Avaliação do controle da pressão arterial em hipertensos assistidos por uma Unidade Básica de Saúde da Família em Campina Grande - PB.

• Autor(a) principal: FONSÊCA, Camila Raposo.
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: VASCONCELOS, Dalyane Karolyne de Araújo., BARBOSA, Deilana Azevedo., CAPISTRANO, Mylena Pessoa.
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/29738
• topic: Hipertensão; Epidemiologia; Atenção básica em saúde; Vigilância em Saúde; Hypertension; Epidemiology; Primary care; Health surveillance; Hipertensión; Atención básica de la salud; Vigilancia de la salud; Medicina

A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, que se associa ao aumento do risco de eventos cardiovasculares, principal causa de óbitos no nosso país. Assim, torna-se imprescindível a elaboração de estratégias em saúde que visem à diminuição e/ou controle dos fatores de risco cardiovasculares, principalmente no tocante à hipertensão arterial, bastante prevalente em nosso meio. Para tanto, é necessário que haja avaliações de tais estratégias para que as mesmas possam ser aperfeiçoadas, modificadas ou criadas novas formas que se adequem e abranjam uma maior quantidade de hipertensos controlados. Com base nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar o controle pressórico e a influência de alguns fatores a ele associados em uma amostra de hipertensos assistidos na atenção básica. Para tanto, realizou-se um estudo de série temporal, com abordagem observacional, descritiva e longitudinal, durante quatro anos (2010-2014), através do acompanhamento e aplicação de questionários dirigidos a 56 hipertensos de uma Unidade Básica da Saúde da Família em Campina Grande-PB. Após a conclusão da pesquisa, não foi observada diferença significativa (p=0,1819) no controle da PA entre os anos de 2010 e 2014, sendo que, inicialmente, 41,07% dos hipertensos atingiram a meta e, em 2014, apenas 33,92%. Apesar da amostra estudada não encontrar-se, predominantemente, na meta pressórica estabelecida, pode-se afirmar, que em comparação com os resultados encontrados na literatura brasileira, observamos sempre um melhor controle da Hipertensão, sugerindo que outros serviços de saúde deveriam se espelhar nas estratégias de intervenção empregadas pelo serviço estudado. Dessa forma, pudemos identificar os pontos fortes do tratamento instituído (como o estímulo à dieta), que sugerimos que devem ser continuados e propagados a outros serviços de saúde, bem como identificamos os pontos de fragilidade (estímulo à prática de exercício físico e redução de peso, abandono ao tabagismo e alcoolismo, intervenções na qualidade de vida relacionada à saúde), que sugerimos que devam ser revistos ou criadas, se necessárias, novas estratégias multidisciplinares, de intervenções individuais e coletivas. Dessa forma, torna-se possível buscar um tratamento mais eficaz da hipertensão, visando sempre a uma melhoria das condições de saúde e de vida dos pacientes e, consequentemente, aumentando as taxas de controle da PA.