História, memória e tempo: estudos de apropriações antigas e medievais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: AMORIM, Breno Gomes de Lima.
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: MIRANDA, Karolliny Joally das Neves., SANTOS, Lauriceia Galdino dos., BAPTISTA, Lyvia Vasconcelos., LIMA, Marinalva Vilar de., CORDÃO, Michelly Pereira de Sousa., ARAÚJO, Robson Victor da Silva., SILVA, Valtyana Kelly da.
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30200
Resumo: É com imensa satisfação que apresentamos um conjunto de trabalhos de professores e pesquisadores de diferentes instituições de ensino do Brasil que canalizaram seus esforços para o campo da História Antiga e Medieval, orientados pela perspectiva teórico-metodológica da recepção-apropriação, debruçando- se em torno das conexões entre diferentes temporalidades. No livro, temos capítulos de autores que são professores, mestrandos e graduandos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), uma professora na Universidade Federal do Rio de Grande do Norte (UFRN), assim como doutorandos pela Universidade de São Paulo (USP). A todos eles, reforçamos nossa gratidão pelo interesse e disponibilidade em realizarem este projeto coletivo. O objetivo do livro consistiu em reunir trabalhos de colegas historiadores que estudaram as historicidades greco-romana e medieval em outras referências temporais. Na trilha do que propõe François Hartog (2014), em sua discussão sobre os diferentes regimes de historicidade, pensamos a história a partir de uma noção de temporalidade desligada de qualquer pretensão a uma suposta linearidade. A nossa intenção foi, também, conjugar pontos de vista variados, ainda que sob um prisma que os aproxima – a questão da apropriação. De tal maneira que diversos temas e conceitos de relevância historiográica perpassam as análises aqui publicadas: poder político, economia, gênero e feminino, produção artística, historiograia, memória, cultura popular. Na Parte I do livro, os leitores irão se deparar com estudos que analisam a presença de concepções da Antiguidade greco-romana na Renascença. São os casos dos três capítulos que introduzem a coletânea: Memória e esquecimento das cose antiche: apropriações de Tito Lívio nos Discursos, de Maquiavel, no qual Michelly Pereira de Sousa Cordão analisa os efeitos da leitura que Maquiavel fez da obra de Tito Lívio em seus Discorsi sopra la prima deca di Tito Livio, observando a maneira como traduziu alguns temas e “exemplos” da Roma do séc. I a.C. para torná-los objetos de imitação (imitazione) no séc. XVI; Mitos e histórias clássicas nas obras Primavera e O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli: representações antigas e modernas, escrito pela autora Lauriceia Galdino dos Santos que escolheu analisar a recepção de temas clássicos em algumas pinturas renascentistas de Botticelli, realizando uma interessante discussão que envolve, também, o campo da produção artística; no capítulo III, intitulado A “economia” em Il libri della famiglia, de Leon Battista Alberti: uma releitura de Xenofonte?, Breno Gomes de Lima Amorim discute as particularidades históricas do conceito de economia no séc. XV a partir de um minucioso estudo da obra de Alberti, lançando a hipótese segundo a qual sua deinição de economia teria conexões com a obra Econômico, do escritor grego, Xenofonte. Todos são capítulos que resultaram das dissertações de mestrado defendidas pelos autores nos últimos anos. Na Parte II, os capítulos discutem apropriações de referências históricas no mundo greco-romano na Antiguidade tardia. No capítulo IV, intitulado Santo Agostinho: apropriações clássicas na De civitate dei, Marinalva Vilar de Lima faz uma interessante análise de um dos principais teólogos/ilósofos do pensamento cristão-católico, Santo