A construção da identidade do comunismo nas reportagens jornalísticas e nos discursos das autoridades políticas e religiosas na cidade de Caruaru na década de 1960 a 1970.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TORRES, José William Lopes.
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34949
Resumo: A década de 1960 é marcada por grandes movimentações na política e na cultura do Brasil, tendo como marco referencial o ano de 1964 com o Golpe Civil-Militar. Após o dia 31 de março de 1964 o sistema político do Brasil se transforma em regime ditatorial pondo no poder o General Castelo Branco. Porém a transição da conjuntura política é difundida pelos jornais caruaruenses como uma “Revolução Salvadora” e não como um Golpe de Estado, provocando uma supervalorização dos “semióforos” que se erguiam juntamente com o regime militar, isto é, as forças armadas, o “verdeamarelismo” e a própria personificação dos militares no poder. Para além dos jornais locais como A Defesa (jornal de origem católica e que se encontra fora de circulação desde a década de 80) e Jornal Vanguarda (jornal de maior referência ainda hoje na cidade de Caruaru) políticos caruaruenses, líderes religiosos da ala conservadora incentivados por setores da Direita brasileira e pelas políticas norteamericanas como o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), o MAC (Movimento Anti-Comunistas) e entre outros que se instalaram na cidade de Caruaru buscaram combater o comunismo a partir da sua estigmatização como um inimigo do Brasil. A construção do “inimigo da nação brasileira”, isto é, o Comunismo, seria, portanto fundamental nos anos que se seguiram durante o Regime Ditatorial brasileiro, pois à medida que se criava o “outro” da “Ordem” como o “bode expiatório” estaria, portanto valorizando os militares como os líderes “ideais” cujo propósito estaria em criar no imaginário social caruaruense a necessidade de manter no poder o regime ditatorial. Desta forma o presente trabalho busca analisar como os jornais, políticos de direita e líderes religiosos da ala conservadora de Caruaru buscaram apoiar o Regime Militar pós-1964 a partir dos discursos de inferiorização e construção da identidade do comunista como o “outro” desviante da “Ordem” vigente.
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