Prática alimentar de camponeses assentados em um acampamento do MST no município de Sousa / PB.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALMEIDA, Luymara Pereira Bezerra de.
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7872
Resumo: As escolhas e práticas alimentares estão diretamente ligadas ao meio social em que a população está inserida. Sendo assim, todo indivíduo tem direito a uma alimentação adequada e em quantidade suficiente, sem interferir em sua cultura, garantindo sua segurança alimentar e nutricional. A agricultura familiar, além de ser geradora de renda, é uma ferramenta utilizada para assegurar que os habitantes da zona rural não sofram de insegurança alimentar. Portanto, neste estudo, objetivou-se conhecer as práticas alimentares dos agricultores assentados em um acampamento do MST no município de Sousa – PB. Foram acompanhadas trinta e cinco famílias moradoras fixas do acampamento, através de entrevistas semi-dirigidas. As entrevistas foram gravadas, transcritas em sua íntegra e analisadas. Constatou-se que os alimentos mais consumidos pelos camponeses são aqueles provenientes da cesta básica (arroz, feijão, cuscuz, farinha), sendo apenas o feijão proveniente do cultivo local. As pequenas plantações advindas dos quintais das famílias, com presença de algumas frutas, legumes e verduras, não conseguem garantir uma alimentação variada. A agricultura é apenas de subsistência. Há grande participação de alimentos industrializados na dieta como, por exemplo, embutidos. As refeições acontecem em família, embora não haja um lugar disponível para o consumo na residência. O principal festejo ligado à alimentação e agricultura é o junino. Os camponeses têm uma boa compreensão do que seja alimentação saudável, todavia apontam a quantidade de alimentos a que tem acesso como um fator limitante em seu caso. Percebe-se aí um caso de violação do DHAA, sendo a insegurança alimentar e nutricional no acampamento considerada como moderada. A demora na doação das terras, a falta de água, a baixa renda das famílias, a falta de acesso aos serviços básicos de saúde e aos programas governamentais estão entre os principais fatores limitantes da SAN. A negociação governamental para transferência do direito à terra aos agricultores deve ser realizada imediatamente com o fim de garantir o DHAA dessas famílias.
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Portanto, neste estudo, objetivou-se conhecer as práticas alimentares dos agricultores assentados em um acampamento do MST no município de Sousa – PB. Foram acompanhadas trinta e cinco famílias moradoras fixas do acampamento, através de entrevistas semi-dirigidas. As entrevistas foram gravadas, transcritas em sua íntegra e analisadas. Constatou-se que os alimentos mais consumidos pelos camponeses são aqueles provenientes da cesta básica (arroz, feijão, cuscuz, farinha), sendo apenas o feijão proveniente do cultivo local. As pequenas plantações advindas dos quintais das famílias, com presença de algumas frutas, legumes e verduras, não conseguem garantir uma alimentação variada. A agricultura é apenas de subsistência. Há grande participação de alimentos industrializados na dieta como, por exemplo, embutidos. As refeições acontecem em família, embora não haja um lugar disponível para o consumo na residência. O principal festejo ligado à alimentação e agricultura é o junino. Os camponeses têm uma boa compreensão do que seja alimentação saudável, todavia apontam a quantidade de alimentos a que tem acesso como um fator limitante em seu caso. Percebe-se aí um caso de violação do DHAA, sendo a insegurança alimentar e nutricional no acampamento considerada como moderada. A demora na doação das terras, a falta de água, a baixa renda das famílias, a falta de acesso aos serviços básicos de saúde e aos programas governamentais estão entre os principais fatores limitantes da SAN. A negociação governamental para transferência do direito à terra aos agricultores deve ser realizada imediatamente com o fim de garantir o DHAA dessas famílias.Las opciones y los hábitos alimenticios están directamente vinculados con el entorno social en el que se encuentra la población. Por lo tanto, cada individuo tiene el derecho a una alimentación adecuada en cantidad suficiente, sin interferir con su cultura, garantizando su seguridad alimentaria. La agricultura familiar, ademas de generadora de ingresos, es una