Agostinho, discutindo um aspecto que nem sempre é examinado tão minuciosamente nos diversos estudos que já foram produzidos sobre ele. Trata-se dos usos que fez de obras clássicas, a exemplo da História de Roma, de Tito Lívio (séc. I a.C.) para compor A cidade de Deus, na qual faz uma defesa inconteste dos valores cristãos. Por sua vez, no capítulo V, Conhecimento histórico, narrativa e memória nas obras de Tucídides de Atenas e Procópio de Cesaréia, a historiadora Lyvia Vasconcelos Baptista analisou, comparativamente, as obras do historiador grego Tucídides (séc. V a.C.) e do historiador bizantino Procópio (séc. VI d.C.), problematizando as possibilidades de se relacionar a memória e a escrita da história. A autora oferece ao leitor uma importante contribuição no sentido de reletir sobre um autor bem menos conhecido pela historiograia ocidental, se compararmos com Tucídides, e que viveu a experiência histórica do império bizantino. Na Parte III, três autores discutem apropriações antigas e medievais no Brasil contemporâneo, fazendo dialogar temporalidades distantes, mas que se hibridizam no âmbito das experiências sociais. No capítulo VI, A medievalidade imprime marcas: o sertão medieval de Ariano Suassuna no Romance d’A Pedra do Reino, Robson Victor da Silva Araujo oferece uma inovadora discussão, do ponto de vista teórico-metodológico, sobre o Romance d’A Pedra do Reino, do escritor Ariano Suassuna. Sua discussão parte da problemática em torno de uma suposta “originalidade” da obra do autor paraibano, assim como da associação recorrente entre ele e a cultura popular, na medida em que evidencia as marcas de elementos europeus, de uma tradição ibérica e medieval. No capítulo VII, intitulado As faces de Medeia: apropriação da transgressão feminina de Eurípides em Gota d’água, Valtyana Kelly da Silva faz uma discussão ao relacionar diferentes concepções de feminino em experiências históricas distintas. Sua abordagem se dá em torno das obras Medeia, de Eurípides (séc. V a.C.) e da recente produção dramatúrgica Gota D’água, escrita em conjunto por Chico Buarque e pelo paraibano, de Campina Grande, Paulo Pontes, nos anos de 1970. A autora se preocupou em explicar os diferentes signiicados atribuídos ao feminino na Grécia antiga e no Brasil contemporâneo, situando cada um dos autores em seus respectivos contextos de produção. Oferece uma contribuição importante para o campo da história antiga, mas também para relexões sobre o contexto da ditadura brasileira. Por im, no capítulo VII, intitulado Mulheres de Atenas: referências gregas em representações do feminino no Brasil da década de 1970, escrito em parceria por Karolliny Joally das Neves Miranda e Michelly Pereira de Sousa Cordão, a discussão recai sobre a letra da canção Mulheres de Atenas, bastante conhecida na voz de Chico Buarque e escrita por este em conjunto com o teatrólogo Augusto Boal. Para as autoras, é uma obra que expressa uma forte crítica de seus compositores à sociedade brasileira que, a despeito das lutas feministas nos anos de 1970, permanecia fortemente patriarcalista. A ênfase do capítulo é no processo de recepção de obras, como a Odisseia, de Homero, na canção analisada, assim como a comédia Lisístrata, de Aristófanes (séc. V a.C.). A nossa expectativa é que esta obra coletiva contribua para as discussões teórico-metodológicas em torno do conceito de apropriação no âmbito dos diversos campos disciplinares. Sobretudo, o nosso desejo é que ela sirva de estímulo para aqueles que se interessam pelo estudo das sociedades antigas e medievais. Como professoras da área de História Antiga e Medieval, sentimo-nos muito gratas pela oportunidade de publicar trabalhos em parceria com colegas de outras instituições, orientandos e ex-orientandos, a quem endereçamos nossos últimos cumprimentos.
