Contribuições do parto humanizado para a redução da violência obstétrica: revisão integrativa da literatura.

• Autor(a) principal: SALES, José Tarcisio de Azevedo.
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21792
• topic: Parto humanizado; Violência obstétrica; Assistência hospitalar; Assistência domiciliar; Humanized birth; Hospital care; Obstetric violence; Home care; Nacimiento humanizado; Atención hospitalaria; Cuidados en el hogar; Enfermagem de Saúde Pública

O ato de nascer é um processo fisiológico que ao longo dos tempos passou por transformações propiciadas pelo desenvolvimento da sociedade que tem contribuído ou não para o aprimoramento das praticas ofertadas ao binômio na hora do parto. Objetivo: realizar um levantamento na literatura acerca das contribuições das práticas de humanização no parto para a redução da violência obstétrica. Método: revisão integrativa da literatura, realizada na biblioteca da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e na base da Medical Literature Analysisand Retrieval System Online (MEDLINE). Utilizou-se as seguintes estratégias de busca: “Parto Humanizado AND Saúde Materno Infantil”, “Parto Humanizado AND Assistência Domiciliar” e Parto Humanizado AND Assistência Hospitalar”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra no período de 10 anos (2008-2018) apenas em Português. Foram excluídos dissertações e teses e artigos duplicados em bases. A amostra foi composta por 11 artigos. Resultados: Evidenciou-se que existem serviços nas áreas pesquisadas sendo ofertados a quem procura e que estas ações estão sim de acordo com as orientações do Ministério da Saúde para o Parto Humanizado, tais como, o acolhimento, que tem o diálogo como principal forma de trabalho, assim como, a utilização de procedimentos com evidências científicas, por exemplo, a orientação para a oferta de líquidos e alimentos para a parturiente, uso de métodos não farmacológicos para alívio de dores, adoção de posições não litotômicas para o parto, contato pele e pele no parto, bem como, a redução no número de manobras de Kristeller. No entanto, identificou-se ainda a necessidade de mudanças com relação a gestão pública e institucional, assim como, há necessidade de adesão por parte dos profissionais de nível hospitalar aos métodos e princípios legais das orientações para a prática do parto humanizado na atualidade. Evidenciou-se a necessidade por parte das cidadãs usuárias de exigirem seus direitos no tocante as ações do parto humanizado conforme princípios do Sistema Único de Saúde. Conclusão: Há necessidade de implementação de ações de saúde pública que possam avaliar as práticas existentes e seus efeitos e, assim, serem capazes de formular legislações específicas, e, por conseguinte melhorar a assistência materna e neonatal oferecida pelos serviços numa dimensão de atendimento integral.