Asma e parasitas intestinais: um estudo transversal em Campina Grande.

• Autor(a) principal: CHAGAS, Ana Cláudia Correia Santos das
• Data de Publicação: 2013
• Outros Autores: GONÇALVES, Danilo Gois., RODRIGUES, Mirella Patrício.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29530
• topic: Parasitologia; Asma; Parasitoses intestinais; Hipótese da higiene; Asthma; Intestinal parasites; Hygiene hypothesis; Parásitos intestinales; Hipótesis de la higiene

A asma e as parasitoses são doenças de grande magnitude mundial. Observou-se que, em países desenvolvidos, doenças alérgicas são muito prevalentes, enquanto doenças parasitárias são relativamente raras. O contrário ocorre em muitos países em desenvolvimento, o que levou à especulação de que esses fatos poderiam estar ligados através de um único fenômeno, denominado a „‟hipótese da higiene‟‟. Objetivou-se, como trabalho de conclusão de curso, a realização de um estudo individuado, observacional e transversal a partir de dados da população constituída de crianças de 2 a 10 anos de idade residentes no bairro do Pedregal na cidade de Campina Grande, Paraíba, almejando à avaliação da associação entre asma e parasitoses intestinais. Foi empregado o questionário ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood) e realizada pesquisa parasitológica nas fezes através dos métodos Ritchie e Kato-Katz. A amostra constituiu de 1.195 crianças, das quais 450 (37,7%) foram enquadrados no grupo asma segundo os critérios do módulo sibilância do questionário ISAAC. Apesar das altas frequências de parasitoses intestinais (Entamoeba histolytica, Ascaris lumbricoides, Giardia lamblia e Trichuris trichiura) e sibilância, não foram encontradas neste estudo associações estatisticamente significantes entre elas (0,066 ≤ p ≤ 0,323) através do teste Qui-quadrado de Pearson. Assim, não foi possível estabelecer tampouco a magnitude das parasitoses como fatores de proteção ou de risco. Entretanto, isso não afasta a necessidade de investigar possíveis interligações entre a asma e parasitas, considerando-se a fisiopatogenia e as peculiaridades da resposta imune causada por essas doenças.