Lourdes Ramalho e o ofício de escrever-pensar teatro.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Capítulo de livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37197 |
Resumo: | Como anotei recentemente acerca do lugar das mulheres no mundo do teatro brasileiro em relação à escrita de textos para o palco (ANDRADE, 2011a), hoje em dia já não causa espanto a projeção de uma Maria Adelaide Amaral como autora de grandes sucessos da nossa teledramaturgia. Nem por isso, o espanto em relação ao ofício da dramaturgia pelas mulheres no Brasil pode ser visto como coisa de passado remoto. Ainda em 1978, ano da primeira montagem, em São Paulo, do segundo texto de Maria Adelaide para o palco, Bodas de Papel (1976), a cena paulistana vivia ainda a atmosfera impactante de certa eclosão autoral em bloco, iniciada no limiar entre décadas, ano de 1969, com as montagens de Fala baixo senão eu grito, A flor da pele e As moças, textos, respectivamente de Leilah Assumpção, Consuelo de Castro e Isabel Câmara. Aquela expressão coletiva da competência feminina para a escrita dramatúrgica teria continuidade com mais duas autoras, Renata Pallottini e Hilda Hilst, que ganham visibilidade durante a década de 1970.¹ Com alguns outros autores, também estreantes, como José Vicente e Antonio Bivar, aquele grupo de mulheres formava um movimento muito rico, como escreveu um crítico da época, de "espantosas revelações”, que atestava "a maturidade do nosso palco”, auferida pela recepção de uma série importante da dramaturgia universal, dos clássicos aos modernos, articulada à produção nacional, especialmente a assinada por essa geração, que vinha “enriquecendo a nossa dramaturgia com um vigor e uma linguagem novos” (apud vincenzo, 1992, p. 4; sem grifo no original), |
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