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No livro, temos capítulos de autores que são professores, mestrandos e graduandos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), uma professora na Universidade Federal do Rio de Grande do Norte (UFRN), assim como doutorandos pela Universidade de São Paulo (USP). A todos eles, reforçamos nossa gratidão pelo interesse e disponibilidade em realizarem este projeto coletivo. O objetivo do livro consistiu em reunir trabalhos de colegas historiadores que estudaram as historicidades greco-romana e medieval em outras referências temporais. Na trilha do que propõe François Hartog (2014), em sua discussão sobre os diferentes regimes de historicidade, pensamos a história a partir de uma noção de temporalidade desligada de qualquer pretensão a uma suposta linearidade. A nossa intenção foi, também, conjugar pontos de vista variados, ainda que sob um prisma que os aproxima – a questão da apropriação. De tal maneira que diversos temas e conceitos de relevância historiográica perpassam as análises aqui publicadas: poder político, economia, gênero e feminino, produção artística, historiograia, memória, cultura popular. Na Parte I do livro, os leitores irão se deparar com estudos que analisam a presença de concepções da Antiguidade greco-romana na Renascença. São os casos dos três capítulos que introduzem a coletânea: Memória e esquecimento das cose antiche: apropriações de Tito Lívio nos Discursos, de Maquiavel, no qual Michelly Pereira de Sousa Cordão analisa os efeitos da leitura que Maquiavel fez da obra de Tito Lívio em seus Discorsi sopra la prima deca di Tito Livio, observando a maneira como traduziu alguns temas e “exemplos” da Roma do séc. I a.C. para torná-los objetos de imitação (imitazione) no séc. XVI; Mitos e histórias clássicas nas obras Primavera e O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli: representações antigas e modernas, escrito pela autora Lauriceia Galdino dos Santos que escolheu analisar a recepção de temas clássicos em algumas pinturas renascentistas de Botticelli, realizando uma interessante discussão que envolve, também, o campo da produção artística; no capítulo III, intitulado A “economia” em Il libri della famiglia, de Leon Battista Alberti: uma releitura de Xenofonte?, Breno Gomes de Lima Amorim discute as particularidades históricas do conceito de economia no séc. XV a partir de um minucioso estudo da obra de Alberti, lançando a hipótese segundo a qual sua deinição de economia teria conexões com a obra Econômico, do escritor grego, Xenofonte. Todos são capítulos que resultaram das dissertações de mestrado defendidas pelos autores nos últimos anos. Na Parte II, os capítulos discutem apropriações de referências históricas no mundo greco-romano na Antiguidade tardia. No capítulo IV, intitulado Santo Agostinho: apropriações clássicas na De civitate dei, Marinalva Vilar de Lima faz uma interessante análise de um dos principais teólogos/ilósofos do pensamento cristão-católico, Santo Agostinho, discutindo um aspecto que nem sempre é examinado tão minuciosamente nos diversos estudos que já foram produzidos sobre ele. Trata-se dos usos que fez de obras clássicas, a exemplo da História de Roma, de Tito Lívio (séc. I a.C.) para compor A cidade de Deus, na qual faz uma defesa inconteste dos valores cristãos. Por sua vez, no capítulo V, Conhecimento histórico, narrativa e memória nas obras de Tucídides de Atenas e Procópio de Cesaréia, a historiadora Lyvia Vasconcelos Baptista analisou, comparativamente, as obras do historiador grego Tucídides (séc. V a.C.) e do historiador bizantino Procópio (séc. VI d.C.), problematizando as possibilidades de se relacionar a memória e a escrita da história. A autora oferece ao leitor uma importante contribuição no sentido de reletir sobre um autor bem menos conhecido pela historiograia ocidental, se compararmos com Tucídides, e que viveu a experiência histórica do império bizantino. Na Parte III, três autores discutem apropriações antigas e medievais no Brasil contemporâneo, fazendo dialogar temporalidades distantes, mas que se hibridizam no âmbito das experiências sociais. No capítulo VI, A medievalidade imprime marcas: o sertão medieval de Ariano Suassuna no Romance d’A Pedra do Reino, Robson Victor da Silva Araujo oferece uma inovadora discussão, do ponto de vista teórico-metodológico, sobre o Romance d’A Pedra do Reino, do escritor Ariano Suassuna. 