Feminino, corpo e adolescência: pensando a automutilação a partir da psicanálise.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG |
Texto Completo: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29156 |
Resumo: | No contemporâneo, o fenômeno da automutilação apresenta-se com maior incidência em corpos adolescentes alinhados ao feminino. Foi a partir desta constatação que no presente artigo nos propomos a pensar tal prática sob o viés da psicanálise. Para isso, buscou-se entender de que forma o corpo, o feminino e a adolescência se entrelaçam, produzindo um maior número de sujeitos praticantes da automutilação nessa fase da vida. Realizou-se uma leitura de Freud, Lacan e de outros psicanalistas contemporâneos, que nos serviram como norteadores teóricos para o problema em questão. Entendeu-se a automutilação, nos contornos atuais, como um fenômeno transestrutural que toca o feminino de forma peculiar. Isso se dá a partir do modo próprio como o feminino se relaciona com o corpo, efeito daquilo que Lacan define como lógica de gozo não-toda fálica. A maior incidência da automutilação na juventude foi pensada, ainda, como efeito dos fenômenos de identificação presentes na atualidade que se imprimem de forma mais incisiva entre os adolescentes. Estes, diante da falência de referenciais simbólicos ordenadores (declínio do Nome-do-Pai), fazem muitas vezes uso da automutilação como mais um modo de socialização marcado pela via sintomática, em uma fase da vida caracterizada por um certo estranhamento com o corpo próprio em transformação. |
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Feminino, corpo e adolescência: pensando a automutilação a partir da psicanálise.Feminine, body and adolescence: thinking about self-mutilation based on psychoanalysis.Femenino, cuerpo y adolescencia: pensar la automutilación desde el psicoanálisis.O femininoCorpoAutomutilaçãoAdolescenciaPsicanáliseThe feminineBodySelf-mutilationAdolescencePsychoanalysisEl femeninoCuerpoAutomutilaciónPsicoanálisisPsicologiaNo contemporâneo, o fenômeno da automutilação apresenta-se com maior incidência em corpos adolescentes alinhados ao feminino. Foi a partir desta constatação que no presente artigo nos propomos a pensar tal prática sob o viés da psicanálise. Para isso, buscou-se entender de que forma o corpo, o feminino e a adolescência se entrelaçam, produzindo um maior número de sujeitos praticantes da automutilação nessa fase da vida. Realizou-se uma leitura de Freud, Lacan e de outros psicanalistas contemporâneos, que nos serviram como norteadores teóricos para o problema em questão. Entendeu-se a automutilação, nos contornos atuais, como um fenômeno transestrutural que toca o feminino de forma peculiar. Isso se dá a partir do modo próprio como o feminino se relaciona com o corpo, efeito daquilo que Lacan define como lógica de gozo não-toda fálica. A maior incidência da automutilação na juventude foi pensada, ainda, como efeito dos fenômenos de identificação presentes na atualidade que se imprimem de forma mais incisiva entre os adolescentes. Estes, diante da falência de referenciais simbólicos ordenadores (declínio do Nome-do-Pai), fazem muitas vezes uso da automutilação como mais um modo de socialização marcado pela via sintomática, em uma fase da vida caracterizada por um certo estranhamento com o corpo próprio em transformação.In the contemporary world, the phenomenon of self-mutilation has a higher incidence in adolescent bodies aligned with the female. It was from this observation that in the present article we propose to think such practice under the bias of psychoanalysis. To do this, we sought to understand how the body, the feminine and the adolescence intertwine, producing a greater number of subjects practicing self-mutilation in this phase of life. A reading was made of Freud, Lacan and other contemporary psychoanalysts, who served as theoretical guides to the problem in question. Self-mutilation, in the current contours, was understood as a trans-structural phenomenon that touches the feminine in a peculiar way. This is done from the way the feminine relates to the body, an effect of what Lacan defines as the logic of not all-phallic jouissance. The higher incidence of self-mutilation in youth was also thought to be the effect of the phenomena of identification present today that are more incisively imprinted among adolescents. These, in the face of the bankruptcy of symbolic references organized (declining Name-of-the-Father), make use of self-mutilation as another way of socialization marked by the symptomatic pathway, in a phase of the subject's life where strangeness with a transforming body continually presents itself more intensely.En la contemporaneidad, el fenómeno de la automutilación es más frecuente en cuerpos adolescentes alineados con las mujeres. Fue a partir de esta observación que en este artículo proponemos pensar esta práctica bajo el sesgo del psicoanálisis. Para ello, buscamos entender qué moldea el cuerpo, lo femenino y la adolescencia se entrelazan, produciendo un mayor número de sujetos que practican la automutilación en esta etapa de la vida. Hubo una lectura de Freud, Lacan y otros psicoanalistas contemporáneos, que sirvieron de guías teóricos para el problema en cuestión. La automutilación, en su forma actual, se entendía como una fenómeno transestructural que toca lo femenino de manera peculiar. Esto sucede de la manera cómo lo femenino se relaciona con el cuerpo, efecto de lo que Lacan define como la lógica del no-todo goce fálico. También se consideró la mayor incidencia de automutilación en jóvenes como efecto de los fenómenos de identificación presentes hoy que se imprimen en un más incisivo entre los adolescentes. Estos, ante el fracaso de las referencias simbólicas ordenadores (declinación del Nombre-del-Padre), a menudo hacen uso de la automutilación como una forma más un modo de socialización marcado por la vía sintomática, en una fase de la vida caracterizada por cierto extrañamiento con el propio cuerpo en transformación.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSUFCGSILVA, Gabriella Valle Dupim da.DUPIM, G. V. 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Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29156porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCGinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCG2023-03-21T14:08:10Zoai:localhost:riufcg/29156Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.ufcg.edu.br/PUBhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/oai/requestbdtd@setor.ufcg.edu.br || bdtd@setor.ufcg.edu.bropendoar:48512023-03-21T14:08:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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No contemporâneo, o fenômeno da automutilação apresenta-se com maior incidência em corpos adolescentes alinhados ao feminino. Foi a partir desta constatação que no presente artigo nos propomos a pensar tal prática sob o viés da psicanálise. Para isso, buscou-se entender de que forma o corpo, o feminino e a adolescência se entrelaçam, produzindo um maior número de sujeitos praticantes da automutilação nessa fase da vida. Realizou-se uma leitura de Freud, Lacan e de outros psicanalistas contemporâneos, que nos serviram como norteadores teóricos para o problema em questão. Entendeu-se a automutilação, nos contornos atuais, como um fenômeno transestrutural que toca o feminino de forma peculiar. Isso se dá a partir do modo próprio como o feminino se relaciona com o corpo, efeito daquilo que Lacan define como lógica de gozo não-toda fálica. A maior incidência da automutilação na juventude foi pensada, ainda, como efeito dos fenômenos de identificação presentes na atualidade que se imprimem de forma mais incisiva entre os adolescentes. Estes, diante da falência de referenciais simbólicos ordenadores (declínio do Nome-do-Pai), fazem muitas vezes uso da automutilação como mais um modo de socialização marcado pela via sintomática, em uma fase da vida caracterizada por um certo estranhamento com o corpo próprio em transformação. |
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