herramienta que se utiliza para garantizar que la población rural no sufra de inseguridad alimentaria. Por lo tanto, este estudio tuvo como objetivo conocer las prácticas alimenticias de los agricultores que se establecieron en un campamento del MST en el municipio de Sousa - PB. Treinta y cinco familias residentes fueron acompañadas a través de entrevistas semi-dirigidas. Las entrevistas fueron grabadas, transcritas y analizadas. Se encontró que los alimentos consumidos por los agricultores son los alimentos básicos (arroz, frijoles, harina de maíz, harina de yuca), apenas los frijoles son de la agricultura local. Las pequeñas plantaciones que surgen de los patios traseros de las familias, con la presencia de algunas frutas y verduras, no pueden garantizar una dieta variada. La agricultura es de subsistencia solamente. Hay una gran participación de los alimentos procesados en la dieta, por ejemplo, los embutidos. Las comidas tienen lugar en la familia, el núcleo de la gestión y la producción agrícola, aunque no hay un lugar disponible para el consumo en la residencia. La fiesta principal es la junino, que se liga a la alimentación. Los campesinos tienen una buena comprensión de lo que es saludable, pero apuntan la cantidad de alimentos a que tiene acceso a un factor limitante en su caso. Se puede ver aquí un caso de violación del derecho a la alimentación. La inseguridad alimentaria y la nutrición es considerada moderada. El retraso en el contrato de donación de la tierra, la falta de agua, los bajos ingresos, la falta de acceso a los servicios básicos de salud y a los programas de gobierno se encuentran entre los principales factores que afectan a la SAN. La negociación del gobierno para la transferencia de derechos sobre la tierra a los agricultores debe realizarse inmediatamente con el fin de garantizar el derecho a la alimentación de estas familias.Las elecciones y prácticas alimentarias están directamente vinculadas al medio social en el que se inserta la población. Por tanto, toda persona tiene derecho a una alimentación adecuada y en cantidad suficiente, sin interferir en su cultura, garantizando su seguridad alimentaria y nutricional. La agricultura familiar, además de generar ingresos, es una herramienta utilizada para lograr que los habitantes rurales no sufran inseguridad alimentaria. Por lo tanto, en este estudio, el objetivo fue conocer las prácticas alimentarias de los agricultores asentados en un campamento del MST en el municipio de Sousa - PB. Treinta y cinco familias que viven en el campamento fueron monitoreadas a través de entrevistas semiestructuradas. Las entrevistas fueron grabadas, transcritas en su totalidad y analizadas. Se encontró que los alimentos más consumidos por los campesinos son los de la canasta básica (arroz, frijol, cuscús, harina), siendo únicamente el frijol proveniente del cultivo local. Las pequeñas plantaciones provenientes de los patios de las familias, con presencia de algunas frutas y verduras, no pueden garantizar una dieta variada. La agricultura es solo de subsistencia. Hay una gran proporción de alimentos procesados ​​en la dieta, como las salchichas. Las comidas se realizan en familia, aunque no hay lugar disponible para el consumo en el hogar. La principal fiesta vinculada a la alimentación y la agricultura es junio. Los campesinos tienen una buena comprensión de lo que es una alimentación saludable, pero señalan la cantidad de alimentos a la que tienen acceso como un factor limitante en su caso. Hay un caso de violación de la DHAA, con inseguridad alimentaria y nutricional en el campamento considerada moderada. La demora en la donación de terrenos, la falta de agua, los bajos ingresos familiares, la falta de acceso a servicios básicos de salud y programas gubernamentales se encuentran entre las principales limitantes de la SAN. La negociación con el gobierno para la transferencia de los derechos de la tierra a los agricultores debe realizarse de inmediato para garantizar el DHAA de estas familias.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Educação e Saúde - CESUFCGSILVA, Michelle Cristine Medeiros da.JUSTINO FILHO, José.SOUSA, Luciana Maria Pereira de.ALMEIDA, Luymara Pereira Bezerra de.2016-05-202019-10-08T18:06:14Z2019-10-082019-10-08T18:06:14Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7872ALMEIDA, Luymara Pereira Bezerra de. 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