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Oferece uma contribuição importante para o campo da história antiga, mas também para relexões sobre o contexto da ditadura brasileira. Por im, no capítulo VII, intitulado Mulheres de Atenas: referências gregas em representações do feminino no Brasil da década de 1970, escrito em parceria por Karolliny Joally das Neves Miranda e Michelly Pereira de Sousa Cordão, a discussão recai sobre a letra da canção Mulheres de Atenas, bastante conhecida na voz de Chico Buarque e escrita por este em conjunto com o teatrólogo Augusto Boal. Para as autoras, é uma obra que expressa uma forte crítica de seus compositores à sociedade brasileira que, a despeito das lutas feministas nos anos de 1970, permanecia fortemente patriarcalista. A ênfase do capítulo é no processo de recepção de obras, como a Odisseia, de Homero, na canção analisada, assim como a comédia Lisístrata, de Aristófanes (séc. V a.C.). A nossa expectativa é que esta obra coletiva contribua para as discussões teórico-metodológicas em torno do conceito de apropriação no âmbito dos diversos campos disciplinares. Sobretudo, o nosso desejo é que ela sirva de estímulo para aqueles que se interessam pelo estudo das sociedades antigas e medievais. Como professoras da área de História Antiga e Medieval, sentimo-nos muito gratas pela oportunidade de publicar trabalhos em parceria com colegas de outras instituições, orientandos e ex-orientandos, a quem endereçamos nossos últimos cumprimentos.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20182023-06-07T12:37:18Z2023-06-072023-06-07T12:37:18Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30200LIMA, Marinalva Vilar de; CORDÃO, Michelly Pereira de Sousa (organizadoras). História, memória e tempo: estudos de apropriações antigas e medievais. Campina Grande - PB: EDUFCG, 2018. ISBN: 978-85-8001-240-8. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30200porAMORIM, Breno Gomes de Lima.MIRANDA, Karolliny Joally das Neves.SANTOS, Lauriceia Galdino dos.BAPTISTA, Lyvia Vasconcelos.LIMA, Marinalva Vilar de.CORDÃO, Michelly Pereira de Sousa.ARAÚJO, Robson Victor da Silva.SILVA, Valtyana Kelly da.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-06-07T12:37:53Zoai:localhost:riufcg/30200Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-06-07T12:37:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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AMORIM, Breno Gomes de Lima.
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Maquiavel - discursos
Tito Lívio
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Tucídides de Atenas
Procópio de Cesaréia
Ariano Suassuna - Romance d'A Pedra do Reino
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Medeia
Teatro brasileiro - Gota d'água
Eurípides - Medeia - apropriação em Gota d'água
Mulheres de atenas
Referências gregas - Brasil década de 1970
Leon Batista Albertini
Ancient history
Medieval history
Rebirth
History of contemporary Brazil
Greco-Roman appropriations - Renaissance
Memory and forgetting
Machiavelli - speeches
Livy
Appropriations of Livy by Machiavelli
Saint Augustine - appropriations
Thucydides of Athens
Procopius of Caesarea
Ariano Suassuna - Romance from A Pedra do Reino
Romance of A Pedra do Reino
Medea
Brazilian Theater - Gota d'água
Eurípides - Medea - appropriation in Gota d'água
Athens women
Greek references - Brazil in the 1970s
Leon Batista Albertini
Historia antigua
Renacimiento
Historia del Brasil contemporáneo
Apropiaciones grecorromanas - Renacimiento
Memoria y olvido
Maquiavelo - discursos
Apropiaciones de Tito Livio por Maquiavelo
San Agustín - asignaciones
Teatro Brasileño - Gota d'água
Eurípides - Medea - apropiación en Gota d'água
Atenas mujeres
Referencias griegas - Brasil en la década de 1970
Histoire ancienne
Histoire médiévale
Renaissance
Histoire du Brésil contemporain
Appropriations gréco-romaines - Renaissance
Mémoire et oubli
Machiavel - discours
Tite-Live
Appropriations de Tite-Live de Machiavel
Saint Augustin - crédits
Thucydide d'Athènes
Procope de Césarée
Médée
Théâtre brésilien - Gota d'água
Euripide - Médée - appropriation à Gota d'água
Femmes d'athènes
Références grecques - Brésil dans les années 1970
Léon Batista Albertini
História.
