Análise comparativa do potencial de utilização de resíduo de mineração em argamassa autonivelante.

• Autor(a) principal: PASSOS, Maelle Guedes.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/19571
• topic: Argamassa; Mortar; Mineração; Mining; Mineração - resíduo; Mining - waste; Argamassa autonivelante; Self-levelling mortar; Mineração - argamassa - autonivelante; Mining - mortar - self-levelling; Engenharia Civil.

O setor da mineração é de suma importância para o Brasil, pois promove a geração de empregos e crescimento econômico do país. Em contrapartida, é um dos setores que mais poluem o meio ambiente, causando inúmeros problemas nas esferas socioambientais. Por outro lado, a construção civil é um dos setores que mais consomem recursos naturais e por esse motivo, estudos que visam a incorporação dos rejeitos da indústria mineradora em materiais de construção vêm se expandindo, bem como os estudos a respeito do aumento da produtividade nos canteiros de obras, que é o caso das argamassas autonivelantes, devido sua alta fluidez e capacidade de se modelar de acordo com o substrato ao qual será assentado. Pensando nisso, este trabalho tem como objetivo estudar os efeitos da incorporação resíduo de mineração pó de quartzo em argamassas autonivelantes, substituindo parcialmente o agregado miúdo em porcentagens de 15%, 30% e 50%, com idades de cura de 7, 14 e 28 dias. Para a realização do estudo, primeiramente foi feita a caracterização física da areia, do quartzo e do cimento, através dos ensaios de granulometria, massa específica e unitária e módulo de finura. Em seguida foram definidos os traços e a porcentagem do aditivo superplastificante e do modificador de viscosidade, escolhidos a partir do estudo da bibliografia, e feito o ensaio do mini-slump no estado fresco, obtendo, dessa forma, a dosagem ótima da argamassa. Posteriormente, foram feitos os ensaios no estado endurecido de resistência à compressão, absorção e massa específica. Os resultados mostraram que o aumento da porcentagem do pó de quartzo foi diretamente proporcional a resistência à compressão e inversamente proporcional à absorção de água, ou seja, a argamassa autonivelante com substituição de 50% obteve uma maior resistência à compressão e consequentemente menor absorção de água, quando comparada com a convencional. De acordo com o ensaio de densidade aparente no estado endurecido, quanto maior a porcentagem de substituição, mais pesada foi a argamassa, fato explicado pela diferença da massa unitária da areia e do pó de quartzo, sendo o resíduo mais pesado que a areia natural. Dessa forma, segundo a NBR 13.281 a argamassa autonivelante com 50% de substituição da areia natural pelo resíduo é classificada como P6, ou seja, argamassas de alta resistência e todas foram classificadas como M6, argamassas maiores que 1800 Kg/cm³.