico e epidemiológico da pitiose em bovinos e equinos. A enfermidade ocorreu predominantemente entre os meses de novembro e março, correspondendo ao período chuvoso na região. A incidência média anual foi de 0,22% e 12,5% em bovinos e equinos, respectivamente. Nos bovinos, a distribuição dos casos ocorreu no ápice das cheias e restringiu-se a novilhas de 6 a 18 meses de idade, nas quais as lesões cutâneas estiveram associadas com edemas perilesionais discretos e claudicações, mas curaram espontaneamente, em um período máximo de 90 dias. Nos equinos, a pitiose acometeu animais de ambos os sexos, de três a oito anos de idade e registrou-se um caso de reinfecção. A doença evoluiu com agravos no sítio lesional, com desenvolvimento de extenso tecido de granulação, kunkersem permeio à lesão, acentuada caquexia e mortes, as quais ocorreram entre três e sete meses após o início dos sinais. A mortalidade média foi 5,88% e a letalidade 45,45%. A confirmação do diagnóstico incluiu ELISA-teste, PCR, histopatologia (HE e Grocott) e isolamento de P. insidiosum. Na área endêmica estudada, a enfermidade não causou impacto econômico em bovinos, a despeito da evolução insatisfatória registrada na maioria dos equinos. Nesse estudo, a incidência de pitiose em equinos foi 57,23 vezes a observada em bovinos, com significância estatística. Apesar das mesmas condições ambientais, tal diferença foi provavelmente associada com susceptibilidade, comportamento e manejo das espécies nos campos alagados.An epidemiological study (2009-2010) included cattle and horses affected with pythiosis from farms in Pantanal, Mato Grosso, Brazil. The disease occurred predominantly from November to March annually, period of the local rainy season. The mean annual incidence of pythiosis was 0.22% and 12.5% in cattle and horses, respectively. In cattle, the case distribution occurred during the peak of the floods and was restricted to 6 to 18 months of age heifers. Mild perilesional edema and lameness evolved to spontaneous resolution within until 90 days. In horses, pythiosis affected animals of both sexes with 3 to 8 years of age. Reinfection afflicted one horse. The lesions evolved to extensive granulation tissue and kunkers' in horses that experienced marked cachexy. Death occurred three to seven months after the beginning of symptoms. The mean mortality rate was 5.88% and the case fatality rate was 45.45%. Diagnosis was confirmed by ELISA test, PCR, histopathology (HE and Grocott) and isolation of Pythium insidiosum. In the endemic area studied, the disease in cattle did not represent an economic impact; on the other hand, the majority of cases in horses progressed unsatisfactorily. The incidence of pythiosis in horses was 57.23 times the incidence recorded in cattle, with statistical significance. While environmental flooded conditions were the same, such difference might be associated with species susceptibility, behavior and management.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual PaulistaUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM) Departamento de Microbiologia e ParasitologiaUniversidade Estadual PaulistaColégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPAUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)Santos, Carlos Eduardo P. dos [UNESP]Santurio, Janio MoraisMarques, Luiz Carlos [UNESP]2014-05-20T15:11:04Z2014-05-20T15:11:04Z2011-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article1083-1089application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011001200008Pesquisa Veterinária Brasileira. Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA, v. 31, n. 12, p. 1083-1089, 2011.0100-736Xhttp://hdl.handle.net/11449/2789110.1590/S0100-736X2011001200008S0100-736X2011001200008WOS:000299513000008S0100-736X2011001200008.pdf3281538474011979SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporPesquisa Veterinária Brasileira0.385info:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-06T14:09:10Zoai:repositorio.unesp.br:11449/27891Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:55:35.628680Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
Pythiosis of livestock in the Pantanal, Mato Grosso, Brazil
title Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
spellingShingle Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
Santos, Carlos Eduardo P. dos [UNESP]
Oomycetes
pythiosis
Horse
Cattle
epidemiology
Pythium insidiosum
Oomicetos
Pitiose
Equino
Bovino
Epidemiologia
Pythium insidiosum
title_short Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
title_full Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
title_fullStr Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
title_full_unstemmed Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
title_sort Pitiose em animais de produção no Pantanal Matogrossense
author Santos, Carlos Eduardo P. dos [UNESP]
author_facet Santos, Carlos Eduardo P. dos [UNESP]
Santurio, Janio Morais
Marques, Luiz Carlos [UNESP]
author_role author
author2 Santurio, Janio Morais
Marques, Luiz Carlos [UNESP]
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Carlos Eduardo P. dos [UNESP]
Santurio, Janio Morais
Marques, Luiz Carlos [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Oomycetes
pythiosis
Horse
Cattle
epidemiology
Pythium insidiosum
Oomicetos
Pitiose
Equino
Bovino
Epidemiologia
Pythium insidiosum
topic Oomycetes
pythiosis
Horse
Cattle
epidemiology
Pythium insidiosum
Oomicetos
Pitiose
Equino
Bovino
Epidemiologia
Pythium insidiosum
description Realizou-se, em quatro propriedades rurais no Pantanal Matogrossense, em 2009 e 2010, um estudo clínico e epidemiológico da pitiose em bovinos e equinos. A enfermidade ocorreu predominantemente entre os meses de novembro e março, correspondendo ao período chuvoso na região. A incidência média anual foi de 0,22% e 12,5% em bovinos e equinos, respectivamente. Nos bovinos, a distribuição dos casos ocorreu no ápice das cheias e restringiu-se a novilhas de 6 a 18 meses de idade, nas quais as lesões cutâneas estiveram associadas com edemas perilesionais discretos e claudicações, mas curaram espontaneamente, em um período máximo de 90 dias. Nos equinos, a pitiose acometeu animais de ambos os sexos, de três a oito anos de idade e registrou-se um caso de reinfecção. A doença evoluiu com agravos no sítio lesional, com desenvolvimento de extenso tecido de granulação, kunkersem permeio à lesão, acentuada caquexia e mortes, as quais ocorreram entre três e sete meses após o início dos sinais. A mortalidade média foi 5,88% e a letalidade 45,45%. A confirmação do diagnóstico incluiu ELISA-teste, PCR, histopatologia (HE e Grocott) e isolamento de P. insidiosum. Na área endêmica estudada, a enfermidade não causou impacto econômico em bovinos, a despeito da evolução insatisfatória registrada na maioria dos equinos. Nesse estudo, a incidência de pitiose em equinos foi 57,23 vezes a observada em bovinos, com significância estatística. Apesar das mesmas condições ambientais, tal diferença foi provavelmente associada com susceptibilidade, comportamento e manejo das espécies nos campos alagados.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-12-01
2014-05-20T15:11:04Z
2014-05-20T15:11:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011001200008
Pesquisa Veterinária Brasileira. Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA, v. 31, n. 12, p. 1083-1089, 2011.
0100-736X
http://hdl.handle.net/11449/27891
10.1590/S0100-736X2011001200008
S0100-736X2011001200008
WOS:000299513000008
S0100-736X2011001200008.pdf
3281538474011979
url http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2011001200008
http://hdl.handle.net/11449/27891
identifier_str_mv Pesquisa Veterinária Brasileira. Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA, v. 31, n. 12, p. 1083-1089, 2011.
0100-736X
10.1590/S0100-736X2011001200008
S0100-736X2011001200008
WOS:000299513000008
S0100-736X2011001200008.pdf
3281538474011979
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Pesquisa Veterinária Brasileira
0.385
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 1083-1089
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA
publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128437037039616