Glomerulonefrite o lúpus eritematoso sistêmico juvenil: perfil epidemiológico, clínico e terapêutico em um hospital terciário.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Beatriz Marques dos.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: MEDEIROS, Heloísa Oliveira de.
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30540
Resumo: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, autoimune que afeta múltiplos sistemas. O Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) associado à Nefrite Lúpica (NL) está relacionado à maior morbi- mortalidade e o tipo histológico da NL determina o prognóstico do envolvimento renal. Os estudos brasileiros ainda são incipientes sobre o perfil destes pacientes. Este estudo teve como objetivo principal determinar o perfil epidemiológico, clínico e terapêutico de pacientes com LESJ e NL em um hospital terciário, além de avaliar o desfecho clínico e atividade de doença. A pesquisa consistiu em um estudo transversal, retrospectivo, descritivo. Para inclusão, o paciente deveria ter o diagnóstico de LESJ e NL entre o período de 2008 a 2018 pelos critérios do SLICC group. A análise foi feita a partir de um formulário padronizado com prontuários de 25 pacientes que preencheram os critérios de elegibilidade. A maioria era do gênero feminino (92%), com média de idade ao diagnóstico de 13,84 anos e predomínio de pardos e negros (92%). A artrite foi o critério clínico mais frequente (72%) seguido de lúpus cutâneo agudo. Acrescenta-se que 19 pacientes (76%) apresentaram proteinúria/24h maior que 1g, o que pode estar associado a acometimento renal mais grave. A biópsia renal, realizada em 11 pacientes, identificou a classe IV como sendo a mais comum (36%). Apesar da correlação clínica-histológica encontrada na nossa amostra, há limitação na inferência e a biópsia renal continua sendo o padrão ouro. Não houve mudança no protocolo de tratamento dos pacientes que tiveram acesso a biópsia. Dos sete pacientes que necessitaram de unidade de terapia intensiva, quatro evoluíram para óbito. Todas as mortes tiveram como causa terminal o choque séptico e em 30% dos pacientes não foi possível calcular a atividade de doença, a qual é fator de risco independente para infecções. Variáveis epidemiológicas corroboraram a literatura, assim como o desfecho clínico se equiparou com o já descrito em grandes estudos. Conclui-se que é necessário monitorar o paciente de forma mais objetiva com o intuito de diminuir a quantidade de internações por atividade de doença. Os autores elaboraram e sugeriram o uso de uma ficha padrão de atendimento ao paciente com LESJ.
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Este estudo teve como objetivo principal determinar o perfil epidemiológico, clínico e terapêutico de pacientes com LESJ e NL em um hospital terciário, além de avaliar o desfecho clínico e atividade de doença. A pesquisa consistiu em um estudo transversal, retrospectivo, descritivo. Para inclusão, o paciente deveria ter o diagnóstico de LESJ e NL entre o período de 2008 a 2018 pelos critérios do SLICC group. A análise foi feita a partir de um formulário padronizado com prontuários de 25 pacientes que preencheram os critérios de elegibilidade. A maioria era do gênero feminino (92%), com média de idade ao diagnóstico de 13,84 anos e predomínio de pardos e negros (92%). A artrite foi o critério clínico mais frequente (72%) seguido de lúpus cutâneo agudo. Acrescenta-se que 19 pacientes (76%) apresentaram proteinúria/24h maior que 1g, o que pode estar associado a acometimento renal mais grave. A biópsia renal, realizada em 11 pacientes, identificou a classe IV como sendo a mais comum (36%). Apesar da correlação clínica-histológica encontrada na nossa amostra, há limitação na inferência e a biópsia renal continua sendo o padrão ouro. Não houve mudança no protocolo de tratamento dos pacientes que tiveram acesso a biópsia. Dos sete pacientes que necessitaram de unidade de terapia intensiva, quatro evoluíram para óbito. Todas as mortes tiveram como causa terminal o choque séptico e em 30% dos pacientes não foi possível calcular a atividade de doença, a qual é fator de risco independente para infecções. Variáveis epidemiológicas corroboraram a literatura, assim como o desfecho clínico se equiparou com o já descrito em grandes estudos. Conclui-se que é necessário monitorar o paciente de forma mais objetiva com o intuito de diminuir a quantidade de internações por atividade de doença. Os autores elaboraram e sugeriram o uso de uma ficha padrão de atendimento ao paciente com LESJ.Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is a chronic inflammatory and autoimmune disease that affects multiple systems. Juvenile Systemic Lupus Erythematosus (JSLE) associated with Lupus Nephritis (LN) is related to higher morbidity and mortality, and the histological type of LN determines the prognosis of renal involvement. Brazilian studies are still incipient on the profile of these patients. This study aimed to determine the epidemiological, clinical and therapeutic profile of patients with JSLE and LN in a tertiary hospital, in addition to evaluating the clinical outcome and disease activity. The research consisted of a transversal, retrospective, descriptive study. For inclusion, the patient should have the diagnosis of JSLE and LN between the period 2008 to 2018 by the criteria of the SLICC group. The analysis was done from a standardized form with charts of 25 patients who met the eligibility criteria. The majority were females (92%), mean age at diagnosis of 13.84 years, and predominance of and blacks and brown- skinned (92%). Arthritis was the most frequent clinical criterion (72%) followed by acute cutaneous lupus. In addition that 19 patients (76%) had proteinuria/24h greater than 1g, which may be associated with more severe renal impairment. Renal biopsy, performed in 11 patients, identified class IV as the most common (36%). Despite the clinical-histological correlation found in our sample, there is limited inference and renal biopsy remains the gold standard. There was no change in the treatment protocol of patients who had access to biopsy. Of the seven patients who needed an intensive care unit, four died. All deaths were due to septic shock and in 30% of patients it was not possible to calculate disease activity, which is an independent risk factor for infections. Epidemiological variables corroborated the literature, as the clinical outcome was similar to that already described in large studies. It is concluded that it is necessary to monitor the patient in a more objective way in order to reduce the amount of hospitalizations due to disease activity. The authors elaborated and suggested the use of a standard form of patient care with JSLE.El lupus eritematoso sistémico (LES) es una enfermedad inflamatoria crónica, enfermedad autoinmune que afecta múltiples sistemas. Lupus eritematoso sistémico juvenil (JSLE) asociado a Nefritis Lúpica (LN) se relaciona con mayor morbilidad la mortalidad y el tipo histológico de NL determina el pronóstico de afectación renal. Los estudios brasileños aún son incipientes sobre el perfil de estos pacientes. Este estudio tuvo como objetivo determinar las características epidemiológicas, clínicas y y tratamiento terapéutico de pacientes con LESJ y NL en un hospital de tercer nivel, además de evaluar el resultado clínico y la actividad de la enfermedad. La investigación consistió en una estudio transversal, retrospectivo, descriptivo. Para su inclusión, el paciente debe tener el diagnóstico de LESJ y NL entre el período de 2008 a 2018 según los criterios de la grupo SLICCC. El análisis se realizó mediante un formulario estandarizado con historias clínicas de 25 pacientes que cumplían con los criterios de elegibilidad. A La mayoría eran mujeres (92%), con una edad media al diagnóstico de 13,84 años y predominio de pardos y negros (92%). La artritis fue el criterio clínico. más frecuente (72%) seguido del lupus cutáneo agudo. Se agrega que 19 pacientes (76%) presentaron proteinuria/24h mayor de 1g, lo que puede ser asociado con insuficiencia renal más grave. Biopsia renal, realizada en 11 pacientes, identificaron la clase IV como la más común (36%). a pesar de correlación clínico-histológica encontrada en nuestra muestra, existe limitación en la la inferencia y la biopsia renal sigue siendo el estándar de oro. no hubo cambio en el protocolo de tratamiento de los pacientes que tuvieron acceso a la biopsia. de los siete pacientes que necesitaron una unidad de cuidados intensivos, cuatro evolucionaron para la muerte. Todas las muertes fueron causadas por shock séptico y en El 30% de los pacientes no pudo calcular la actividad de la enfermedad, que es un factor riesgo independiente de infecciones. Las variables epidemiológicas corroboraron la literatura, así como el resultado clínico fue similar al ya descrito en grandes estudios Se concluye que es necesario un mayor seguimiento del paciente objetivo de reducir el número de hospitalizaciones por enfermedad. Los autores elaboraron y sugirieron el uso de un estándar Atención a pacientes con LESJ.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBSUFCGFIGUEIREDO, Evânia Claudino Queiroga de.FIGUEIREDO, E. C. Q.Figueiredo, Evânia Claudino Q.FIGUEIREDO, EVâNIA CLAUDINO Q.http://lattes.cnpq.br/3991247272492124FERNANDES, Marcus Ivanovith.FERNANDES, M. I.Marcus Ivanovith Fernandes.FERNANDES, MARCUS I.http://lattes.cnpq.br/4541888004694360MARQUES, Taciana Raulino de Oliveira Castro.MARQUES, T. R. O. C.MARQUES, TACIANA.http://lattes.cnpq.br/9614914078573482SANTOS, Beatriz Marques dos.MEDEIROS, Heloísa Oliveira de.2019-06-112023-07-04T14:18:50Z2023-07-042023-07-04T14:18:50Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30540SANTOS, Beatriz Marques dos. MEDEIROS, Heloísa Oliveira de. 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