Nível de conhecimento dos usuários de Unidade Básicas de Saúde da Família sobre dengue, chikungunya e zica e fatores associados.

• Autor(a) principal: LIMA, Arthur Rodrigues.
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: CAVALCANTE, Líniker Fragoso.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30538
• topic: Medicina; Educação em saúde; Dengue; Zika vírus; Chikungunya vírus; Health education; Educación para la salud; Virus zika; Virus chikungunya

O atual contexto de saúde no Brasil aponta uma enorme prevalência das doenças Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Também chamadas de arboviroses, são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, e a presença dele em diversas regiões do país demonstra o seu grande potencial de adaptação e dispersão. Isto ocorre principalmente pelas condições climáticas, que favorecem a proliferação do vetor, e a infraestrutura dos serviços básicos de saúde oferecidos no Brasil. Dessa forma, a presente pesquisa tem por objetivo avaliar o nível de conhecimento dos usuários de Unidades de Saúde da Família (USF) sobre as três arboviroses quanto à prevenção, diagnóstico, manifestações clínicas, possíveis complicações e tratamento. Foi realizado um estudo do tipo transversal, desenvolvido por meio de pesquisa de campo, através de um questionário autoaplicável. O processamento, armazenamento e análise dos dados foram realizados através do programa estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 21.0. A pesquisa foi executada nas USF’s dos bairros Cruzeiro e Bodocongó, os quais apresentavam índices preocupantes de infestação predial do Aedes aegypti na cidade de Campina Grande – PB. Participaram do estudo 390 pessoas. Foi notado que 89,16% dos usuários adotavam medidas de prevenção e combate aos focos do mosquito, no entanto apenas 33,85% realizavam alguma medida que impedia a picada do mosquito quando já adulto, visto, por exemplo, somente 25,4% utilizavam repelente na pele exposta. Observou-se, também, um déficit de conhecimento em parte da população estudada, afinal, somente 55,2% apresentaram os índices de acerto sobre tal tema, principalmente nos usuários com baixa escolaridade, no qual apresentaram apenas 48,73% de acertos frente a 60,14% dos mais escolarizados, reforçando a importância do investimento em educação em saúde. É interessante que para ambos os níveis de escolaridade, questões muito abordadas pelos profissionais de saúde e pela mídia como: “se o vírus da Zika pode ser transmitido da gestante para o feto”, apresentou um índice de acerto de 89%, ao passo que questão como: “qual doença pode causar graves hemorragias”, obteve 85,9% de erros. Os dados do presente estudo reiteram a importância de atividades didáticas que integrem educação, saúde e as USFs, buscando a atuação da população na eliminação de focos de mosquito e o maior envolvimento com essas importantes questões de saúde pública.