Cera de carnaúba na microencapsulação de ureia para liberação lenta.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MEDEIROS, Tiago Tavares Brito de.
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8989
Resumo: Objetivou-se utilizar a cera de carnaúba para encapsular a ureia, a fim de elaborar um sistema de liberação lenta. Foram obtidos três sistemas microencapsulados pela técnica de Liofilização, com diferentes proporções entre encapsulante e núcleo (2:1, 3:1 e 4:1). Os produtos foram avaliados quanto ao processo de micoencapsulação através da análise de rendimento e eficiência, além de caracterizados por técnicas de Termogravimetria, Calorimetria exploratória diferencial, determinação de umidade e atividade de água, determinação de carga, Espectroscopia na região de infravermelho e Microscopia eletrônica de varredura. Avaliou-se também a cinética de degradação in situ, perfil de liberação de nitrogênio e mecanismo de liberação do núcleo em pequenos ruminantes. As formulações não diferiram muito entre si e todas apresentaram excelentes propriedades, incluindo a inibição da higroscopicidade da ureia, com destaque para a formulação 2:1, que exibiu os maiores valores de rendimento e maior eficiência de microencapsulação, enquanto a formulação 4:1 apresentou maior estabilidade térmica e menor teor de umidade. A obtenção de microesferas de ureia utilizando a cera de carnaúba demonstrou resultados exitosos para todos os sistemas microencapsulados desenvolvidos, evidenciando o potencial promissor de uso desta matéria-prima regional para tal finalidade. A cinética demonstrou que o aumento da proporção de cera reduziu não só a degradação, mas também o aproveitamento da ureia, como pode ser comprovado também no perfil de liberação, onde a UME2 apresentou uma liberação mais controlada que as demais UME’s estudadas. A cera de carnaúba propiciou uma maior biodisponibilidade da ureia, reduzindo o risco de intoxicação. Os principais mecanismos de liberação foram a difusão e a biodegradação, fato que impediu o aproveitamento completo do N, mas não diminuiu a taxa de liberação. O comportamento das granulometrias estudadas demonstrou que o aumento do tamanho da partícula tende a regular melhor a taxa de liberação do N, sendo mais eficaz que acrescentar cera ao sistema. Desta forma conclui-se que a cera de carnaúba é uma alternativa promissora para liberação gradual de ureia, sendo apontada a concentração 2:1 como a mais favorável.
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Os produtos foram avaliados quanto ao processo de micoencapsulação através da análise de rendimento e eficiência, além de caracterizados por técnicas de Termogravimetria, Calorimetria exploratória diferencial, determinação de umidade e atividade de água, determinação de carga, Espectroscopia na região de infravermelho e Microscopia eletrônica de varredura. Avaliou-se também a cinética de degradação in situ, perfil de liberação de nitrogênio e mecanismo de liberação do núcleo em pequenos ruminantes. As formulações não diferiram muito entre si e todas apresentaram excelentes propriedades, incluindo a inibição da higroscopicidade da ureia, com destaque para a formulação 2:1, que exibiu os maiores valores de rendimento e maior eficiência de microencapsulação, enquanto a formulação 4:1 apresentou maior estabilidade térmica e menor teor de umidade. A obtenção de microesferas de ureia utilizando a cera de carnaúba demonstrou resultados exitosos para todos os sistemas microencapsulados desenvolvidos, evidenciando o potencial promissor de uso desta matéria-prima regional para tal finalidade. A cinética demonstrou que o aumento da proporção de cera reduziu não só a degradação, mas também o aproveitamento da ureia, como pode ser comprovado também no perfil de liberação, onde a UME2 apresentou uma liberação mais controlada que as demais UME’s estudadas. A cera de carnaúba propiciou uma maior biodisponibilidade da ureia, reduzindo o risco de intoxicação. Os principais mecanismos de liberação foram a difusão e a biodegradação, fato que impediu o aproveitamento completo do N, mas não diminuiu a taxa de liberação. O comportamento das granulometrias estudadas demonstrou que o aumento do tamanho da partícula tende a regular melhor a taxa de liberação do N, sendo mais eficaz que acrescentar cera ao sistema. Desta forma conclui-se que a cera de carnaúba é uma alternativa promissora para liberação gradual de ureia, sendo apontada a concentração 2:1 como a mais favorável.The objective was to use the carnauba wax to encapsulate the urea in order to elaborate a slow release system. Three microencapsulated systems were obtained by the Lyophilization technique, with different ratios between encapsulant and core (1:2, 1:3 and 1:4). The products were evaluated for the mycoencapsulation process through the performance and efficiency analysis, besides characterized by techniques of Thermogravimetry, Exploratory differential calorimetry, Determination of moisture and water activity, determination of charge, Spectroscopy in the infrared region and Electron microscopy of scanning. In situ degradation kinetics, nitrogen release profile and nucleus release mechanism were evaluated in small ruminants. The formulations did not differ much from each other and all showed excellent properties, including inhibition of urea hygroscopicity, especially the formulation 1:2, which exhibited the highest yield values and highest microencapsulation efficiency, while the formulation 1:4 presented Higher thermal stability and lower moisture content. The production of urea microspheres using carnauba wax demonstrated successful results for all developed microencapsulated systems, evidencing the promising potential of using this regional raw material for this purpose. The kinetics showed that the increase of the wax content reduced not only degradation but also the use of urea, as can also be verified in the release profile, where UME2 showed a more controlled release than the other UMEs studied. Carnauba wax provided a higher bioavailability of urea, reducing the risk of intoxication. The main mechanisms of release were diffusion and biodegradation, a fact that prevented the complete use of N, but did not decrease the rate of release. The behavior of the granulometries studied showed that the increase of the particle size tends to regulate the rate of N release better, being more effective than adding wax to the system. Thus, it is concluded that carnauba wax is a promising alternative for the gradual release of urea, with the concentration 1:2 being the most favorable.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMALUFCGSILVA, Aderbal Marcos de Azevêdo.SILVA, A. M. A.http://lattes.cnpq.br/7681986147958917SILVA, André Leandro da.MEDEIROS, Tiago Tavares Brito de.20172019-11-08T13:17:43Z2019-11-082019-11-08T13:17:43Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8989MEDEIROS, Tiago Tavares Brito de. Cera de carnaúba na microencapsulação de ureia para liberação lenta. 2017. 52f. (Dissertação de Mestrado em Zootecnia), Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande - Patos - Paraíba - Brasil, 2017. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8989porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2022-03-11T13:45:37Zoai:localhost:riufcg/8989Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512022-03-11T13:45:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false
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