Toxoplasmose Gestacional na Paraíba: 2019 a 2023.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Angélica Priscila de Azevedo.
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35878
• topic: Toxoplasmose gestacional; Triagem pré-natal; Monitoramento epidemiológico; Paraíba; Toxoplasmose Congênita; Toxoplasma gondii; Doenças infecciosas - toxoplasmose; Gestational Toxoplasmosis; Prenatal screening; Epidemiological monitoring; Toxoplasmosis Congenital; Toxoplasma gondii; Infectious diseases - toxoplasmosis; Perfil epidemiológico - toxoplasmose gestacional; Epidemiologia - toxoplasmose gestacional - Paraíba; Farmácia

A toxoplasmose é uma infecção parasitária negligenciada que possui uma ampla distribuição mundial. É uma antropozoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, com prevalência sorológica variada de acordo com condições sanitárias e higiênico-dietéticas da população. A infecção por T. gondii geralmente se apresenta assintomática e benigna em indivíduos imunocompetentes, mas se ocorrer no período de gravidez, caracterizando a toxoplasmose gestacional (TG), pode resultar na toxoplasmose congênita (TC), que é uma das formas mais graves da infecção. O presente estudo analisou o perfil epidemiológico da toxoplasmose gestacional na Paraíba. Foi feita uma pesquisa do tipo descritiva, epidemiológica e retrospectiva, através dos dados presentes no SINAN/Datasus, entre os anos de 2019 e 2023, analisando-se as seguintes variáveis: ano, faixa etária, raça, escolaridade, evolução, critério diagnóstico e idade gestacional. Os dados mostraram que os casos confirmados de toxoplasmose gestacional cresceram na série temporal analisada, com 566 casos, sendo encontrada em gestantes de 10-59 anos e mais prevalente nas de 20-39 anos (73,1%), com baixo nível de escolaridade (36,9%) e nas que se autodeclararam pretas/pardas (74%). Mais de 40% dos casos foram notificados no segundo trimestre gestacional, 98% foram confirmados por diagnóstico laboratorial e mais da metade (57,2%) evoluíram para a cura. Não foi observado óbito na série temporal avaliada. Além disso, não houve associação estatística entre a faixa etária e a idade gestacional e nem entre a raça e faixa etária. Conclui-se que é necessário o desenvolvimento de programas de informação e prevenção sobre a toxoplasmose gestacional, com investimentos nas ações de pré-natal e saúde materno-infantil, bem como treinamento dos profissionais responsáveis pelas notificações.