Idéias libertinas para tempos de claustro: a recepção biográfica do Marquês de Sade nos circuitos acadêmicos brasileiros.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34604 |
Resumo: | Descendente de uma das mais antigas linhagens da nobreza francesa, Donatien Alphonse François de Sade - o Marquês de Sade - graças ao teor polêmico e inonoclasta da sua vasta produção literária, entrou para o rol das controversas personalidades históricas como ateísta, cético, contestador e niilista. A presente proposta de trabalho tem como objetivo discutir a recepção e a apropriação da biografia de Sade nos circuitos acadêmicos brasileiros, entre o fim da década de 60 e começo dos anos 80 do século XX. As obras do Marquês foram proibidas ou malditas por mais de cem anos. Ainda que tenha vivido num período revolucionário (a Revolução Francesa), Sade foi perseguido, proibido e encarcerado durante a maior parte de sua vida, por todos os regimes sob os quais viveu. Apenas no século XX, as obras do Marquês começaram a ser resgatadas, principalmente a partir da paixão dos artistas surrealistas pelo escritor. Mas, mesmo assim, publicar Sade era motivo para ações judiciais, como ocorreu com o editor Jean-Jacques Pauvert, processado e multado em 1956 por divulgar a obra sadiana. Somente nos anos 60, principalmente após o “Maio de 68”, a obra do Marquês começou a ser mais difundida. Sendo assim, parto do pressuposto de que as idéias libertinas de Sade parecem exercer certo fascínio entre os pensadores submetidos a contextos históricos, mais contemporâneos, marcados pela repressão, censura e autoritarismo, como no caso do Brasil. O trabalho está embasado teoricamente nos textos de Jean Orieux (1986) sobre a arte do biográfo e Pierre Bourdier (2006), sobre a ilusão biográfica e tem como principal fonte a obra Sade: vida e obra, de Fernando Peixoto (1978). |
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Idéias libertinas para tempos de claustro: a recepção biográfica do Marquês de Sade nos circuitos acadêmicos brasileiros.Libertine ideas for cloistered times: the biographical reception of the Marquis de Sade in Brazilian academic circuits.Recepção biográfica - Marquês de SadeMarquês de sadeDonatien Alphonse François de SadeBiografia do Marquês de Sade - recepção no meio acadêmicoObras proibidas - Marquês de SadeBiographical reception - Marquis de Sademarquis de sadeDonatien Alphonse François de SadeBiography of the Marquis de Sade - reception in academiaProhibited works - Marquis de SadeHistória.Descendente de uma das mais antigas linhagens da nobreza francesa, Donatien Alphonse François de Sade - o Marquês de Sade - graças ao teor polêmico e inonoclasta da sua vasta produção literária, entrou para o rol das controversas personalidades históricas como ateísta, cético, contestador e niilista. A presente proposta de trabalho tem como objetivo discutir a recepção e a apropriação da biografia de Sade nos circuitos acadêmicos brasileiros, entre o fim da década de 60 e começo dos anos 80 do século XX. As obras do Marquês foram proibidas ou malditas por mais de cem anos. Ainda que tenha vivido num período revolucionário (a Revolução Francesa), Sade foi perseguido, proibido e encarcerado durante a maior parte de sua vida, por todos os regimes sob os quais viveu. Apenas no século XX, as obras do Marquês começaram a ser resgatadas, principalmente a partir da paixão dos artistas surrealistas pelo escritor. Mas, mesmo assim, publicar Sade era motivo para ações judiciais, como ocorreu com o editor Jean-Jacques Pauvert, processado e multado em 1956 por divulgar a obra sadiana. Somente nos anos 60, principalmente após o “Maio de 68”, a obra do Marquês começou a ser mais difundida. Sendo assim, parto do pressuposto de que as idéias libertinas de Sade parecem exercer certo fascínio entre os pensadores submetidos a contextos históricos, mais contemporâneos, marcados pela repressão, censura e autoritarismo, como no caso do Brasil. O trabalho está embasado teoricamente nos textos de Jean Orieux (1986) sobre a arte do biográfo e Pierre Bourdier (2006), sobre a ilusão biográfica e tem como principal fonte a obra Sade: vida e obra, de Fernando Peixoto (1978).Universidade Federal de Campina GrandeBrasilUFCG20092024-02-19T21:17:39Z2024-02-192024-02-19T21:17:39Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34604ROBERTO, Maria Clarilene Medeiros Salvador. Idéias libertinas para tempos de claustro: a recepção biográfica do Marquês de Sade nos circuitos acadêmicos brasileiros. In: I Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Diálogos Interdisciplinares. GT 17 - História Oral e as Narrativas Biográficas e Autobiográficas. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 1º, 2009. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2009. p. 1-10. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34604porROBERTO, Maria Clarilene Medeiros Salvador.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2024-02-19T21:18:15Zoai:localhost:riufcg/34604Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512024-02-19T21:18:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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Descendente de uma das mais antigas linhagens da nobreza francesa, Donatien Alphonse François de Sade - o Marquês de Sade - graças ao teor polêmico e inonoclasta da sua vasta produção literária, entrou para o rol das controversas personalidades históricas como ateísta, cético, contestador e niilista. A presente proposta de trabalho tem como objetivo discutir a recepção e a apropriação da biografia de Sade nos circuitos acadêmicos brasileiros, entre o fim da década de 60 e começo dos anos 80 do século XX. As obras do Marquês foram proibidas ou malditas por mais de cem anos. Ainda que tenha vivido num período revolucionário (a Revolução Francesa), Sade foi perseguido, proibido e encarcerado durante a maior parte de sua vida, por todos os regimes sob os quais viveu. Apenas no século XX, as obras do Marquês começaram a ser resgatadas, principalmente a partir da paixão dos artistas surrealistas pelo escritor. Mas, mesmo assim, publicar Sade era motivo para ações judiciais, como ocorreu com o editor Jean-Jacques Pauvert, processado e multado em 1956 por divulgar a obra sadiana. Somente nos anos 60, principalmente após o “Maio de 68”, a obra do Marquês começou a ser mais difundida. Sendo assim, parto do pressuposto de que as idéias libertinas de Sade parecem exercer certo fascínio entre os pensadores submetidos a contextos históricos, mais contemporâneos, marcados pela repressão, censura e autoritarismo, como no caso do Brasil. O trabalho está embasado teoricamente nos textos de Jean Orieux (1986) sobre a arte do biográfo e Pierre Bourdier (2006), sobre a ilusão biográfica e tem como principal fonte a obra Sade: vida e obra, de Fernando Peixoto (1978). |
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