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História medieval
Renascimento
História do Brasil contemporâneo
Apropriações greco-romanas - renascença
Memória e esquecimento
Maquiavel - discursos
Tito Lívio
Apropriações de Tito Lívio por Maquiavel
Santo Agostinho - apropriações
Tucídides de Atenas
Procópio de Cesaréia
Ariano Suassuna - Romance d'A Pedra do Reino
Romance d'A Pedra do Reino
Medeia
Teatro brasileiro - Gota d'água
Eurípides - Medeia - apropriação em Gota d'água
Mulheres de atenas
Referências gregas - Brasil década de 1970
Leon Batista Albertini
Ancient history
Medieval history
Rebirth
History of contemporary Brazil
Greco-Roman appropriations - Renaissance
Memory and forgetting
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Livy
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Thucydides of Athens
Procopius of Caesarea
Ariano Suassuna - Romance from A Pedra do Reino
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Medea
Brazilian Theater - Gota d'água
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Athens women
Greek references - Brazil in the 1970s
Leon Batista Albertini
Historia antigua
Renacimiento
Historia del Brasil contemporáneo
Apropiaciones grecorromanas - Renacimiento
Memoria y olvido
Maquiavelo - discursos
Apropiaciones de Tito Livio por Maquiavelo
San Agustín - asignaciones
Teatro Brasileño - Gota d'água
Eurípides - Medea - apropiación en Gota d'água
Atenas mujeres
Referencias griegas - Brasil en la década de 1970
Histoire ancienne
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Ariano Suassuna - Romance from A Pedra do Reino
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Léon Batista Albertini
História.
description É com imensa satisfação que apresentamos um conjunto de trabalhos de professores e pesquisadores de diferentes instituições de ensino do Brasil que canalizaram seus esforços para o campo da História Antiga e Medieval, orientados pela perspectiva teórico-metodológica da recepção-apropriação, debruçando- se em torno das conexões entre diferentes temporalidades. No livro, temos capítulos de autores que são professores, mestrandos e graduandos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), uma professora na Universidade Federal do Rio de Grande do Norte (UFRN), assim como doutorandos pela Universidade de São Paulo (USP). A todos eles, reforçamos nossa gratidão pelo interesse e disponibilidade em realizarem este projeto coletivo. O objetivo do livro consistiu em reunir trabalhos de colegas historiadores que estudaram as historicidades greco-romana e medieval em outras referências temporais. Na trilha do que propõe François Hartog (2014), em sua discussão sobre os diferentes regimes de historicidade, pensamos a história a partir de uma noção de temporalidade desligada de qualquer pretensão a uma suposta linearidade. A nossa intenção foi, também, conjugar pontos de vista variados, ainda que sob um prisma que os aproxima – a questão da apropriação. De tal maneira que diversos temas e conceitos de relevância historiográica perpassam as análises aqui publicadas: poder político, economia, gênero e feminino, produção artística, historiograia, memória, cultura popular. Na Parte I do livro, os leitores irão se deparar com estudos que analisam a presença de concepções da Antiguidade greco-romana na Renascença. São os casos dos três capítulos que introduzem a coletânea: Memória e esquecimento das cose antiche: apropriações de Tito Lívio nos Discursos, de Maquiavel, no qual Michelly Pereira de Sousa Cordão analisa os efeitos da leitura que Maquiavel fez da obra de Tito Lívio em seus Discorsi sopra la prima deca di Tito Livio, observando a maneira como traduziu alguns temas e “exemplos” da Roma do séc. I a.C. para torná-los objetos de imitação (imitazione) no séc. XVI; Mitos e histórias clássicas nas obras Primavera e O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli: representações antigas e modernas, escrito pela autora Lauriceia Galdino dos Santos que