A organização institucional do Território dos Carnaubais - PI: participação, atores e processos.

• Autor(a) principal: LIMA, Jascira da Silva.
• Data de Publicação: 2007
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27735
• topic: Sociologia rural; Território dos Carnaubais - PI; Organização institucional; Desenvolvimento territorial; Colegiado Territorial; Núcleo Diretivo; Política de Desenvolvimento Territorial; Mundo rural; Institucionalidade - territórios; Identidade e território; Descentralização do poder; Territory of Carnaubais - PI; Institutional organization; Territorial development; Territorial Collegiate; Core Director; Territorial Development Policy; Rural world; Institutionality - territories; Identity and territory; Decentralization of power; Desenvolvimento rural sustentável

Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de organização institucional do Território dos Carnaubais - PI, a partir da criação do Colegiado Territorial e do Núcleo Diretivo. Sendo este, portanto, uma estrutura representativa instituída dentro da política de desenvolvimento territorial. Neste sentido, o Núcleo Diretivo se configura como um novo arranjo institucional. A hipótese inicial que explicaria a viabilidade desta estratégia institucional é que os sucessos ou fracassos das ações e projetos territoriais não podem ser atribuídos a fenômenos de natureza física, usando a metáfora (como fenômenos de veraneios), ou a movimentos de capitais, mas é premente considerar a capacidade das “forças vivas do território” para planejar, tomar decisões, articular capitais e inovar as práticas políticas. Os conceitos que iluminaram as análises neste trabalho foram, principalmente os de instituição e de participação. No cerne dos desejos políticos do homem esta a participação, que sedimenta metas externas de autogestão, de democracia, de liberdade e de convivência. Trata-se, pois, de um fenômeno político em essência, ainda que nunca divorciado da base econômica. Dificilmente se alcança autodeterminação sem autosustentação. Este provém do processo produtivo, da esfera material. Quer dizer, participação como assunto estritamente político não funciona, não só porque se tomaria facilmente vazia, mas igualmente porque o afastamento entre o econômico e o político acaba por inviabilizar os dois; abordagem territorial do mundo rural, que leva em consideração as formas de coordenação não formalizadas ou institucionalizadas (redes, relações de proximidade, reciprocidade camponesa, etc.), os atributos comparativos dos produtos e os recursos associados a territórios específicos social e culturalmente, marcados (capital social, valores de uso, valores éticos, valores de prestígio), e, finalmente, as dinâmicas de inovação ligadas a esses processos e a valores de natureza diferenciada; e de discurso, como ritual da palavra sendo, pois um movimento de sentidos, errância dos sujeitos, lugares provisórios de conjunção e dispersão, de unidade e de diversidade, de indistinção, de incerteza, de trajetos, de ancoragem e de vestígios. Havendo então, modos de interpretar, não sendo todo mundo apto a interpretar de acordo com suas vontades, há especialistas, a um corpo social a quem se delegam os poderes de interpretar, de atribuírem sentidos, tais como: o juiz, o professor, o padre, um líder, etc. Os sentidos estão sempre administrados, não estão soltos. Diante de um fato, de qualquer objeto simbólico somos instados a interpretar, havendo uma injunção a interpretar.