escolheu analisar a recepção de temas clássicos em algumas pinturas renascentistas de Botticelli, realizando uma interessante discussão que envolve, também, o campo da produção artística; no capítulo III, intitulado A “economia” em Il libri della famiglia, de Leon Battista Alberti: uma releitura de Xenofonte?, Breno Gomes de Lima Amorim discute as particularidades históricas do conceito de economia no séc. XV a partir de um minucioso estudo da obra de Alberti, lançando a hipótese segundo a qual sua deinição de economia teria conexões com a obra Econômico, do escritor grego, Xenofonte. Todos são capítulos que resultaram das dissertações de mestrado defendidas pelos autores nos últimos anos. 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VI d.C.), problematizando as possibilidades de se relacionar a memória e a escrita da história. A autora oferece ao leitor uma importante contribuição no sentido de reletir sobre um autor bem menos conhecido pela historiograia ocidental, se compararmos com Tucídides, e que viveu a experiência histórica do império bizantino. Na Parte III, três autores discutem apropriações antigas e medievais no Brasil contemporâneo, fazendo dialogar temporalidades distantes, mas que se hibridizam no âmbito das experiências sociais. No capítulo VI, A medievalidade imprime marcas: o sertão medieval de Ariano Suassuna no Romance d’A Pedra do Reino, Robson Victor da Silva Araujo oferece uma inovadora discussão, do ponto de vista teórico-metodológico, sobre o Romance d’A Pedra do Reino, do escritor Ariano Suassuna. Sua discussão parte da problemática em torno de uma suposta “originalidade” da obra do autor paraibano, assim como da associação recorrente entre ele e a cultura popular, na medida em que evidencia as marcas de elementos europeus, de uma tradição ibérica e medieval. No capítulo VII, intitulado As faces de Medeia: apropriação da transgressão feminina de Eurípides em Gota d’água, Valtyana Kelly da Silva faz uma discussão ao relacionar diferentes concepções de feminino em experiências históricas distintas. Sua abordagem se dá em torno das obras Medeia, de Eurípides (séc. V a.C.) e da recente produção dramatúrgica Gota D’água, escrita em conjunto por Chico Buarque e pelo paraibano, de Campina Grande, Paulo Pontes, nos anos de 1970. A autora se preocupou em explicar os diferentes signiicados atribuídos ao feminino na Grécia antiga e no Brasil contemporâneo, situando cada um dos autores em seus respectivos contextos de produção. Oferece uma contribuição importante para o campo da história antiga, mas também para relexões sobre o contexto da ditadura brasileira. Por im, no capítulo VII, intitulado Mulheres de Atenas: referências gregas em representações do feminino no Brasil da década de 1970, escrito em parceria por Karolliny Joally das Neves Miranda e Michelly Pereira de Sousa Cordão, a discussão recai sobre a letra da canção Mulheres de Atenas, bastante conhecida na voz de Chico Buarque e escrita por este em conjunto com o teatrólogo Augusto Boal. Para as autoras, é uma obra que expressa uma forte crítica de seus compositores à sociedade brasileira que, a despeito das lutas feministas nos anos de 1970, permanecia fortemente patriarcalista. A ênfase do capítulo é no processo de recepção de obras, como a Odisseia, de Homero, na canção analisada, assim como a comédia Lisístrata, de Aristófanes (séc. V a.C.). A nossa expectativa é que esta obra coletiva contribua para as discussões teórico-metodológicas em torno do conceito de apropriação no âmbito dos diversos campos disciplinares. Sobretudo, o nosso desejo é que ela sirva de estímulo para aqueles que se interessam pelo estudo das sociedades antigas e medievais. Como professoras da área de História Antiga e Medieval, sentimo-nos muito gratas pela oportunidade de publicar trabalhos em parceria com colegas de outras instituições, orientandos e ex-orientandos, a quem endereçamos nossos últimos cumprimentos.
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